quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Chorar ao teu ouvido

Sem sentido num vazio escuro,
escorrendo dos olhos a saudade
que inunda a alma... è tão duro,
ser vida e alma de verdade.


Pode até ser a chuva que cai,
ou os ventos fortes do inverno,
esta tempestade que me sai,
afogando torna a alma em inferno.


Se não fosse este canto, solitário,
onde cumpro a minha pena injusta,
diria que é de noite ou dia imaginário,
mas é verdade esta mágoa que custa.


E se na solidão de um olhar na multidão,
vier um frio quente que invade a alma,
sentir o teu corpo inerte cair ao chão...
pode ser o fim, pode ser finalmente a calma.


E tu meu anjo, se ouves o meu silêncio desalmado,
dá só mais este pedido, a mim que estou perdido,
exausto, amargurado, magoado e tão cansado,
deixa-me chorar, para sempre, ao teu ouvido.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Último Desejo

Pois tudo o que tem um começo terá o seu fim, e não há muito mais a dizer.
Quero deixar apenas um agradecimento, de carinho, a quem me leu neste blog, pedir desculpas pelas lágrimas que choraram e deixar-vos um último desojo em palavras que não são minhas...

"Façam o favor de serem felizes!"






E assim termina uma Alma de Verdade...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Fim da Linha

Agora é o fim da linha, sim é o que sinto,
mas tenho um comboio para apanhar.
E nesta vida magoada, sei que não minto,
sofri muito apenas e só por te amar.


Embora doa tudo não será mais que um momento,
um perpetuar do parar de mundo, que sabes eterno.
Só tu sabes, todas manhãs e tardes o meu tormento,
na voz que ouves que sente o verdadeiro inferno.


De ti e de quem me ama quero apenas o perdão,
por de mim não ter horizonte, notícias, por desistir.
Mas tudo na vida tem um principio e uma razão,
e passa a ter um fim quando já nada nos faz sorrir.


Vou agora, o comboio não irá esperar.
Embora doa... Já não há como parar.
Tu e quem me ama que sorria para o ar,
onde estiver, verei e para sempre Vos vou amar.

Queda de uma pena...

Perdi, do sorriso, o doce cheiro
num dia de inverno do olhar.
Deixei fugir o horizonte primeiro,
e sem alma o coração não sabe amar.

Não sei como, nem tão pouco porquê,
baralho o barulho enlouquecido da luz,
como quem baralha o sabor do que não vê,
e mistura o que gosta com o que o seduz.

E assim tento imaginar a longa e calma
queda de uma pena que vem do céu,
até ao chão onde fica jaz inquieta a alma
envolta no sorriso de paz que serve de véu.

E aqui fecho os olhos, pela última vez por certo,
queria sentir de ti qualquer coisa pela última vez,
queri nem que fosse sentir-te agora aqui por perto,
só para com o olhar te dizer aquilo que tu nunca vês.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Um beijo


Foi mais que breve talvez pela vontade,
foi mais que avassalador pela verdade,
foi no silêncio de uma enorme cumplicidade,
o beijo que me deste preso na eternidade.


O mundo parou naquele segundo imortal,
o negro clareou como se morresse o mal,
num segundo breve que tantos teve igual,
um só beijo que soube a tudo o que é habitual.


E depois, uma frase presa, do que és em mim,
um querer muito mais que o que tens enfim...
"Esforço-me por estar bem" disseste-o assim.
Quando deverias esforçar-te por ser feliz no fim.


No beijo de ontem, deste-me meio mundo,
guardaste o restante, só tu sabes porquê.
È bom de ver que vives num tormento profundo,
só não o sente, quem não te conhece e a ti não te lê.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

FAÇA A SUA VIDA VALER A PENA

Enviaram-me este vídeo por e-mail e achei por bem publicá-lo.
Não tive qualquer interveniência neste trabalho sensacional a não ser publicá-lo para Vos dar a conhecer. Espero que gostem.

E já agora...

Façam a Vossa Vida Valer a Pena


domingo, 11 de outubro de 2009

Seis anos...

Seis anos...

Pela memória parece que foi ontem

que te abracei pela última vez.

Pela Saudade... Dói demais a tua ausência.

A verdade... É que sinto tanta falta tua...

Hoje parece que nem as rimas se conjugam,

tal é a tristeza que sinto.

As lágrimas... essas escorrem pela minha cara,

enquanto te escrevo. São apenas a saudade...

Sabes, nada dói mais que a tua ausência.

Desde que partiste nessa viagem infinita,

a minha vida deu mil voltas.

Perdi e deitei fora tanto de mim...

Se cá estivesses talvez me soubesses,

como ninguém, mostrar-me o caminho...

Talvez tivesse, naquele abraço que sempre tive,

um conforto na falta que o horizonte nos faz.

Mas já cá não estás, e desde que foste...

O meu mundo desabou...

Sinto tanto a tua falta... Só tu sabes quem tem,

um menino lindo...

Deves saber quantas vezes já pedi que me levasses contigo...

Também saberás que eu não sou capaz de ir...

Eu sei que deves pensar que aqui estou melhor,

pelo facto de não me quereres aí contigo...

Mas sabes Avô... Eu quero estar contigo...

Aqui já não há muito mais... E quem resta...

Ficará feliz se me vir em paz...

Avô... AMO-TE e sinto muito a tua falta em tudo.



Desculpem... mas precisei de desabafar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um agradecimento especial - Alma de Verdade na Rádio

Desta vez não vos escrevo em "texto enfeitado", se bem que o acontecido assim o merecia.


A Nayantara, locutora de rádio, na passada segunda-feira dia 5 de Outubro, declamou o texto "Minha eterna doença" no seu Programa de Rádio, "Boa Tarde Alentejo com Cristina Chalaça".


O meu enorme agradecimento.


Gostava que comentasses como aconteceu, como foi, o porquê do texto escolhido e já agora que deixasses uma forma de te ouvirmos na rádio.


Beijinho muiiiito grande amiga

O Meu mundo...

Já te deitaste na relva verda e húmida,
a ouvir suavemente o cheiro da flores
e a sentir o perfume do canto das cigarras?


Ou mesmo repousar o teu corpo no frio,
da areia numa praia quente de verão
e tocar o molhado que te deixam as estrelas?


É tão complexo o doce, amargo da utopia,
a leveza do insuportável peso que a alma carrega
quando do silêncio fazes o teu grito.


É tudo tão breve que dura uma eternidade,
tudo tão calmo nesta inquietude irrequieta
que no fundo é a humanidade.


É tão bom e especial ser apenas eu...
É tão verdade, o meu mundo, para mim...
É tão puro e transparente este céu...
É tudo tão único que nunca terá fim...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Eterna Doença

Poder-te ia ter dado, do sol um raio de luz,
embrulhado numa gota de chuva ao luar.
Pensava ter tudo o que é verdade e seduz,
julgava que só assim se deveria amar.


Poder-te-ia ter dado mais um pouco de sorriso,
e choro porque não me ajudaste a conseguir.
Pensava que palavra era tudo o que era preciso,
e que, o que dizias, farias como eu a sorrir...


