quarta-feira, 28 de novembro de 2007

És meu Amigo

Parei a pensar, o que te posso dar em troca.

Não tens valor, por isso o preço não me choca.

Perdido aqui, cheguei a pensar dar-te o mundo,

mas isso é pouco, não dura mais que um segundo.

O que te darei, se nunca me negaste o teu abrigo?

Talvez se disser que és o meu único amigo...


Estás sempre presente, a chorar ou a sorrir.

Se penso uma asneira vens-me logo dissuadir.

Se desisto e penso que me quero ir embora,

abraças-me e ensinas-me que não chegou a hora.

Há dias em que choro sem saber parar o perigo,

Mas sei que existes, que és o meu único amigo.


Por vezes a alma diz-me que não ando muito bem,

mas dizes que não, sou apenas um seu refém.

Ajuda constante ofereces sem pedir retributo

Por isso escrevi-te em forma de tributo.

Mas o melhor que neste momento consigo,

é dizer um sincero Obrigado, MEU AMIGO.


Amigo, é um raro tesouro;

Vale muito mais que o ouro,

não cabe em nenhum baú,

Amigo, és TU.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Lágrima

Uma lágrima que se afoga no teu olhar,

sai desesperadamente do teu olho brilhante.

Escorre pela tua cara, na tua face a navegar

sem destino que lhe pareça distante.



Uma lágrima, simples e singela

escorrega carregada de emoção,

e que te torna muito mais bela

por dizer o que te vai no coração.



Uma lágrima é uma expressão,

visível a todos os mortais,

de toda e qualquer emoção

que nos torna especiais.



Lágrima de dor de coração,

lágrima de alegria e felicidade,

Lágrima,... uma simples emoção

que nunca se perde com a idade.



São os olhos que as choram,

ou será a mente que a produz,

é no coração, onde moram,

é a face que as conduz.



SILÊNCIO




Em Silêncio...

Vazio de alma e coração,

num escuro claro de solidão.

Vejo gente que fala calada

pelos olhos de uma vida errada.



Em silêncio...

É supremo, inglório e intenso

este sentimento que dói imenso

que dilacera, queima a alegria

o amor de quem só sorria.



Silêncio de dor e de prazer

a uns traz imensa calma

enquanto a outros faz ver

a dor que lhes vai na alma



Em silêncio...

Afasto fantasmas e dores,

relembro em si todos os amores.

Fecho os olhos e vejo mais além

sinto o calor bom de alguém.



Em silêncio...

Sorrio para ti em teu rosto,

coro de amor, prazer e gosto.

Abro o coração e a ti me entrego

deixa lá fora a dor que renego.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Terás o mundo na mão








Ouve-me pela primeira vez

Vou ensinar-te a viver

antes de sentires os porquês

aprende a sentir, ouvir e ver



Sempre que um homem fala

existe uma razão na voz.

Prefere sempre quem não cala,

pois esse luta por todos nós.



Terás o mundo na mão

Terás o prazer de viver

Aprende a dizer que não

Se esse for o teu querer



Ouve quem sabe e te ensina

com palavras sábias de razão.

a vida nunca se te confina

ao vôo ou a uma ilusão.



Segue sempre o teu caminho

com o soriso que te vou dar,

Faz dele ordem em pergaminho

que te vai ajudar a navegar.





Sofrer aqui



Persegue o meu olhar no horizonte.

Olha comigo a mesma estrela.

Quando os olhares cruzam de fronte

não poderá haver noite mais bela.



Sonha comigo a mesma história,

entra no meu sonho constante.

Estarás comigo na memória

de um irreal divagante.



Cheira o ar que respiro,

limpa o suor que me escorre,

Ampara o meu último suspiro

solto num sonho que morre.



Seca a minha lágrima final

que desce a minha cara fria.

Limpa-a de todo o mal

efeitos de uma vida vazia.



Deixa-me renascer em ti,

proteger-te da chuva molhada.

Deixa-me a sofrer aqui

Por uma vida que não foi nada.

Porque digo que sim...

Passando a ponte da tua imaginação
deixas o teu irreal destino fugaz.
Deixas para trás o teu coração
em fumo de vontade incapaz.

Escalada a montanha do prazer,
vês no chão as cartas em branco.
Joga os dados como sabes fazer
nesta vida em que não foste franco.

Vem, acaba com isto, eu proprio desisto,
chegou ao fim porque digo que sim.

