segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Nunca as palavras foram tão doces...




Nunca as palavras foram tão doces e saborosas,

como se imaginadas e de um sonho fossem escritas,

como se numa vida de escarpas rochosas

não pudessem existir praias bonitas.



Se a escrita é doce, é para ti, que escrevo.

Se a alma é gentil mais gentil é a que sustém,

Se eu sou bonito aos teus olhos o devo,

porque me sabes ver, inventar, como ninguém.



Sonhas os momentos, que escreves com sorriso,

pintas em telas doces e com suaves movimentos

dizes muito mais que o que sou, mereço e preciso

para te amar nos nossos eternos momentos.



Quando à noite ficas só e uma lágrima te escorre

um nada em tudo o que vê, sentes, e tocas.

Sinto um vazio na alma, mais um pouco de mim morre

Sinto que o amor partiu de perto das nossas Docas.



E quando o meu olhar por fim toca o quente do teu,

os meus lábios sentem o teus suaves belos e saborosos.

Sinto a chama eterna que lá fora tudo escureceu.

E nos deixou amar em momentos deliciosos.



Sonhas os momentos, que escreves com sorriso,

pintas em telas doces e com suaves movimentos

dizes muito mais que o que sou, mereço e preciso

para te amar nos nossos eternos momentos.

Agri-doce




É estupidez egocêntrica este egoísmo atroz,

pensar no seu eu sempre a olhar o seu umbigo,

pensar que cada rio imagina e escolhe a sua foz,

que cada alma define o canto da sua voz,

que cada coração cabe dentro de nós,

que a vida tem uma carapaça de noz,

e que cada abraço não é dado por ser amigo.



É contraditório o sentimento presente de solidão,

pensar que estamos sós quando estamos acompanhados,

pensar que devemos dizer sim quando queremos dizer não,

pensar que a vida é pintada como novela de televisão,

que os sonhos morrem quando os pés tocam no chão,

que o ciúme é um sentimento amargo e vão,

que a saudade e dor podem ser alguma vez afogados.



É irreal este estado de ansiedade imaginária,

pensar que, qual sonho, a vida pode ser perfeita,

pensar que posso ser dono de uma forma literária,

que os problemas da terra se resolvem numa reforma agrária,

que a pele só sofre de problemas de urticária,

que o corpo morre de uma forma solitária,

que a dor acaba quando a meu lado se deita.



É agri-doce o sabor de uma vida vã

É dorido incerto, não sabe onde doer

É errado que a morte não tenha irmã

Quando viver triste é como morrer.

Porquê?




Porquê?

Porque a noite acaba ao nascer do dia?

Onde vai a luz quando se apaga?

Onde está a estrela que me guia?

Onde está o mar que me naufraga?



Porquê?

Porque doi demais a ausência tua?

Porque os sonhos acabam ao acordar?

Porque foge o sol da sua lua?

Porque gritam os olhos por não poder falar?



Porquê?

Porque rebentam as ondas com força brava?

Porque migram andorinhas no inverno?

Porque morrem almas queimadas em lava?

Porque neste céu existe inferno?



Porquê?

Como pode um vazio ser de nada cheio?

Como podem gritos mudos chamar a atenção?

Como pode o sorriso de uma criança ser feio?

Como ser surda esta canção?



Porquê?

Porque pode uma verdade doer tanto?

Porque pode uma mentira valer tudo?

Porque pode um sonho ter tanto encanto?

Porque tem a minha estrada não ser de veludo?



Porque não há caminho para a felicidade eterna

A felicidade é o caminho para a vida mais terna.



sábado, 29 de dezembro de 2007

Desespero


Desespero interno, como se tudo e nada fossem iguais.

Como se o fim real, dorido e certo estivesse mais perto,

Como se o sol e a lua, a este mundo não voltasse mais.

É assim como a certeza da saudade tornasse tudo incerto.



Como se chama, fogo e fumo nunca fossem irmãos.

Como se mar e terra não se unissem no fundo.

Como se a alma e o espírito deixassem de ter mãos.

Como se o doce e bem cheiroso fosse apenas imundo.



Como se a dança fosse em silêncio, sem imagem real.

Como se o chão fugisse e o céu se abrisse num abismo.

Como se o homem se extinguisse e tudo ficasse mal.

Como se o mundo acabasse para sempre num sismo.



Hoje a solidão confunde-se com a saudade,

A angústia tem por companhia uma fina dor.