Podes até pensar que não te amo, ou amei...
Confesso-me confuso, magoado e esquecido.
E hoje ouvindo sons que um dia esquecerei,
sinto saudades de todo um sentimento perdido.


Podes até pensar que não mereço uma palavra tua,
ou dar-te apenas um abraço e um sorriso de amigo,
mas trago no peito, bem lá dentro está verdade nua,
de um dia poder ser feliz, olhando o silêncio contigo.


Porque a noite trás a calma inquieta da solidão,
por baixo dessa tua máscara de fuga e felicidade.
Eu sei que choras á noite perdida nessa emoção,
de ter ficado algures, só, perdida nesta cidade.


Talvez eu não te tenha sabido amar, como tu querias,
mas também não me soubeste fazer feliz como sonhava.
Podem passar mil anos que nã esqueço quando sorrias,
nem a lágrima que chorámos quando tudo acabava.


Dói demais... essa é a verdade.
Dói tanto essa tua indiferença.
Dói e não passará com a idade,
será a minha eterna doença.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Margarida... Muito mais que uma flor...

Não sei, se será desse teu nome de flor,
do perfume que emana em tua doce alma,
ou mesmo do teu sorriso ser sincero amor,
amizade, cumplicidade estranha que dá calma.

Não sei, se será dessa tua rebeldia natural,
que sai em marés vivas de bravura obstinada,
ou mesmo desse teu olhar maroto sem mal,
que faz sorrir e torna tudo num pequeno nada.

Não sei, se será deste estranho querer-te bem,
que trago no peito desde o dia em que te conheci,
ou mesmo deste sentimento bom de ser alguém,
para todos os que te amam e sobretudo para ti.

Mas sei, que és Tu, Única e Sensacional, sem explicação
que trazes no teu Ventre, fruto teu e de quem amas,
que és como eu, verdade, sinceridade e pureza de coração,
que estarei sempre aqui, voando sempre que me chamas.

Para ti Maggie com um beijinho enorme, um abraço ao Bruno e um beijinho muito grande para a princesa Inês. Espero que gostes, apesar da falta de inspiração, escrevi o que sinto e que para mim é verdade.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Um Desejo...

Que este sol de Outono,
Ilumine a tua alma de verão,
Seque o inverno dos teus olhos,
E se faça em Primavera no teu coração.

domingo, 13 de setembro de 2009

Mulher de Verdade

Pois é sorriso doce, é triste mas este mundo
rouba-nos a alma, por sermos Sinceridade.
Uns ignoram e dormem num sono profundo,
tu acordaste e viste que existe uma verdade.


E do nada foste lutadora, uma heroína sem igual,
disseste basta, viraste uma curva no teu caminho.
Talvez exista quem não te entenda e até ache mal,
eu, estou contigo, sem verdade vale mais estar sozinho.


Viste os erros e todo o mal, soubeste-os distinguir,
ficaste muito mais adulta nesse dia, os meus parabéns.
Hoje, já mais calma voltaste a ler o testemunho a sorrir,
publicaste-o porque hoje, és mulher em cada sonho que tens.


Talvez por isso, sinta uma estranha cumplicidade contigo,
talvez por seres verdade como eu, e quereres ser feliz.
Hoje, como ontem, te digo que desejo muito ser teu amigo,
porque me dás felicidade de cada vez que sorris.


Dedicado a Joana Neves Gonçalves. Nunca deixes de ser como és e não mudes nunca porque melhor seria impossível. Beijinho, espero que gostes.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Judiaria...



Como pode alguém enganar-se
ao ponto de a si mesmo mentir,
ter saudade e não poder chorar-se,
e obedecer mentindo a sorrir.


Como pode alguém que não é cego,
destruir um sonho sem querer ver,
fazendo a vida como se fosse de lego,
construindo, impondo tudo a seu prazer.


E em silêncio sofre uma alma magoada,
de medo infernal de um monstro como diz,
E mente todos os dias e noites angustiada,
sofrendo e chorando os dias em que foi feliz.


Em palavras muitas vezes a silêncio ditas e juradas,
juramos que um dia existirá uma enorme felicidade.
Mas como podem estas maldades ser perdoadas,
quando se oprime alguém que ama em verdade.


Poderias crucificar esse sonho como forma de o prender,
ou até fazê-lo como pena do mal que fazes a uma flor,
Podes até matar e fazer calar mas nunca hás-de ter,
toda a verdade e a pureza de um sincero e puro amor.

Divindade só tua...

Tinha a esperança tatuada em mim,
libertando perfume em ondas de calor,
sentia que a luz que emanava enfim,
sentia que este sorriso nunca traria dor.


Trazia nas mãos, o chão da luta da demora,
nos olhos um mar, doce e revolto em agonia.
Tremia do frio que o medo dá quando chora,
sentia aquela multidão que torna a noite vazia.


Pensei ser o fim, o real abismo sem fundo,
um salto no escuro sem rede e de peito aberto,
ou um olhar fugaz de alguém perdido no mundo,
onde querer ser feliz pode ser tudo menos o certo.


Mas tu, minha angustiada eterna saudade,
deste-me, na doença, a luz e a verdade,
deste a ver que partir jamais será felicidade,
tu só tu, único como sempre, na tua divindade.


E vi que dói, que talvez tenha sido errado,
vi que a obra nasce do sacrifício e do suor,
que não quero ir mesmo estando abandonado,
vi que em mim existe muito e puro amor.


E ainda que a dor exista e seja real como não imginam,
fizeste-me ver o que sinto agora que para mim sorris.
Que não quero que o coração me pare e os sonhos partam.
E tu se encontrares alguém melhor que eu... então sê feliz!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Delicadamente

Delicadamente penso em ti,
como se fosses frágil e singela,
como água cristalina e transparente.
Uma flor perfumada a doce e olhar,
algo tão puro e sincero tão somente,
um ser único capaz de olhos inundar.


Delicadamente lembro como és,
como queres mostrar que não és,
lembro o teu sorriso e o teu olhar,
o toque da tua pele e o teu perfume ,
o dormir seguro no nosso amar,
o fogo quente que tinha o nosso lume.


Delicadamente, como esta lágrima,
que escorre sem destino... a minha vida.
Penso como será o teu amanhecer,
o teu dia e a tua noite... e choro.
Penso se como a mim te estará a doer,
lembro-te a ir como que a dizer... Não demoro.


Delicadamente, queria ver-te uma última vez,
é o meu último pedido estou a partir...sabias.
Talvez nunca te possa dizer tudo o que sei,
ou mesmo fazer sentir o que imaginas que sinto.
Queria dar-te o que pensava dar-te e nunca dei,
queria abraçar-te, é a verdade, eu não minto.


Delicadamente eu, tudo daria, é o meu último pedido,
antes de o meu coração, sucumbir e parar de novo.
Um abraço, um olhar... em verdade e pureza.
Um saber perdoar antes de eu, por fim, partir.
Porque é essa a nossa eterna e maior nobreza,
ver que os que partem, o fazem sempre a sorrir.


Delicadamente prometo por tudo o que quiseres,
que lá, onde esteja, te vou proteger e de ti cuidar.
Mesmo que não o sintas nem agradeças com gestos,
porque palavras não mais irás ouvir de mim.
E os sonhos e vontades que deixo aqui expressos,
são a expressão que a minha vida está a chegar ao fim.