Estão os teus sonhos nesta estrada,
com subidas acentuadas e perigosas,
curvas que nunca levam a nada,
almas fingidas em pedras rochosas.

Este rio que corre do mar
não terá nunca navegação.
Sempre nos irá afastar
do que pede a emoção.

Vem, acaba com isto, eu proprio desisto,
chegou ao fim porque digo que sim.

Esta noite será a mais fria,
a mais inóspita e prometida,
escura, humida, vazia,
que terás na tua vida.

Vem, acaba com isto, eu proprio desisto,
chegou ao fim porque digo que sim.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Batalhas


Ontem pensei que o sol brilhava,

parecia que as nuvens fugiam.

Saí aliviado, a minha alma cantava

todos para mim sorriam.


Entrei no castelo onde me esperavas,

tive medo de olhar, vergonha de chorar.

Pensei que seria ali onde guardavas

a vontade saudosa de abraçar.


Os olhares cerrados, os lábios apertados,

a barragem dos olhos temia ruir.

A quatro lutámos, sempre afastados,

cada um a querer sorrir.


Nem fome, nem cansaço, nem amor,

nada de nada conseguiu mudar,

aquilo que com imenso suor,

um dia me tentaram ensinar.


Saí do teu forte, chovia de novo, imenso.

Algo, abundante, me inundou o olhar

e num momento bastante intenso,

tentei, com cansaço, o desgaste acabar.


Não consegui, fui cobarde com coragem.

E voltei ao meu frio e solitário canto,

aqui onde imagens fluem de passagem

e cortam, matam, todo o meu encanto.


Foge-me o chão, não chego ao amor.

Dói a saudade que me embarga a fala.

Apaga-se todo o fogo do meu calor,

enquanto o meu peito se cala.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Prisão aqui





Senti a porta da rua a bater,

abriu-se inteira para a dor me moer.

Acordei, aqui deitado no mesmo inferno

Que me aprisiona neste duro e frio inverno.

Com esta dor e mordaça que me silencia

dura e rude que é o destino, uma profecia.



Cumpro injustiçado a pena na solitária,

sem ver nem ter saída ainda que precária.

Uma pena longa e que é só minha,

uma dor que não nunca está sozinha

anda de mão dada sempre com a solidão

as permanente presentes na minha prisão.



Dois espirítos que caminham em guerra,

em estradas longas separadas nesta terra.

Aqui onde ninguém vai cantar vitória

onde ninguém vê o fim desta história,

Onde ninguém vê o seu encerro

eu já presinto a voz do meu enterro.



Um dia voarei tão alto e decidido,

tão suave, tão brilhante, tão perdido,

que ninguém me poderá parar

o meu querer, o meu fim, o meu voar.

Nesse dia, eu sei que irás chorar

Por nunca me mostrares o que é amar.



Desta prisão ir-me-ei definitvamente libertar

irei subir, sentir o vosso calor no meu voar.

Olhar e ver-vos de lá de cima a sorrir,

sabem bem como gostava de o sentir.

No meu fim, façam barulho nesta festa,

irei partir numa poesia melhor esta.





quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Uma vida


Lá naquele secreto banco frio de pedra
Onde todos se sentam enquanto a idade medra
Onde os olhares se cruzaram e o silêncio falou
deste-me o mundo, deste aquilo que hoje sou.

Lá naquele parque florido de inverno
onde o céu sorria e se apagava o inferno.
marcámos de novo na pedra um secreto sinal
olhando o futuro sem querer ver um final.

Ali, mesmo ao virar da esquina desta casa,
vai um esquilo, um sorriso, um sonho, uma asa.
Vai um telegrama doce, uma lagrima de emoção
por tudo de bom que me puseste no coração.


Ali longe vem sorriso, risos, amor, companhia,
vem uma festa por toda esta e mais alguma alegria.
vem uma estrela que será a mais brilhante no céu.
Vem radiante e feliz o que é meu mas será sempre teu.
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Lá, ontem, como hoje
e amanhã, sou feliz.
Aqui, amanhã, como hoje
e ontem, gosto quando sorris.

Medo dos 4 elementos





Tenho medo...
Sinto-me cansado e amargurado
sem método analítico de alterar
a tua rota numa carta de marear

Tenho medo...
Sinto-me incapaz de abrir as asas,
sem destino pairando a voar
como o fumo de um cigarro no ar.

Tenho medo...
Sinto o fogo ardente da discórdia
que não consigo extinguir,
apagar, fazê-lo sumir.