Como se toda mentira não fosse por uma verdade

pura, sincera, por um sentimento de amor.




A Simplicidade que te dou




A simplicidade que te dou está contida num olhar,

não é mais, nem menos, que tudo o que és e representas,

não é mentira, nem hipocrisia, é um doce estar,

todos os sonhos que tens em ti e inventas.



És simples como um nascer de um dia de sol de verão,

como o brilhar suave de uma noite de lua cheia.

És doçura, verdade, pureza e ingenuidade no coração,

És tudo o que um Deus maior pede e premeia.



És vida, sonho e estrela de um filme de princesas,

És um encanto, uma vida linda de felicidade,

És luz maior quando todas estão acesas.

És um amor puro que só vive na verdade.



És sombra para as minhas quentes guerras,

onde descanso com prazer do meu lutar.

És amor, neste mundo e em outras terras,

É bom ser amado e em ti poder amar.

Sorri para fora




Vou contar-te uma história, a história da tua vida.

Relaxa, fecha os olhos, ouve o som da rua.

Escolhe uma imagem doce, suave, não sofrida,

deixa a tua alma despir-se e ficar nua.



À noite, a escuridão traz o medo em nevoeiros,

traz saudade, sonhos, o quente e o descansar.

Traz desertos áridos, mares inquietos sem marinheiros,

traz musas, deusas e sereias a apaziguar.



No teu sono, é onde esqueces tudo o que é mau,

mesmo em pesadelos acordas e tudo acabou.

Os bons sonhos, escreve-os, na água num vau

onde lhes chegues com a simplicidade que te dou.



Acorda, vem a ti, olha o horizonte e sorri para fora.

É lindo ver cescer em ti a vontade de querer,

saber que uma vida para ti, é efémera, é uma hora.

Saber como amas a vida e a vontade de viver.

O eterno valor das coisas




O valor das coisas não está no tempo que duram,

Mas na intensidade com que acontecem.

E quanto mais gritos mudos murmuram,

mais alma, amor, felicidade, e sorrisos perecem.



Um sonho pode durar pouco mais que uma vida,

Pode até ser fugaz, irrelevante e tornar-se eterno.

Mas se a visão foi forte, intensa e muito querida

derreterá neve, glaciares, no mais frio inverno.



Uma palavra dura um segundo a dizer,

um olhar foge no seu rápido fechar.

um gesto, outro tanto a dar e fazer,

mesmo fugazes são eternos no amar.



Agradar, agradecer, dar e saber receber,

perdoar e pedir perdão, até mesmo chorar,

abraçar, beijar, sorrir, amar, saber viver

são intensos e isso fá-los eternamente perdurar.

A distância não existe

A Litle Lady, no seu Blog, escreveu: "A distância não existe, estar longe não é estar distante..."
Parabéns pelo pensamento. Ao ler isso apeteceu-me escrever sobre isso, peço desculpa se não ficar ao gosto da autora.


A distância realmente não existe.

É fruto de desculpas e ilusões.

A distância física real consiste

na forma de aproximar corações.


Hoje ninguém longe pode estar mais perto.

Telefones, internet, correios, até o pensamento

Facilitam o que estejam próximo e liberto

o amor, o sorriso em todo e qualquer momento.


Estar longe não é estar distante... verdade.

Estar distante é desprezo, é não amar.

A lonjura pode trazer a dor da saudade,

Mas com amor, acreditem, irá acalmar.


Longe estão os que amamos e partiram.

Mas mesmo esses continuam na memória,

daí nunca, a nós, tirar os conseguiram

Viverão no coração o resto da sua história.


E ainda aqueles que em kilómetros distem,

que fazem saudade em cada triste olhar.

Estão próximo e com dureza resistem,

porque lhes dá força...Um Olá... O nosso amar.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Sei dar valor...









Certamente, assim como eu, já ouviram dizer que só valorizamos as coisas quando as não temos.


Ou porque se estragam sem conserto, ou porque se perdem ou são bem arrumadas, ou, no que respeita a pessoas, partem, quer para longe, quer de vez.
É exactamente aqui quero centrar esta dissertação.


Naqueles que já foram. Nos últimos dias tenho passado por momentos extremamente tribulosos o que não é muito normal visto ser Natal (como isso fosse alguma coisa de especial... eu não gosto do hipócrito Natal que vivemos, mas isso é outra assunto).