Um gesto, um abraço, um carinho.
Porque tu és verdade em mim.
Um conforto para eu levar no caminho,
que vou ter agora que está a chegar o fim.

Prolapso


Um dia vou adormecer e não acordar mais,
talvez então seja feliz e descanse em paz.
Quem sabe as inquietações dos meus pais,
de as ouvir, felizmente, eu já não seja capaz.


Um dia vou sorrir, lá bem alto.
Porque tive o meu momento,
e por querer ser feliz dei o salto
que hoje já nem sei se lamento.


Por amigos lutei e fiz-me lutador,
por uma companhia doce sonhei
fui amigo, amante, um amor,
mas foi assim que acabei.


Quem dizia ter medo de me perder,
hoje, pode até parar o meu coração,
que não é problema, nem quererá saber.
Morreu toda aquela emoção.


Há quem escreva, fale e proteste,
mas não tem coragem de ser verdade,
não me sabe dar um sorriso daqueles,
que faz chorar pela cumplicidade.


Há até quem me ame e diga que não,
sofra por vontade e medo, falta de coragem.
Como será infeliz sem o meu pobre coração,
quando eu embarcar nesta última viagem.


Pois é, o coração está fraco.
De lutas e guerras que doiem,
a alma de verdade está um caco,
de tantos sofrimentos que moiem.


Talvez um dia te lembres de mim,
com o sorriso que todos gostavam.
Talvez um dia saibas chorar assim,
tu e todos os que me amavam.

domingo, 16 de agosto de 2009

Hoje

Ingénuo e inocente,
crente em tudo, todos
e na esperança de ser feliz.
Uma velha criança em dúvida,
cansada de luta e guerra,
incerteza e mentira sofrida.


Hoje, com medo da verdade,
abomina a mentira e nela
foi ensinado a viver.
Tem medo da solidão e da multidão
morre de susto da calridade da luz
e passa noites com medo da escuridão.


O perfume da verdade que nunca conheceu,
deambula moribundo á procura de um sorriso.
As palavras ditas, ao vento, fazem-no chorar.
Os sonhos insípidos que antes a doce sabiam,
esvoaçam na memória de quem so quer ser feliz,
e a dor veste traços facias, dos sorriso que mentiam.


Assim, cumpro a pena de querer ser feliz,
de acreditar que a verdade é sincera e pura,
que uma palavra é dita com honra e significado,
que um sentimento forte é algo sem cura.
E por mais que queiras pintar felciidade na tua vida,
a solidão será eternamente a tua companhia futura.

sábado, 8 de agosto de 2009

Eu não sei viver neste mundo...

Eu não sei viver neste mundo...
Ou então sou eu que ando errado.
O que é bom e verdade é tão profundo,
que parece jamais ser alcançado.


Oh Deus... Como podem existir seres assim.
Sim, imploro uma resposta, que me traga a luz,
Porque até posso nunca ter visto o erro em mim,
ou que a imposição e mentira é algo de bom que se produz.


Como pode um ser ser cobarde de aceitar,
que o sol se ponha todos os dias no mesmo local,
e esperá-lo de olhos inundados de um chorar,
por imposição de um execrável ser imoral.


Como pode ser chamado de homem um ser,
que prende a vida a quem quer ser feliz e amar,
apenas porque não sabe que é o erro, nem sabe perder,
e por isso prefere prender a deixar um tesouro voar.


Como pode alguém impor a sua vontade,
contra a debilidade de uma doce mulher,
sabendo que nunca lhe terá a verdade,
porque o amor não cresce quando alguém quiser.


Porque escrevem algumas pessoas,
palavras que sabem nunca farão.
Não percebem que as coisas boas,
não saiem dos dedos, saiem do coração?


E os desleais seres que se imaginam reis,
que fazem do mexerico a sua vida real.
Pensam que impõem normas e leis,
e que nunca erram ou fazem mal.


Oh Deus... Ouve a minha prece.
Eu não sei viver neste mundo...
Vê como o meu coração adoece,
e leva-me já ter contigo neste segundo.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A melhor tarde

Um dia, todas as tardes serão assim,
amor e muito amor que partilhamos,
num tudo nada, num simples sim,
fazemos o sonho que hoje agarramos.


A entrega total sem porquê ou porque não?
Palavras ditas num momento que é loucura,
verdades só nossas, estendidas na nossa mão
e sentimento que prometemos ser a nossa cura.


Repartiste o sol que te trás linda e dourada,
Dei-te parte da minha areia para te deitar,
O teu olhar pára o meu mundo num quase nada,
fechas os olhos como se estivesses asonhar.


Como se nada mais existisse repartimos a refeição,
num momento só nosso sempre presente em nós.
Já na partida, de olhos nos olhos e mão na mão,
disseste que a tua vontade hoje tinha enorme voz.


E foste, feliz, como feliz fiquei na melhor tarde,
confiante e com vontade de sorrir sempre assim.
Porque o amor é chama enorme que me nós arde,
é algo que nunca imaginei que pudesse arder em mim.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sorrir...

Sim, estou a sorrir...


Porque som passou a ter imagem,
porque as palavras se tocaram,
porque percebeste a inha mensagem,
porque os teus olhos me embalaram.


Sim, estou a sorrir...


Porque o momento se repetiu,
porque vi o sorriso que dá vida,
porque a minha areia se dividiu,
porque contigo a vida é colorida.


Sim, estou a sorrir...


Porque estás linda e bronzeada,
porque estás certa do futuro,
porque dizes tanto mesmo calada,
que me dás força e salto qualquer muro.


Sim, estou a sorrir...


Porque espero e muito quero,
porque um dia sonhei e hoje é real,
porque o que existe é puro e sincero,
e nada nos poderá fazer nenhum mal.


Sim, estou a sorrir...


Por ti, por mim, por uma felicidade partilhada,
Por um futuro que queremos a sorrir.
Por te dar o que me dás e querer em troca nada,
Por uma vida e um sentimento que só nós sabemos dividir...

Um Texto

Não é texto que rime, não é meu e até pode nem ser doutrina que siga sempre. Mas quero seguir e só por isso, por ser lindo e por pensar que pode ajudar muito boa gente que se julga Sábio/a no seu Feudo Senhorial tão pobre de cultura social, pessoal e intelectual.



Leiam, reflictam e não comentem que o autor já nada terá a aprender ou ver reconhecido nas Vossas distintas e sempre agradáveis palavras.



"Depois de algum tempo aprendes a diferença,
a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos,
e presentes não são promessas.
(...)E não importa o quão boa seja uma pessoa,
ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destrui-la,
e que podes fazer coisas num instante,
das quais te arrependerás pelo resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida.
(...) Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida,
são tiradas de ti muito depressa;
por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas;
pode ser a última vez que as vemos.
(...)Aprendes que paciência requer muita prática.
(...) Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva,
mas isso não dá o direito de seres cruel.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém.
Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas,
tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços teu coração foi partido,
o mundo não pára para que o consertes.
E, finalmente, aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma,
ao invés de esperar que alguém te traga flores.
E percebes que realmente podes suportar... que realmente és forte,
e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida!
(...) E que só, nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!"


