segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Chegámos ao fim dos dias...

 
Chegámos ao fim dos dias,
Ao momento em que o tempo não voa,
não pára, não descola nem se desloca,
não tem mais sentido nem se move à toa,
as horas já não passam e o relógio já não toca.
 
Chegámos ao fim dos dias,
O vento já só sopra ténue e sem força,
já nem faz as velas do barco vibrar,
a sua coragem jaz pendurada na forca,
é apenas o silêncio que sinto a deambular...
 
Chegámos ao fim dos dias,
o sol, astro rei, não subirá aos céus jamais,
a lua foi chorar para longe, escondida do mundo.
È a sublimação da terra e de todos os seus mortais,
extingui-se o gesto mais belo e o pecado mais imundo.
 
Chegámos ao fim dos dias,
Nem mais uma letra escreverei nesta moradia.
Talvez um dia encontres as minhas linhas de novo.
Talvez um dia a sorte me queira e me sorria,
e te possa ver por entre a multidão que é o povo.
 
Chegámos ao fim deste Blogue.


A todos os que me leram e acompanharam obrigado... Que as minhas palavras Vos tenham engrandecido é o meu maior desejo.
Obrigado e até um dia.. Pode ser que um dia a gente se encontre por aí...

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

É de noite...


Prostrado, exausto, caio estarecido,
com a alma magoada, suja e rasgada,
a felicidade esse fino véu esquecido,
voou num sopro pouco mais que nada.
 
Sem ter direito, a noite impiedosa fustiga,
os fantasmas que a alma tímida esconde,
mas que a vida carrasca exalta como inimiga,
enquanto o ser ao corpo não corresponde.
 
Quebra-se o ar em lâminas que te cortam.
O simples respirar, é tarefa que magoa.
É loucura os gritos que no sliêncio ecoam,
é hoje que entendes ao que uma lágrima soa.
 
Deitado na areia, imagino-te a meu lado,
quase sinto o perfume da tua pele e cabelo,
saboreio como é doce ser por ti abraçado.
E eu que só quero acordar do meu pesadelo.

domingo, 4 de agosto de 2013

Um dia... Talvez te volte a encontrar...

Era quase noite quando selei o meu cavalo alado,
esse enorme amigo eterno e para sempre calado,
o pouco que levo tem de me chegar para a viagem,
mas temo que me falte o que chamam de coragem.
 
Não seria capaz de recusar um só pedido teu,
ainda que possa doer e fazer cair o meu céu.
O Pôr-do-sol hoje não veio, com medo de chorar,
a lua amargurada flutua no espaço tão devagar.
 
Da tua vontade nasceu essa música silenciosa,
que se faça em mim numa noite tempestuosa.
Afinal, também um Adeus sabe fazer o mundo parar.
Mas vou, com vontade de um dia te voltar a encontrar.