Tenho sentido a enorme falta de um ente querido que infelizmente partiu para nunca mais voltar. Faleceu. Desde a sua partida, espero que para um sitio melhor, que ao chegar ao seu aniversário (plena época natalícia), sinto no meu peito a dor pontiaguda da perda, como se uma faca de dois gumes me traspassasse. Sinto a falta da sua presença. Do seu toque. Da sua voz rouca. Das suas piadas e gargalhadas desmedidas. Do seu mimo. Do seu alento. Da sua protecção...


Mas no meio de tudo isto tento sorrir.


Sorrir ao olhar para o passado e ver que o valorizei quando vivo, dei-lhe prendas quando presente, amei-o na dificuldade, abracei-o... quando quis.


Não lhe dei flores no velório. Não carreguei o seu caixão. Não atirei sobre ele terra.


Mas AMEI-O! AMO-O!


Para sempre estará no meu coração.


Para sempre será o meu fio de prumo e bússola orientadora.


Espero conseguir honrá-lo para o resto dos meus dias...


Como dizia em criança, e sem qualquer despropósito para qualquer outro, "o meu AVÔ é o maior...!"

Olha a vida de frente




A vida é,por vezes, madrasta

desbasta,

desgasta,

arrasta,

a flor mais casta,

para uma silveira madrasta.



Em cada um vive o rancor,

a dor,

o ardor,

o ar maçador,

o feitio enlouquecedor,

que nos faz viver sem amor.



Mas ao homem e ao seu amigo,

é pedido abrigo,

que ajude o mendigo,

que o salve do perigo,

Que diga comigo,

Ajudaste-me a sair do castigo.



É neste querer com vontade,

que reside a verdade,

que não tem idade,

que é cumplicidade

uma verdadeira honestidade

que te faz atingir a divindade.



Por isso olha a vida de frente,

sorri aos problemas contente,

aos teus deveres e direitos sê obediente,

Exige-te uma vida ascendente,

Mete o olhar mais valente

que a alguém ajudarás a ser resplandecente.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

A minha vontade




Fiquem com o meu habitual sorriso,

Fiquem com o que escrevo e penso,

Levem a vontade de conduzir sem juízo,

Cortem o gosto por contrariar o consenso

Proibam o meu gosto por motas,

Reprimam o meu prazer de fumar,

Levem o meu desprezo por notas,

o meu gosto de beber e navegar.

Recusem-me o prazer de liderar,

o agradável prazer de vos ouvir,

Tirem-me a vontade de passear

e quase tudo o que me faça sorrir

Façam de mim mártir de uma causa

Rebaixem o meu orgulho a nada

Pintem a minha vida sempre em pausa

em movimento constantemente parada

Partam quase tudo o que tenho e adoro,

Levem a música que danço na mente,

Vendam-me e à casa onde moro,

Tirem-me a saúde, não importo ser doente.

Tirem-me o Benfica eterno campeão

Levem-me o meu triste olhar.

Mas por favor deixem ficar no meu coração

vocês... todos aqueles que adoro AMAR.

Já te disse hoje que te amo?


Já te disse hoje que te amo?

E que é amor sincero e puro?

Que, amar alguém que chamo

é o meu sentimento mais duro?



É duro, feito de aço inquebrável,

nunca vergará ou se partirá.

É um sentimento agradável

que quem por mim o tem, sorrirá.





Tenho de o dizer todos os dias sem cansar,

não que o esqueças ou precises que o diga.

Mas porque é bom de o dizer e é para te agradar

a ti meu amor, minha maior amiga.



Já te disse hoje que sinto saudades tuas,

que fico só com a tua triste ausência?

Que ficam vazias nesta cidade as ruas,

que a solidão fica cheia de evidências?



Já te disse hoje que te amo loucamente?

Que o sol contigo é mais brilhante?

Que os jardins ficam com cor fluorescente

e que a felicidade é sempre uma constante?

Pai Natal




Sabes, gostei de te ver no natal cá em casa.

Estava ansioso e receoso, inquieto, mas afinal

Senti de novo o vento quente do voo de uma asa,

Senti que aqui existiu verdadeiro natal.



Procurei acarinhar-te como se tudo estivesse bem,

que te sentisses em casa porque em casa estavas.

Adorei a forma como me olhavas como ninguém

entre prendas e comida, festejos que alimentavas.