Shakespeare


Eu não dizia que era lindo... Agora em silêncio tentem cumpri-lo e lembrem... "Só se sai de um buraco se pararmos de escavar..." ;)

terça-feira, 28 de julho de 2009

Verdade

Espera que aconteça o inesperado,
talvez assim vejam o lutador que és,
talvez aí acreditem na inacreditável,
mentira que vêem cair a teus pés.
Luta por um raio de sol que vês nascer,
luta por um sorriso que tarda em aparecer,
nunca deixes cair os teus braços ao chão,
e grita bem alto quando disseres NÃO.
Levanta-te desse leito, anda vai até ao espelho,
o que vês nesse teu corpo cansado e alma confusa,
poderás até ver algo sujo, usado, iludido e velho.
Mas verás, certamente, a verdade que ainda se usa.
Olha profundamente e diz comigo, "Sou verdade".
Consegues?... Força, se o sentes em ti lá no fundo.
Vês como é bom por ti, toda esta enorme felicidade,
tanto que hoje terás, para ti, um melhor novo mundo.
Podem não te olhar, podem até não te ver,
numa rua inundada de almas todas diferentes.
Podes estar só, contigo, ou rodeado de poder,
Mas só Tu podes ser Tu e a mentira é dos doentes.


VERDADE...
O que é a verdade? Perguntarás...


Verdade,para ti, é tudo aquilo em que crês,
mesmo não sendo correcto, bonito ou feliz,
tudo o que te nasce na alma sem porquês.
Verdade é tudo o que fazes quando sorris.
E se um dia, crente de uma mentira, errares,
nada há melhor que um pedido de perdão.
E assim não mentes, se no dia em que acordares,
reconheceres o erro e disseres... NÃO.
Irás por certo sofrer consequências fracas ou brutais,
pode ser irreversívél o teu erro que mata o teu sorrir,
mas acredita que serás entre todos os comuns mortais,
alguém que de consciência limpa pode descansado dormir.
E se te tentarem corromper ou até subornar,
com actos, gestos ou palavras que custam ouvir,
lembra que nada te soará melhor que um abraçar,
de quem um dia não quiseste enganar ou iludir.
E viverás, como um Deus, capaz de ser imortal,
um anjo na terra que faz sorrir e jamais chorar.
Serás para sempre verdade, consciência e moral,
porque "Só sairás de um buraco se parares de escavar".

Palavras pequenas

Ontem fizeste-me ver uma nova luz,
algo que bem sabes como me seduz.
Jogaste desejos por entre doutrinas
embrulhadas em tudo o que me ensinas.
Um dia, ensinaste-me a amar e a querer,
outro dia também mostraste o que é sofrer.
Mas ontem no silêncio que existe no luar,
falaste algo quem me deu uma noite a pensar.


Pode nem ter sido pensado ou reflexão,
eu, para mim, acho que foi dito com emoção.
Aquela emoção que só sentimos a sonhar,
onde tudo é bonito e um sorriso é amar.
Mas o importante é que o disseste para mim,
e aquela palavra tem muito mais para lá do fim.
"Amo-te", como se não fosse suficiente o teu dizer,
deixou-me pensar durante noite no teu real ser.


Vendo bem, "Amo-te" tem de tudo o que queremos,
tem amor, felicidade, carinho e tudo o que vivemos.
È uma palavra enorme e grandiosa apesar de pequenina,
tal como o meu querer e o teu jeito maravilhoso de menina.
Assim, reflecti e descobri que as palavras pequenas,
como pai, mãe, amor, querer são vontades terrenas,
são pequenas e enormes palavras que dizemos sem saber,
mas sobretudo são enormes pelo que significam e querem dizer.


Nas palavras pequenas como tu, vivem desejos grandiosos.
em poucas letras dizem enormidades e sonhos gloriosos.
Ontem mostraste um pequeno, grande, novo sentido da vida,
e isso faz de ti, a enorme doçura que sempre me foi querida.
Ontem fomos um, ontem fomos amor puro e verdadeiro,
Ontem fomos muito mais que existe pelo mundo inteiro,
fomos deuses, terrenos, vivos em desejo num corpo nú.
Ontem, em pequenas palavras, fomos Amor, Um... eu e Tu.

Está escrito na areia



Partiste qual andorinha,
como se o inverno tivesse chegado,
e o verão já não tivesse calor...
Chorei, sem à noitinha,
muito mais que o que tinha chorado,
de cada vez que levavas o meu amor.


Mas no fundo de todo o meu medo,
uma esperança em agonia resistia,
porque sentimos uma coisa avassaladora.
E tudo por um dia disseste em segredo,
que o nosso Amor era omaior que existia,
e um dia seríamos felizes pela vida fora.


Como sempre marcaste-me com um sorriso,
um segredo simples, singelo e único como és,
um gesto que é puro e de verdade minha e tua.
Contaste aquilo que sabes ser o que mais preciso,
"Escrevi o teu nome na areia, com os meus pés",
E a minha alma, de verdade, sorriu-te simples e nua.


Podemos levar milhares de facadas,
pode a noite nunca mais ser nossa,
pode o sol nunca mais aqui nascer.
Mas teremos almas sempre lavadas,
pelo sentimento que temos e adoça
a nossa felicidade e a vontade de viver.

domingo, 26 de julho de 2009

O teu último sorriso...

Três almas ao sol unidas e douradas,
muitos o sonham, mas nós acontecemos,
em fantasias e doces promessas sonhadas,
um dia tudo tivémos e tudo perdemos.


Talvez fosse da água ou então da felicidade,
ou mesmo por uma vida ter mais meia hora,
mas a verdade é que a nossa cumplicidade
era imensa e hoje qualquer um a chora.


Eu, tu e muito mais que amizade numa vida,
o amor a ser feliz, ter-vos era a melhor da sorte,
e por mais que a existência seja dolorosa e sofrida
só se apagará quando um dia conhecer a morte.


Foi talvez a última vez que sorri de verdade,
foi, até hoje, a última vez que vi o teu doce sorrir,
foi marcante pela doçura, verdade e simplicidade,
é algo que lembro e sonho desde que te vi partir.


Foi uma tarde e um sorriso que não posso esquecer,
foste tu em pureza, em bruto e verdade sincera,
tudo talvez por um golfinho, talvez para me ter,
mas aquele sorriso era o que eu sempre quisera.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fizeste-me sonhar



Havia tanto para dizer e fazer,
se tu vestisses o meu futuro,
se fechasses os olhos para ver,
que amar nunca pode ser duro.


Se ao menos o sim fosse sempre sim,
se a verdade fosse a incorruptível lei,
se o início fosse muito mais que o fim,
e quisesses ser a alma de tudo o que sei.


Poderia nascer em nós um novo mundo,
poderia não haver dor nas nuvens cinzentas,
poderia o sol dar um sorriso profundo,
poderia ser a felicidade o amor que inventas.


Havia muito mais que algum texto pode conter,
havia a luz que te faz brilhar e sabes que me seduz,
havia duas almas, dois corpos em um só querer,
e o mundo seria tudo a que o Amor puro se reduz.