Tenho medo...
Sinto nos pés o chão inquieto a fugir,
a areia escorrer por entre os dedos
E nada que pare os meus medos.

Tenho medo...
de tudo e de todos os que me vêm
porque de olhos fechados me olham
E de boca fechada de mim reclamam.

Dúvida da mudança de um sim





Sinto o sol brilhante raiar
pelas frestas da minha janela.
Fecho os olhos e como ela,
queria penas o bom deixar entrar.

Mas na minha cabeça batalham
guerreiros em mares revoltos,
monstros terriveis agora soltos,
grandes dúvidas que me baralham.

Serei cigarro que a uns acalma,
a outros prejudica e mata?
Serei peste, corda que ata,
mau augúrio, azar, dor de alma?

Sinto, que não sentes o que sou
por isso refugio-me no meu canto.
Mudei ainda que cause espanto,
antes onde ia hoje já não vou.

Vem no silencio de um olhar
dizer que a duvida chegou ao fim
E que num singelo e claro sim
mas deixas voltar-te a amar.


Letras soltas

Muitas vezes quando escrevemos ao devaneio e sem rumo, nem destino, são meras trivialidades de quem quer deitar cá para fora aquilo que lhe vá na alma, na cabeça ou qualquer coisa assim.
Chamamos-lhes, por vezes de "Letras Soltas", coisa que por sinal nada são.
Quando nos apercebemos do que escrevemos, não temos consciência que não são letras soltas, mas sim palavras sufocadas, que custam por vezes a sair, e que pela escrita fluem que nem rio em direcção ao mar... livre desbravando tudo quanto lhe aparece à frente.
Ah! Como gostava de ser como um rio e correr livremente sem ter mãos e pés atados quando preciso de agir. Sim! Porque quando escrevo para me libertar, escrevo daquilo que me prende, me amordaça e me mantém na masmorra do meu pensamento e da minha acção. Ajudar o próximo ao meu lado, estender-lhe a mão em sinal de força é acto de coragem reflectido. Coragem sim, porque fácil é estendê-la e recuar a meio. Mas que coragem é essa medonha que me fica aprisionada na alma? Pelo menos escrevendo, sei que não há grilhões que me prendam, me oprimam...
Posso não saber o que fazer mais. Mas isto, sei! Que posso ser livre escrevendo...
Por isso, escrevo...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Verdade, Sentimento, Sonho...










Queres uma verdade?
Então abraça a saudade,
Sorri para o teu medo...
Vou contar-te um segredo.

Sabes onde vai a luz,
que sempre te seduz,
quando no escuro profundo
apagas a dor do mundo?

Essa luz que é solidão,
quando estás em multidão.
Não é mais que alcançar
de um sonho a acordar.

Vai para o teu coração
encher-te de razão
deixar-te domir
e acordar a sorrir.

Queres um sentimento
Para este momento?
Então corre o mundo
e volta em um segundo.

Ninguém pode explicar,
nem mesmo ao luar,
o que sinto no peito
quando me deito.

É dúvida que corta,
que deixa a alma morta.
É mágoa que que chora
que te deixa sempre fora.

É sentimento ruim,
não que nunca é sim.
É angústia da alma
que nunca ficará calma.

Queres um Sonho,
Que deixe de ser medonho?
Encosta-te na tua cama
Sonha com quem te ama.

O sonho é alma divina,
é soriso de menina.
Comanda, que te chama,
Nunca te deixa na lama.

Sonha com inspiração
Acaba com a solidão.
Torna feliz os teus iguais
que te querem muito mais.

Acorda com a brisa, o vento
Levanta-te e vive o momento
De abraçares de verdade
quem, por ti, morre de saudade.







sábado, 10 de novembro de 2007

Sueca de Amor


Aí de cima do teu altar dourado,
conseguirás ver a verdade?
Conseguirás ver que mesmo cansado
consigo sentir saudade?

Se sim, porque um Deus tudo vê,
o que sentes ao hesitar no coração?
O mar revolto e a trovoada que se antevê
não bastam para travar a razão?

Joga os teus trunfos, nesta sueca de amor.
Ganha sem mentira na verdade nesta sueca de amor.

Esta guerra na terra que me enterra
desterra, berra no cimo da serra...
Não ata, não desata nem que bata
nesta lata que me mata...


Fecha a luz, apaga a dor que sinto
Sorrio de alegria por certo
Se sentir uma palvra doce, um acto,
Um gesto ao sentir-te por perto.