Foi enorme e indiscritível o prazer de ter comigo.

Melhor que qualquer prenda que pudesser ter.

O prazer de te poder abraçar e de te ter como Amigo

sem receios, com amor, sem ter de me conter.



Quando a tempestade passar, sei que iremos ser fortes.

Talvez te lembres que existo e que mereço a tua confiança.

As nossas vidas irão ter a melhor das melhores sortes

que algum dia se registou na humana lembrança.



A ti Pai, obrigado pela prenda de Natal.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Verdadeiro Amor




Era inverno, estava frio mas o sol brilhava

estava um dia bonito e o mar rebentava

A areia, húmida, era bonita, brilhava

de olhos no horizonte, viu o que amava.



Era a estrela mais linda que o universo já viu.

Um pedaço de verão num inverno bem frio.

Uma corrente de mar que veio de um rio.

Um doce brilhante que um dia lhe sorriu.



Entre beijos, e olhares, abraços e carinhos,

desejos calados enquanto estavam sozinhos.

Pássaros que voam sem terem ninhos.

Doces salgados com travos marinhos.



É, foi e será eternamente verdadeiro amor.

Um doce prazer divido a dois com calor.

Uma ausência presente na saudade com dor

É, foi e será eternamente verdadeiro amor.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Fogo Gelado de Natal




Esta noite senti-me só, e estava muita gente.

Senti um grito de alma, ansiosa, pela tua falta.

E por mais que o meu sorriso parecesse contente

a dor da tua ausência era muito mais alta.



Foi um misto de solidão no meio da multidão, magia,

Um arder de fogo gelado que correu na memória.

Uma lágrima de dor, cansaço, solidão e até alegria

misturando sensações numa incompleta história.



Senti a tua falta, a alegria de uma presença agradável,

um prazer de dar e oferecer, os sabores, as cores.

Tudo numa alegre reunião de doçura incomparável

porém onde não estavam todos os meus amores.



Faltavas tu, tu, e tu, tu também, vocês e mais alguém,

faltava a companhia de quem me sabe entender.

Neste fogo gelado de natal que não esquece ninguém

Faltava-me a vida que daria por vos aqui ter.



Fogo gelado de natal, que arde sem se poder ver

Ainda matas alguém com a sede de querer arder.





Presente de Natal




Esta é a noite mais calma,

Aquela em que há mais paz.

A única feita de alguma alma

que um ser humano é capaz.



Apesar de longe sinto-te aqui

como uma estrela a iluminar,

tenho na memória algo para ti

que um dia te vou entregar.



Um presente único te darei.

Algo que poucos têm de mim,

presente que para mim é lei

um presente por te amar assim.



Onde quer que estejas estou contigo

Onde que vás não podes estar mal

Posso ser tudo na vida, mas sou teu amigo

Dou-te todo o meu amor como presente de natal



FELIZ NATAL A TODOS VÓS QUE GOSTAM DE ME LER...



Dedicado a todos vós inclusive a ti avô...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Amigo de verdade




Todos os dias tens um sol só para ti.

Como se o céu te quisesse melhor

Mas desde quando eu te conheci

nunca te vi caminhar para pior.



Fazes da vida o teu engano,

da mentira a tua vontade.

Se enganares por mais um ano

não voltas a ver a verdade.



Pode ser tudo errado o que te digo,

Posso até não ser o melhor conselheiro.

Podes até pensar que não sou amigo.

Mas acredita sou teu amigo verdadeiro.



Só quero para ti o melhor no fim,

quero que olhes para a tua história.

Quero que ouças um sorriso de mim

que não se apague na tua memória.



Pensa bem no que fazes e sentes

pensa na dor que podes um dia criar.

Se escolheres mudar para o que mentes

Serei o primeiro a sorrir e te apoiar.

O Teu Beijo




É doce o suave sabor e o som do teus beijos.

Sabem a mel, a acúçar, chocolate com avelã.

São doces porque exprimem todos os desejos,

que os meus olhos trazem pela manhã.



É doce e terno saber que beijos como os teus

que sabem a sabores que não existem no mundo.

São eternos quando voam em sonhos meus,

me fazem ressuscitar do meu ser moribundo.



É doce, quente, terna e luminosa a chama.

Que arde, sem queimar, no meu peito.

Que me faz sonhar-te, sonho que me ama

quando à noite a seu lado me deito.



És doce sonho de olhar tocante,

tímido, quente e enlouquecedor.