Se o teu sonho, fosse o meu sonho também,
se partilhasses o teu respirar numa manhã,
o meu querer fosse o teu e dele fosses mãe,
se tudo não passasse de uma vontade vã.


Poderia um sorriso ser muito mais que infinito,
poderia um rosa não ser apenas uma doce flor,
poderia ser tudo tão doce e feliz, tudo tão bonito,
que jamais algum ser sentiria qualquer dor.


Nas palavras que nunca foram tão doces,
escrevi todo o meu bem Querer e Amar,
e em tudo o que te dei esperei que fosses,
a realidade por tanto que me fizeste sonhar.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O último desejo

Que som têm as palavras dita em silêncio,
aquelas doces escritas no ar com olhares,
qual o sabor de um sorriso puro e sincero,
qual o perfume do segredo dito a sussurares.



Quanta água pode ainda correr friamente
da nascente do teus belos olhos que eu amo.
Porque deixas morrer o sorriso lentamente,
e ignoras a minha voz cada vez que te chamo.



Se morresse amanhã que me dirias hoje?
Se pudesses agora ter,comigo, o teu último gesto, qual seria?
Se o amanhã não existisse, diz-me em silêncio o que farias...
Porque sabes que por ti... eu tudo faço... eu morreria.


Não queiras ter o silêncio das rochas,
ou o choro eterno do mar nelas a bater.
Não faças de ti uma montanha imóvel,
que nem o vento forte é capaz de mover.


Sê como a areia branquinha de uma praia,
que todos os dias tem uma alegria brilhante.
Usa o teu sorriso, o teu olhar, o teu gesto e voz,
e faz sorrir alguém de uma felicidade constante.

Lua



Tanta vezes encoberta
ou mesmo desaparecida,
és o satélite da descoberta,
que mudou a nossa vida.


Tantas vezes iluminaste
aí do alto o nosso amor,
e segredos que guardaste,
em noites quente de amor.


Lua, linda rainha astro de luz,
ponto onde espero o teu olhar,
olha-o fixamente e vê que seduz,
o meu olhar quando o teu tocar.


Ora cresce, ora decresce no céu,
vai e vem sem nunca se cansar.
Por vezes usa a neblina como véu,
para não ver o meu olhar chorar.


Timída jamais conquista o sol brilhante,
quase nunca o encontra porque adormece,
e quando se cruza com ele, sempre elgante,
esconde-se no espaço, timida desaparece.


Para mim, sabes ser mais que lua,
quando que iluminas a minha rua,
quando me abaraças simples e nua,
eu sei, sou teu e a minha alma é tua.


Homenagem aos 40 anos da chegada do homem á lua ou então a ti... Lua.

sábado, 18 de julho de 2009

Dúvida do Amor de Um Homem

Em conversa, perguntaste-me duvidosa,
"Amigo, Um Homem AMA de verdade?".
Uma dúvida, para mim, no mínimo curiosa,
tendo-te eu mostrado toda a minha saudade.


Porém, por não ser de meias palavras,
nem de deixar que a atitude esmoreça,
tentei mostrar-te tudo o que falavas,
dizer tudo que sei antes que me esqueça.


Um Homem, ou uma Mulher, seres terrenos,
são um fruto do Amor e dele vivem sequiosos.
Porém o Amor tem imensos e mortais venenos,
e talvez por isso nos deixe irresolutos e duvidosos.


Mas, eu por mim falo, e talvez por todos os sonhadores,
um Homem Ama, ama de verdade e sofre muito por amor.
E mesmo sendo analfabetos ou sábios e instruídos doutores,
Amamos e por isso nos apelidam de fantasista ou Sonhador.


Se um Homem não amasse perdoaria?
Se um Homem não amasse sofreria uma mão de anos?
Se um Homem não amasse teria a atitude de querer Ser Feliz?


Por um enorme Amor eu fiz de tudo,
talvez nem sempre da forma correcta.
Mas o Amor é um sentimento mudo,
que atravessa o coração como uma seta.


Talvez por isso, Amei e raramente fui amado,
talvez por isso sofri e nunca fui compreendido.
Ainda assim precisava de perceber o passado,
para corrigir o que o Amor insiste e nãp ser corrigido.


Será isto Amor...Amizade?
Será isto apenas prepotência?
É apenas ignorância de, todos em igualdade,
quantos se acham doutos nesta ciência.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Vida de Amizade

Se pudesse dava-te um sorriso,
Ou talvez um sonho doce e feliz.
Se pudesse, hoje seria conciso,
a oferecer tudo por quanto sorris.


Eu sei que sou o ser mais errante,
sei até que sou a maior imperfeição,
mas sempre soube perdoar, errante,
uma mão de anos de dor de coração.


Mas errei, fiz o pior, eu sei que sim,
tive uma atitude, ser feliz eu queria,
e hoje, até a amizade chegou ao fim,
acredita, por isto, morrer preferia.


Mas tu és diferente, és soberana,
deves ter toda a razão do mundo,
o perfume do saber de ti emana,
e achas que ser sincero é imundo.


Para ti perdoar é irracional e insensato,
é um sentimento que nunca conheces,
e por mais que queira mostrar o exacto,
tu jamais ouves as minhas perdidas preces.


Porque perdoar uma vez, para ti é muito doer,
mas eu, mentiras e inércias, perdoei centenas,
Mas o erro sou eu e nunca tu ou os teus amigos,
nunca tu e as mentiras que na alma encenas.


A ti te digo, porque gosto de ti e tu sabes que sim.
Perdoar é nobre e um sentimento dos puros,
tal como a atitude e sinceridade que vence no fim
e que torna os fracos em seres enormes e duros.


Mas tu do alto do teu altar, imaginas-te o novo messias,
Tu achas ser mais que tudo e todos na tua vida sem vontade.
Acredita que se pesares erras muito mais que o que previas,
e um dia pagarás bem caro a tua falta de perdão e de verdade.


Mas hoje, se pudesse, dava-te um sorriso,
Porque sou teu amigo mesmo não te vendo.
Porque um amigo é o sempre que for preciso,
e a amizade é infinita, não acaba nem morrendo.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Lei Divina

Flutuando na espuma das palavras,
em busca de um porto de abrigo,
avivando o fogo que teima em gelar,
cobrindo o sol que parece fumegar.


Rasgando as leis que mandam partir,
tocam discos além do infinito fim,
ouvindo em silêncio a alma a sorrir,
como se ainda agora fosse assim.


Um só dia perdido na noite vazia,
promessas são vãs e cheias de nada.
Mas é ordem dos deuses o olhar ter som,
a Nossa loucura é muito mais que um dom


Vamos nadando em fumos ofegantes,
quebrando laços nunca nascidos,
acordando de sonos inquietos e delirantes,
e olhares que nunca foram oferecidos.


Entre o sol e o mar,
lá longe onde se tocam,
existe uma lei no ar,
que os deuses invocam.