Abraça-me, aponta-me o destino
Mostra-me que a bonança chegou
Deixa-me sentir de novo menino
Nesta vida que agora começou


Joga os teus trunfos, nesta sueca de amor.
Ganha sem mentira na verdade nesta sueca de amor.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O Mendigo




Chove nesta ruela escura e apertada,
num silêncio medonho de almas a gritar.
Um mendigo vagueia de roupa molhada
procurando uma ombreira para se deitar.


A necessidade de protecção nestas vidas
é demonstrada em esteriótipos que se esquecem,
rasga o prazer em vidas sempre fingidas
em cigarros que esfumaçam e esvanecem.


A solidão de um mendigo molhado
é o espelho da sociedade em que cresce o pecado


A chuva não pára e aumenta a solidão
trazida pelo vento gélido de angústia e mágoa.
O mendigo que acaba de pé no chão
acaba obviamente de roupa molhada.

Será que o pediste em silêncio na tua prece?
Lavará a chuva toda a desilusão que criaste?
Terá todo o fumo, um final bom, que aparece
no teu sonho acabado quando acordaste?

A solidão de um mendigo molhado
é o espelho da sociedade em que cresce o pecado


A solidão só acaba na ombreira protegida,
Onde o mendigo encontra o seu abrigo,
Onde se deita e sonha com uma musa querida,
Que por entre o fumo o salvará de todo o perigo.


Talvez aí mendigo seja o novo doutorado da rua
e, por entre os seus compêndios de memória,
ensine a vida dada por uma bela musa nua,
que numa noite de chuva lhe mudou a hisória


A solidão de um mendigo, molhado
é o espelho da sociedade em que cresce o pecado.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sonho

Sei que não sou poeta e que não escrevo o suficiente para publicar, mas achei importante escrevê-lo, assim o fiz e assim o publiquei...




Acordei num sonho, com um sorriso nos lábios
Senti-me feliz de te ter a meu lado, junto de mim
Abraçada, emaranhada qual ouro de alquimistas de sábios
chorei de alegria quando os teus olhos disseram que sim.
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Num momento belo, abraçaste a minha vida a contento
apertei-te, senti-te, olhei-te e subi no espaço com o teu respirar
dei voltas parado num vazio cheio de tudo no tempo
Senti que sentias o que sinto quando te comecei a amar.
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És única e especial por seres tu, verdadeira e sincera
Um ser raro com qualidades indescritíveis
Especial, adorável, a minha vida uma Quimera
Um doce, um anjo, o meu amor, uma flor das mais sensíveis
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Quero ser águia para te ver no céu, ser ar e estar sempre a teu lado
Rodear a tua pele, sentir o teu cheiro e poder-te abraçar
dançar contigo sem melodia sem voz sem bailado,
de olhos fechados a ver-te rodar comigo até acordar.
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Ser o teu tempo, o teu soriso, o teu olhar, a tua vida
ser a tua energia, a tua força, a tua coragem, ser o teu calor
Ser o que sabes ser e sempre muito querida
ser-te alguém, enfim...Ser o Teu Amor

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Só queria ter coragem


Só queria ter coragem...


Falta pouco para aliviar toda a dor, desilusão, frustração, dúvida e mágoa que sinto. Falta um gesto, uma palavra... Talvez me falte coragem...


Falta-me a coragem de inciar uma viagem sem regresso seja qual for o destino. Uma viagem de ida sem volta, sem direito ou vontade de olhar para trás.


Que bom era poder ter na ciência e na tecnologia uma forma de limpar tudo da memória. Formatar tudo, desligar e acordar de novo. Nascer outra vez.


Tudo isto parece, e é na realidade, lamechas. Mas se o sinto, se não gosto de o confesssar, se ninguém me pode valer que mais posso fazer senão escrever linhas soltas, talvez sem nexo, enquanto as lágrimas me correm pela cara?


Ensinaram-me a acreditar no homem e na ciência, induziram-me a acreditar na divindade... E acreditei, então porquê me desiludem? Chego mesmo a crer que o problema sou eu, mas falta-me coragem para terminar este livro que mais parece uma história interminável.


Há quem me prenda aqui e só por isso não parto ou talvez por me faltar coragem. Todas as noites imploro para não voltar, para acordar numa outra realidade... Mas não , ninguém ouve a minhas súplicas. E volto de novo a esta prisão, numa pena que mói e não mata de uma vez. Uma morte lenta e dolorosa cheia de dúvidas, dores, mágoas...


Dói demais.


Se pelo menos tivesse coragem...