É viver num sonhar constante

o ser incomprável do teu amor.



Desculpa as más noticías






Sim, por isso pensei que querias saber.

Desculpa as más notícias...

Como se a imagem se prolongasse no tempo

tornando-se intemporal no seu querer,

aumentando todas as suas malícias,

como se fosse o seu preferido passatempo.



Sabes como correm depressa as más novas.

E esta não faz nenhuma excepção à regra,

corre depressa, tão depressa qual luz imortal.

É faca afiada que rasga todas as provas,

arma a laser que a todos nos desintegra,

pronunciando o grito de dor final.



Queria ter um antídoto que fosse eficaz,

uma mesinha que nos pusesse a voar,

talvez uma lâmpada de génio com desejos.

Algo que permitisse dar um fim fugaz,

que calasse a amargura calada e o seu gritar

e deixasse a alegria dançar em cortejos.



Desculpa as más notícias...

domingo, 23 de dezembro de 2007

Ilumina este olhar

Ilumina este olhar...


Estranho sentimento de natal
um sentir agridoce que não é bem
um sentir que também não é mal
Sentir que não se sabe o que se tem.


Será doença ou apenas mal estar,
será uma vã alegria fingida?
Será um vazio do cheio amargurar
que trago em mim nesta vida?


Se ao menos tivesse a estrela de natal
a iluminar o meu deprimido entardecer,
Que me levasse todo este incógnito mal
e anuncisasse que o sol irá nascer.


Ilumina este olhar...


A noite vai chegando com traços fúteis
Escurece cada alma em qualquer canto
Se um dia fomos, a alguém, úteis
Sinto que hoje perdemos o encanto.


Em breve tudo ficará noite, será escuro
e sem luz a solidão cresce e fica forte.
Calados gritamos por um doer duro
que é destino na nossa triste sorte.


Se ao menos tivesse a estrela de natal
a iluminar o meu deprimido entardecer,
Que me levasse todo este icógnito mal
e anuncisasse que o sol irá nascer.


Ilumina este olhar...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Beijo embrulhado num abraço

Pelas ruas do teu corpo divinal
mora a saudade da tua presença.
Pelo chorar dos teus olhos, afinal,
nunca nascerá alguma indiferença.
É nos beijos embrulhados em abraços
que me perco a voar inconsciente.
A tua ausência desfaz-me em pedaços
como se o nosso amor fosse incongruente.
Por entre as cartas de marear do desejo
viajo por mares totalmente desconhecidos.
O que nos fortalece, a chama, que nunca vejo
é a razão de termos corações coloridos.
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Pedaço de lua, bocado de mar
Raio de sol, um quente nevar
Cheiro a doce num murmurar
Indiscrítivel pelo seu amar.





quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Apocalipse Nau




São cinzeiros sujos por cigarros mal apagados,

luzes fundidas em ruelas escuras da utopia.

São violas sem cordas com sons não tocados

por trovadores desaparecidos da luz que os via.



São salas vazias de um sentimento verdadeiro,

cadeiras abandonadas por alunos inteligentes

São praias desertas de areia, de mar soalheiro

que outrora tinha vida e hoje vivem sem gentes.



São florestas queimadas pelo fogo, que destrói

a vida e alegria com uma pureza que é só sua.

São águas num moinho que farinha já não mói,

não alimenta os pobres do mundo da rua.



São os sorrisos, puros, de crianças que brincavam

em parques destruídos pela rude economia.

São estranhos que antes não deambulavam

neste mundo que antes, do apocalipse, sorria.



Quero fugir deste destino, do apócalipse.

Vou voar nesta nave irreal feita de pau.

Quero partir antes que o sol se eclipse.

Vou levar-vos comigo na minha nau.















Eu




Vivo a vida como se hoje acabasse.


Amo a companhia, os amigos, a vida.


Sinto tudo como se agora se iniciasse


o meu caminho na terra prometida.





O dinheiro para mim não tem valor,


são os gestos, carinho e o reconhecimento


daqueles que me têm algum amor


que me fazem amar cada momento.





Sou tímido, ainda que não pareça.


Para mim, quem amo, tudo merece.


E para quem a amizade simples esqueça


nunca o amor, o coração, lhe aquece.





Sou muito menos do que prometia


mas mais que algum dia sonhei.


Erro muito mais do que queria,


mas, com amor, aceitam-me com o que errei.