Ès um sonho, um verdadeiro tesouro,
fazes parar o mundo com o teu sorriso.
E se hoje era tarde amanhã já o foi ontem,
porque viver é amar e sorrir é o que preciso.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Amargo sabor


Queria poder ser tu em mim,
ou então ser apenas um sim.
Ser recta curva em pensamento,
ser fumo na água em tormento.
Ser esquema de fuga da liberdade,
ser tão velho que não soubesse a idade.
Poder estar perto e pegar-te com o olhar,
com ternura e carinho poder-te abraçar.
Queria ser o teu desejo, vontade e amor,
proteger-te e ser sempre o teu calor.
Quem sabe ser um sem-fim a girar
nunca saber se o fim vou alcançar.
Até mesmo ser, sem trabalho, a morte,
ou apenas, uma vez, ter um pouco de sorte.
Mas sou eu, apenas um erro imperfeito,
onde o que havia a fazer há muito foi feito.


Quem me dera poder e conseguir acreditar,
que o amor puro existe sempre ao chegar,
que a felicidade é doce e se pode alcançar,
que uma lágrima pode não ser chorar.
Mas a vida é madraste jamais te ajudará,
por mais que te doa ela jamais te curará.
Talvez por não seres um desses especiais,
ou não teres tudo o que têm os demais.
Mesmo que conseguisses ser luz na escuridão,
nunca iluminarias longe como vês na ilusão,
talvez por ser apenas uma miragem só tua,
ou estranha sensação de estar só na rua,
ou de sentir uma aquela enorme solidão
quando estás no centro da imensa multidão.
Ou simplesmente por seres apenas tu,
que vestido te sentes sempre muito nu.


Eu sei, que falo para mim,
Mas sei que falo por mim.
Não sonhei poder ficar assim,
não quis que fosse este o fim.
Juro que só queria se feliz,
ser como eles e tu quando sorris,
ser céu em tons leves de anis,
e nunca cair nestes ardis.

Pensar em ti

Sim, é para ti que escrevo estas linhas,
só tu sabias como me fazer sentir feliz,
sabias sorrir com alegrias tuas e minhas,
e hoje, que artimanhas usas quando sorris?


Sim, é a pensar em ti que em água me desfaço,
que vou perdendo em mim tudo o que era bom,
que tenho vontade de não ser eu, nem o que faço,
que grito alto a dor que jamais terá algum som.


É de lamentação cada palavra que ainda me sai,
é de dôr cada lágrima que dos meus olhos cai,
é com mágoa que sonho poder ser contigo, pai,
é de solidão na ausência que vem e nunca vai.


Era bom poder parar o mundo e gritar alto
era único sermos ambos apenas um, Amor.
O abismo cresce e não chego ao fim do salto,
para terminar toda esta imensa e árdua dor.


Talvez pudesse partir sem destino,
levar comigo toda a minha história,
se de novo, feliz como um menino,
que consegue a sua primeira vitória.


Talvez, o meu anjo, me pudesse levar,
talvez adormecer e não mais acordar,
talvez apenas enlouquecer só ao luar,
ou voltares para eternamente te amar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Esboço


Voltas redondas em espaço recto,
onde o claro tem uma luz escura.
Lados errados onde tudo é correcto,
onde tudo é fugaz e a demora perdura.


Turvas as águas claras e transparentes,
agitas o calor no frio da tua ausência,
crescem em ti sentimentos doentes,
e vives feliz na tua saudável demência.


Danças a música esquecida, insonora,
esqueces o som do sorriso doce e puro.
Pintas a diluente um olhar que chora,
e a cor-de-rosa a dôr que não curo.


Talvez sejas herói, ou heroína sem sexo,
ou apenas demagogia que age sem nexo.
Tentas mostrar aquilo que não sabes ser,
e hoje, diz a verdade, um sorriso faz doer.


Espaço vazio, cheio de tudo o que não diz nada,
mãos molhadas do suór de nada fazer na vida.
E tiras a casca, máscara inútil que te enfada,
negas tudo numa noite que já te foi querida.


Arranhas a voz, num grito mudo para surdos,
o doce que adoras é, hoje, insípido e amargo,
e o mar salgado, hoje tem sabores absurdos,
julgas aos teus pés barcos que andam ao largo.


Acorda talvez ainda vás a tempo, respira fundo,
faz um gesto ou sinal, uma palavra mesmo escrita,
tu só sabes ser tu, tu só sabes o que é ser mundo,
lembra que uma lágrima, pode não ser bonita.


Talvez sejas herói, ou heroína sem sexo,
ou apenas demagogia que age sem nexo.
Tentas mostrar aquilo que não sabes ser,
e hoje, diz a verdade, um sorriso faz doer.

sábado, 27 de junho de 2009

Liberdade

Se a felicidade é o objectivo de uma vida,
se a verdade, o que somos, é um estandarte,
se nos levantamos contra a injustiça sofrida.
Então a nossa alma é uma obra de arte.


Se lutamos, contra a hipocrisia, incansavélmente,
se, mesmo sofrendo, somos verdade e liberdade,
se a paixão de viver é igual ao amor que se sente,
então façamos crescer, em nós, esta humanidade.


Vem se és verdade,
não importa a idade,
faz crescer esta cidade,
crê nesta cumplicidade.
Porque eles podem tirar-nos a Vida...
Mas jamais nos roubarão a Liberdade.



(inspirado na minha postura, no meu ser e estar e no filme Brave Heart)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Alma Laranja

Eu, só te quis salvar a alma,
mostrar que a alma é verdade,
que de noite reina a calma,
no rebuliço louco da cidade.


Sentimento, doce, bom e laranja,
A minha alma de bem comigo,
um anjo novo que se arranja,
um alguém que é teu amigo.


Fi-lo por ti, porque és como eu,
mas fi-lo também por mim,
Fi-lo porque, sim isto é o céu,
porque o bem nunca tem fim.


Porém, tenho medo que contigo,
o fim, volte a não ser diferente.
Porque num dia sou um amigo,
no outro de mim foge toda a gente.


Mas a verdade é que fiz o que podia,
fiz sem querer sequer um obrigado,
Mas fiz e sou feliz porque um dia,
o teu sorriso ficou enorme e rasgado.

É Noite

Um anjo, doce, levou-me a voar
seguro num abraço bem apertado.
Deixámos o horizonte se apartar
numa lágrima, lamento guardado.


Um certo, errado que me prende,
livre num sorriso de choro sentido.
Medo inútil que não se compreende,
mas é melhor assim do que ter fugido.


Chove lá fora, no interior do meu corpo,
preso continuo com a mágoa no coração.
Na rua, nada importa, tudo é torto,
e sem fumo talvez se veja a emoção.


É noite, são horas de rumar ao luar,
perder na noite, no escuro, as imagens.
Talvez até, voltar ao negro do chorar,
quem sabe olhar de novo as mensagens.


E se é dor o carinho que dou,
se é mágoa a alma que sou.
Morre a vontade de viver,
morre a alma e o próprio ser.

domingo, 21 de junho de 2009

Discurso do olhar

Consegues, no silêncio, ouvir o meu olhar?
Escuta, ouve a doçura com que fala de ti,
sente o perfume que emana o doce amar,
e que cresce sempre que tua alma sorri.


Consegues ler o meu lábios, tesourinho?
Palavras simples e com tanto significado.
Sei que as sabes de cór, ditas baixinho,
sussurando ao ouvido o sonho alcançado.