A minha vida é sempre em festa,


mimo quem me quer e se dá a mim.


Sou um homem e o sonho que me resta,


Ser feliz, nunca chegará o seu fim.





terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Sereia


Riscando o céu azul numa velocidade estonteante

um raio azul despenha-se no imenso e calmo mar

o seu piloto, outrora fora um orgulhoso e navegante

Decidiu trocar a água calma pelo inóspito ar



Ao cair na sua memória bailam os seus entes queridos,

pensa nos amores, na saudade e em como se ejectar.

Imagina o que lhe contavam de marinheiros destemidos

E nas musas, sereias que o poderiam porventura salvar.



E assim caiu, o fim era certo e ele estava lá para ver.

Embateu forte no seu mar e sem folêgo os olhos fechou.

Viu a luz, o bailado dos deuses, o fogo quente do inferno

Pensou ver o Céu como sua mãe um dia lhe ensinou.



Mas para lá da imaginação existem seres divinais

que o acolheram no seu sono calmo e profundo.

O seu respirar auxiliaram fazendo-o lutar por mais

Uma Sereia, a mais bela, fê-lo voltar ao mundo.



Hoje o antigo marinheiro, que ia morrendo como voador

escolheu ser feliz e na terra descrever um sonho assim.

Onde foi salvo, por uma musa encantada, e pelo seu amor

que jamais algum dia poderá ter, ainda que belo, o seu fim.

Ode a um amor




Um dia fiz-te numa canção

simples mas com grande emoção.

Uma noite desfiz-me em amor

num abraço que me trouxe calor.

Uma carta fi-la em poema aberto

pedindo o que queria por certo.

Abri-te a janela da rua escura

onde com amor tudo se cura.

Nos meus lábios disse e cantei

por tudo o que um dia imaginei.

O mundo sorriu e brilhou em flor

Quando me deste o Teu amor.



Entre os deuses no Olimpo

Senta-se um deus menor

Que contém o que sinto

por todo o meu amor.



Tudo o que sou e tenho é teu

Se o amor tivesse nome era o teu.

És a maior estrela no céu a passear

és o unico mar onde adoro naufragar.

És mais quente que o sol de verão

és a loucura do meu pobre coração.

Tudo se conjuga em ti, és harmoniosa

Até o menos bom é uma bonita prosa.

Mas o melhor em ti é singelo poema

que exalta a tua beleza suprema.

Se o mundo fosse um jardim florido

alegre, feliz com cores de alarido

Serias a flor mais rara, delicada e sensível

porque explicar-te é uma tarefa impossívél.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Amor Diverso e Sincero


Sim é real, é sincero e verdadeiro.
É bonito, singelo e muito intenso
o que sinto em mim por inteiro
e que me dá um prazer imenso.


É amor que vale uma vida
É amor de grande amigo real
É desejo de paixão atrevida
Tudo isto num coração normal.


Tudo isto em mim eu sinto
no peito que me incendeias.
Podes até pensar que minto
quando te explico estas ideias.


Mas é real, sincero, intenso e verdadeiro
é doce, fascinante, bonito e maravilhoso.
Dá-me gozo poder explicar como prisioneiro
estes amores que me deixam orgulhoso.

Pegassus... A ti Avô




Pegassus, incorrecto na escrita,

é a homenagem mais bonita

a Alguém que me fez quem sou

a ti que muito amo... avô.



Um cavalo de trabalho, simbologia,

Alado como representa a mitologia.

Significa-te como eras e todo o teu suor

no anjo que me protege melhor.



Eras sábio porém, pela vida, analfabeto

Por isso o escrevo assim incorrecto.

És quem me protege por ser teu neto

Esta é uma prova de todo o meu afecto.



Amo-te Avô... para sempre

domingo, 16 de dezembro de 2007

Domingo de manhã

É domingo de manhã, um dia para mim igual.

Já não tenho dias de semana, todos são iguais.

Ser fim-de-semana ou semana tanto faz,

porque acompanhado a solidão é demais.


É doentio este estado de ansiedade que trago

por um vazio de ilusões, projectos e objectivos.

É domingo de manhã no mundo que naufrago

É mais um domingo com poucos adjectivos.


Se não fosse a companhia em casa comigo,

Se não fosse o pouco trânsito na rua.

Diria que outro dia qualquer sem abrigo

de uma alma que já divaga nua.


É domingo, eu sei que vai crescer e mudar.

Amanhã é segunda-feira e eu sempre aqui.

Cada dia um dia diferente para todos no ar,

e eu, solitário, sempre à espera de ti.

sábado, 15 de dezembro de 2007

A Vocês...






Sou apenas o que vocês leêm,

umas vezes belo outras medonho.

Tento escrever o que veêm

muitas vezes apenas em sonho.



Não creio ser nenhum poeta.

Sou apenas um comum mortal

com alma sempre irrequieta

e muitas vezes simplista e irreal.



Quem gosta lê com agrado.

Para todos os que detestam

eu peço de bom grado

as desculpas que me restam.



São os vossos olhos mais que belos

que veêm a belo o que sai de mim.

As vossas palavras são mais que elos

num prazer que não terá fim.



A VOCÊS, Obrigado...





O Amor


Estremecendo como se tivesse frio

ao mesmo tempo ardo em calor

As águas acalmam lá fora no rio

Que embeleza esse amor



De dia, de noite é com espanto

que fica belo o rio que é selvagem

é fascinanteo que traz esse encanto

que leva por extasiante viagem



Um segundo que vale uma vida

Uma hora que passa num instante

Uma verdade que fica contida

num segredo belo e fascinante



O que torna tudo belo e delicado

o que faz um poeta e compositor

é o prazer de amar e ser amado

é sem duvida alguma o AMOR.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Estrelinha de Natal




Era uma noite como outra qualquer


onde as estrelas no céu cintilavam


era muito mais que o amor de uma mulher


era o conjunto de todos os que amavam.





Vagueando pela memória vazia


andei o mundo inteiro em cada canto


vim a mim numa mão que acaricia


uma vida em mim para meu espanto.





Era uma estrelinha de natal iluminada


que em mim acorda em cada momento


É um céu só seu onde é amada


onde nunca cai em esquecimento.






É a guia de todo bem da felicidade



É um mundo pleno de alegria



É o sonho tornado realidade



Que aquece o amor noite e dia







Paralesia da alma


Paraplégica da alma e pensamento,

jaz a esperança e o seu lamento,

morta por uma estupidez imoral

que deturpa o que é real.



Ficará sem pena esta ironia

de um destino que se esvazia

neste pranto sentido... ilusão

luz cinzenta sem emoção.



passagem tão fugaz pela felicidade

que se vai corroendo pela idade

que em nós deixará impune

o amor vazio que ainda nos une.
















Pequeno nada...

É incrível a hipocrisia e estupidez humana

e toda a mentira que desta gente emana.

A arrogância destes seres sem amor próprio

que vivem a sua vida embriagados no seu ópio.

Vivem, como se fossem reais, mentiras imaginadas

nas suas vidas que não passam de pequenos nadas.

Acordem de vez e vejam os imundos caminhos

que insitem em percorrer sempre sozinhos.


Abomináveis formas de corpo terrestre

que dilaceram a beleza campestre.

Que com suas armas sujas da guerra

tentam mudar a seu prazer a terra.

Parem de vez com esta epopeia ingrata

que nos queima, nos come e nos mata.

Oiçam ao longe o hino da Paz iluminar

o acordo desta guerra acabar.


Pequeno nada que em mim é tudo

jóia sobre azul numa cama de veludo.




Naufrágio de sonho




Fiz-me ao mar num dia de tempestade

com marés duras de infelicidade.

Dei voltas no ar em fumos cruéis

de onde nem escapam os mais fiéis.

Caí num chão tão suave e envolvente

que dormi cansado num abraço quente.



Acordei no dia mais belo e brilhante

inundado por um olhar belo e cativante.

Ali na areia senti-te num arrepio

que não fora causado pelo mais fino frio.

Alguma coisa única me tinha feito parar

foi um musa cintilante que me veio amparar.



Tudo à minha volta era sorriso e beleza

mas em mim crescia uma incerteza.

Estaria eu a sonhar ou teria chegado ao céu

era irreal o que eu via por trás do seu véu.

So poderia estar a sonhar para minha sorte,

uma musa nunca se dá para amparar uma morte.



Deste sonho eu não saio nem quero acordar

é bom demais para que tenha de terminar.

Se pudesse dar a vida para ter sempre este sonho

e não voltar a um vazio real, constante e medonho.

Mas a maré acordou-me com um sabor salgado

e deixou o meu sonho para sempre inacabado.