E sabes que tudo isto me faz sorrir, amor?
Um sorriso de vida e verdadeira felicidade,
Sabes tão bem o sabor do sorriso e a sua cor,
e sabes que nunca se perderá com a idade.

domingo, 14 de junho de 2009

Dá-me o teu olhar...

Dá-me o teu doce olhar,
deixa-me sentir o sorriso,
antes de a luz se apagar.
É tudo o que mais preciso.


Deixa-me ver quais as cores,
com que pintas o pensamento,
como escondes todas as dores
que atestam o doloroso lamento.


Deixa ver como fazes as curvas
serem rectas simples e perfeitas,
deixa-me saber porque turvas
os sonhos sempre que te deitas.


Deixa que sinta tudo isto em mim,
antes que a luz se vá, em mim, de vez.
Deixa sentir tudo antes do fim,
deixa-me perceber os porquês.


Aqui faz frio, que sinto no meu olhar,
um frio molhado nos olhos e alma,
um lento morrer nos olhos a naufragar,
um grito mudo que silencia e minha calma.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Grito da Verdade

Enquanto houve sorrisos,
ainda que mesmo forçados,
enquanto eu te dei os precisos,
tu deste gestos educados.


Enquanto eu tive para dar,
sem nada de volta querer,
tu soubeste sempre agradar,
soubeste um sorriso oferecer.


Enquanto andei a sabor do vento,
bailando em sorriso de mentira,
souberam me dar o momento,
souberam controlar a minha ira.


Mas um dia a alma acordou,
quis ter uma personalidade,
quis ser sentimento e gritou,
o grito da sua verdade.


E nesse dia, uns fugiram,
outros iniciaram a rebelião,
outros ainda mentiram,
palavras sem coração.


Porque amigos podem não te fazer rir quando não estás triste,
mas far-te-ão sorrir quando sentires que a dor e tristeza existe.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Abre a tua mão

Abre, generosa, a tua mão,
quero apenas e só a ti dar,
o meu muito ferido coração,
para que o possas guardar.
Por favor não digas que não,
sabes que só a ti o posso confiar.


Vivemos em mundos diferentes,
apesar de sermos carne igual,
seguimos rumos divergentes,
saímos ambos da vida mal.


Talvez por seres mais que eu,
ou sentires menos do que sinto.
Talvez apenas por sonhares menos,
muito menos que o que sonho e pinto.


Mas foste, vives em outro mundo,
numa baía perdida de noite ao luar
ou num mar longínquo e profundo,
num banco, um muro a naufragar.


Abre, generosa, a tua mão,
quero apenas e só a ti dar,
o meu muito ferido coração,
para que o possas guardar.
Por favor não digas que não,
sabes que só a ti o posso confiar.


E vocês que se acham supremos,
não vêm como erram na vida?
Dizem menos que queremos,
aprofundam sempre mais a ferida.


Nem em sonhos imaginam o doer,
o chorar que provacam em cada olhar.
Talvez achem que são a razão e o viver,
e que cada um vos tem de adorar.


Talvez por serem mais que eu,
ou sentirem menos do que sinto.
Talvez apenas por sonharem menos,
muito menos que o que sonho e pinto.


Abre, generosa, a tua mão,
quero apenas e só a ti dar,
o meu muito ferido coração,
para que o possas guardar.
Por favor não digas que não,
sabes que só a ti o posso confiar.


Até tu em quem confiei a vida cegamente,
foste capaz de fazer ruir este nosso castelo,
e continuas certo que és verdade erradamente,
que tudo o que fazes e bom, supremo e belo.


Atenta nas palavras que professas,
que dizes ler intimamente no teu ser,
por uma vez abre-te e diz que confessas,
o teu errar, o teu vitorioso perder.


Talvez por seres mais que eu,
ou sentires menos do que sinto.
Talvez apenas por sonhares menos,
muito menos que o que sonho e pinto.

Abre, generosa, a tua mão,
quero apenas e só a ti dar,
o meu muito ferido coração,
para que o possas guardar.
Por favor não digas que não,
sabes que só a ti o posso confiar.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Monólogo

Queres ficar, mas não vês como a espera dói,
por entre esquecimentos que queres lembrar,
para não te doer o olhar triste que mata e mói,
enquanto se rasga um louco presente a acabar.


Prendes o fumo entre beijos em cigarros acesos,
que te trazem sons, imagens e doces perfumes,
caricías suave nos teus rebeldes cabelos presos,
que vais fazendo e reacendendo antigos lumes.


E lá fora a noite é escura, já não há luar,
é frio, agreste o jantar que comes a sós,
tão frio que te faz suar ou talvez chorar
conversando só, com a tua monótona voz,


vês cada segundo passar na brisa que não corre,
parado no espaço, no tempo, na tua memória,
imagens, palavras do tempo que nunca morre,
de um luar que jamais abandonará a tua história.


É frio o quente de outrora,
é amargo o doce que sentes,
vai doer mas já não demora,
a saudade que ainda mentes.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Senil

Para que serve ter todo o tempo do mundo,
se o desejo se revela apenas em um segundo.
Para quê desejar toda a água que há no mar,
se a vontade só quer um canto para aguardar.
De que serve almas a fazer juras de amor,
se a humanidade desse sentimento sente pudor.


Já sei, quero ficar senil, louco,
quero ter aquele olhar vazio,
quero ser menos um a contar.
Ser feliz mesmo com muito pouco,
nunca sentir este amargo frio,
e nunca, jamais voltar a chorar.


Eu só por mim, gostava apenas de te ter,
de sentir como é doce o teu feitio de mulher.
Poder perder-me no teu olhar distante e louco,
sentir-me feliz por na vida ter tão pouco.
Poder sorrir, acordado, durante a noite escura,
por te ver dormir, a meu lado, tão segura.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

No meio da multidão

E de repente, ali estava eu,
ao centro no meio da multidão,
num palco, isolado, só meu,
onde era o centro da atenção.


Todos me olhavam, ansiosamente esperando,
que uma palavra, qualquer, se soltasse em mim,
mas mudo, cego e imóvel, soltei... brando...
A palavra que termina tudo... Disse chegámos ao Fim.


É estranho sentir uma imensa solidão,
vontade de chorar em dia que é de festa,
mesmo quando estamos no meio da multidão,
e as lágrimas são a expressão do que nos resta.

Aquela Musica


Hoje não me apetece passear o cão,
quero ficar aqui ao escuro, nesta sala.
Quero ouvir aquela musica com emoção,
quero sorrir feliz, e contigo cantá-la.


Vou dançar, nos teus braços, a noite inteira,
vou escolher outra música daquelas nossas,
vou ficar louco e entrar na nossa brincadeira,
vou ficar assim até que queiras e possas.


Vamos rodopiar em passos estranhos,
inventar coreografias só para nós os dois.
Vamos trocar os negros para castanhos,
seremos um para o outro, imortais, heróis.


MAs quando vir a mim, saindo do meu céu,
quando o sono, doce, leve me atraiçoar,
tirando-me do sonho que é, pelo menos, meu...
Então, vou fechar os olhos e acredita...hei-de chorar.

Partida da vida...

Quero dizer que te amo,
que és o meu único poema.
Mas sempre que te chamo,
surge esta dor suprema.


Arranho a pele, misturando sentimentos,
inundam-se os olhos, vem o desespero.
Fecho os olhos e vejo-me por momentos,
a pairar, planando sem as asas que quero.


E vem de novo todas as imagens da vida,
as boas e más que me confundem a alma.
Vem toda a alegria que sempre foi querida,
vem esta raiva que me extingue a calma.


Quero dizer que te amo,
que és o meu único poema.
Mas sempre que te chamo,
surge esta dor suprema.


Bate forte o coração, descompassado,
os olhos já navegam na sua nascente,
os cabelos é entre os dedos puxado,
porque hoje até a verdade já mente.


Salto no ar, caindo no abismo sem rede,
solto um grito mudo que ninguém sente.
Vem o sorriso de que ainda tenho sede,
vem a imagem de quem magoa e mente.


Quero dizer que te amo,
que és o meu único poema.
Mas sempre que te chamo,
surge esta dor suprema.


E ainda que tudo seja um estúpida ilusão,
mesmo que ingénuamente queira acreditar,
hoje já não há, ninguém sente, o coração,
já é tarde, o comboio partiu, não dá para voltar.


Quero dizer que te amo,
que és o meu único poema.
Mas sempre que te chamo,
surge esta dor suprema.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Suspirinhos de Felicidade

É este ar fresco matinal no rosto ensonado,
brisa marinha, intensa, perfumada a orvalho,
o simples querer de um ser triste e cansado,
que tantas vezes tem por companhia o trabalho.


Pode até ser apenas a ilusão de um bem querer,
ou até um sonho que não se quer mais acordar,
seja o que for, porque o destino o manda fazer,
quero senti-lo em mim e poder voltar a sonhar.


Suspirinhos de felicidade,
doce sorriso que faz sonhar,
alegria que carrega a saudade
da vontade de querer acordar.


Antagonia irónica entre o dentro e o fora na alma,
ou mesmo o desejo, preso e reprimido de um grito.
A certeza da dúvida que nem assim abala a calma
de um coração que para ser feliz luta ferido e aflito.


Ainda que carregue no seu íntimo mais secreto,
toda uma vida em mágoa, de um triste não saber,
lança, por fora, suspirinho de um amor discreto,
lança por dentro, em festa, todo o seu bem querer.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O momento... O Mundo Parou

Anda... Vem... Nem por um segundo hesites
Quero sentir, no meu pescoço, o teu respirar,
arrepiar-me ao senti-lo por sentir que existes,
e de olhos fechados sentir o mundo a parar.


Sinto o toque suave, da tua pele. no meu rosto,
sinto o perfume do teu cabelo a envolver-me,
sinto que sentes em mim este enorme fogo posto,
que é desejo e um amor enorme a prender-me.


Chegas com os teus lábios finos em felicidade,
onde saiem as palavras doces que sei para ti,
digo-as todas sempre puras e na maior verdade,
porque sou assim para ti em tudo o que já senti.


E beijas-me, loucamente, como se fosse já amanhã
o fim do mundo e tudo terminasse naquele segundo.
Deixas-me sem norte, baralhado numa doença sã,
em desejo, em delirío em amor enorme e profundo.


E assim, quase sem me tocar, levas-me à loucura,
desatas o desejo e com palavras ditas em surdina,
fazes-me voar maus alto e ficar a pairar em ternura,
abraçado a ti e ao teu sorriso terno e doce de menina.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Terra do Nunca

Bem vindo à minha casa,
ao meu espaço ilimitado,
onde o silêncio me arrasa,
e tudo está sempre inacabado.


Aqui o sorriso não tem perfume,
o olhar jamais consegue horizonte,
a lenha nunca se consome em lume,
e a água já não cai da mesma fonte.


A luz, é sombria, fraca e triste,
o calor é frio e húmido e cortante,
aqui jaz a vontade que ainda resiste,
de um imenso sonho sempre distante.


Sê, a esta Terra do Nunca, Bem Vindo,
Aqui onde não há árvores nem florestas.
Acomoda-te neste espaço antes lindo,
onde agora até os círculos têm arestas.


Bem vindo ao espaço que é utopia,
sendo a maior de toda a verdade.
Aqui, onde antes reinou a alegria,
vive solidão que já nem sabe a idade.


As cores já não têm nenhum vigor,
as imagens estas sêcas e gastas.
Nesta sala onde um dia se fez calor,
hoje correm ventanias madrastas.


Pelos corredores cheios de passos perdidos,
ainda vagueiam vultos sem alma nem rosto.
Aqui perdem-se sonhos por outros esquecidos,
e nada jamais se fará com o mesmo gosto.


Sê, a esta Terra do Nunca, Bem Vindo,
Aqui onde não há árvores nem florestas.
Acomoda-te neste espaço antes lindo,
onde agora até os círculos têm arestas.


Talvez alguém se lembre e traga um dia,
a vontade desvairada de voltar sorrir.
O bater na porta e ao abrir que sorria,
para depois todas a minhas janelas abrir.


Sê, a esta Terra do Nunca, Bem Vindo,
Aqui onde não há árvores nem florestas.
Acomoda-te neste espaço antes lindo,
onde agora até os círculos têm arestas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sociedade Hipócrita

Começo a acreditar que a hipocrisía é dom,
que o cinismo e a ironia são boas qualidades,
esquecer o que somos é sempre de bom tom,
e as mentiras são sempre superiores às verdades.


Começo a ver como prevalecem os seres superiores,
que é enorme e voraz a sua vontade de mentir,
que é sempre bem melhor os seus pareceres exteriores,
do que ter por dentro a sua alma a sorrir.


Ohhh Sociedadesinha hípócrita e de mentira,
que compras os corpos e sorrisos por milhares,
mas que respondes com toda a tua enorme ira
às almas que tentas enganar para depois pilhares.


Mas ainda acredito que um dia a verdade será maior,
que um sim será sim, e o não terá a verdade da razão.
Ainda quero acreditar que apesar de causar dor,
se diga com franqueza, porque é a verdade, um não.


Quero muito poder ver, ainda, talvezpor ser sonhador,
que o mundo é verdadeiro e transparente no seu ser.
Senão de que vale ao Homem jurar puro e sentido amor,
se ninguém saberá se é a verdade o que ele está a dizer.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Todas as noites

Todas as noites passo naquele banco,
todas as noites volto á baía sozinho,
sem deixar passar uma noite em branco,
vejo sempre o horizonte daquele cabo sozinho.


Todas as noites, calado, falo aqui contigo,
fico sem resposta mas imagino o que dirias,
sinto tudo como sente qualquer amigo,
sinto tudo como nas noites em que sorrias.


Percorro cada centímetro de uma vida,
que tento levar ao cabo do mundo,
uns dias feliz outras um tanto sofrida,
mas o caminho é frio por ser escuro e profundo.


Uma vezes penso ser tarde, outras ser cedo demais.
Há dias em que está frio, outros o calor é abrasador.
Mas no fundo os dias têm sido todos sempre iguais,
e cada dia passado é simplesmente aterrador.


Todas as noites o sonho é sempre igual, doce...
Todas as noite o vazio é enorme, intenso...
Como que se a existência já não o fosse...
Mas a verdade é que a saudade é um sentimento imenso.