O mar não tem fim,

nem um sonho para mim.

Sempre sem falha irá ficar

um pouco mais para sonhar.

Teorema de Ti!

Gosto de ver nos teus olhos o futuro,

saber que tens um sentimento puro.

Gosto de ouvir lá fora a chuva a cair

e dentro de ti o amor sentir.

Gosto que faças o tempo parar

no nosso momento de amar.

Gosto de enlouquecer a teu lado

com o teu suave tocar amado.

És um sonho...


Sinto a loucura nascer e crescer

numa chama que não se pode ver.

Sinto o calor em mim a subir

enquanto te vejo a sorrir.

Sinto uma coisa invisível a queimar

no meu peito nu a suar.

Sinto coisas incríveis em mim

que sei que nunca têm fim.

És um sonho...


És um sonho de amor

traduzido em poema

És uma magia sincera

traduzida num teorema.


Amo tudo o que és e representas

em todos os bancos onde te sentas.

Amo tudo o que fazes e desenvolves

pelos braços com que me envolves

Amo o teu jeito embriagado

quando me deito a teu lado.

Amo tudo o que dás sem pedir

troco pelo que estás a sentir.

És um sonho...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Todos matamos a terra




Das montanhas do pensamento

desceram todos os magos e sábios

chamados por um lamento

que o povo trazia nos lábios.



Vieram com cachimbos da paz

trouxeram mesinhas medicinais

choraram o que o mundo lhes faz

com a suas vidas fúteis e irreais.



Todos correm sem uma razão

Todos fogem se ouvem um não

Todos erram sem comoção

Todos matam um mundo São



A dor do mundo é nossa obra.

Sábios e magos não a podem curar.

Será que existirá alguma sobra

do que que queremos arrasar?



Acordem e oiçam quem nos ensina,

mudem as vidas com querer

pois é nesta singela e bela menina

Que pretendemos sobreviver.



Alma de amor

Mimos não faltam ao meu amor,

tento em cada dia ser diferente.

Quero saber sempre o que sente

até tento ser poeta compositor.


Em cada momento que lhe dou

quero que tudo seja especial

que a vida lhe pareça irreal

e nunca ser mais do que sou.


Quero ser sincero e verdadeiro

quero que se sinta desejada.

querida, adorada e amada

e poder dizê-lo ao mundo inteiro.


Em cada noite de sonho, me cativa.

Sinto-me rei, imperador, um DEUS

e digo em cada sonho dos seus

Amar-te-ei enquanto viva.

A festa é sempre Pouca!


Sorriam e saltem, a festa continua,

sabem como gosto que tudo seja.

E por mais que fique vazia a rua,

existirá sempre quem vos veja.


Antes de dar o último suspiro

vou sorrir-vos de agradecimento,

quero que sorriam também

pelo derradeiro acontecimento.


Direi então, que a festa vai começar

foguetes, luzes, som e acção,

tudo em grande, nada pode falhar

no esvanecer de um coração.


A vida será diferente mas semelhante,

a saudade será enorme e louca,

a minha ausência será uma constante

mas a festa... essa... será sempre pouca!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Voar Irreal


Mãe, eu não quero morrer.

Não por ir ou porque doa

Só não te quero ver sofrer

pela minha alma que voa.


Sabes um dia o tempo dirá

se parti em vão, ou não.

Estou seguro que te mostrará

que não valeu a pena a ilusão.


Desculpa a fraqueza e estupidez

mas a luz é fraca e doente.

Desta será, por certo, última vez

que deixo que a solidão me apoquente.


Lá onde ficar, irei ver-vos a brilhar.

Sorriam numa festa enorme, incontida.

Porque apesar deste cedo acabar

serei sempre a Vossa Vida.

Olhar além do Horizonte



Viajando para lá do fim do mundo,

num olhar sozinho perdido na mente,

encontras um sentimento moribundo

semelhante na cor para muita gente.


Lá por entre girassóis e margaridas

encontras algumas ervas daninhas

que corroem e destroem muitas vidas

mas que sempre acabam sozinhas.


Se te sentares à sombra da tua alma

Fechares os olhos e sentires o vento

eu levarte-ei toda a minha calma

quando ao teu lado eu me sento.


Vou ensinar-te a cantar o luar

assobiando por entre a ilusão

Então poderás finalmente amar

e abrir com força o teu coração.

Certeza da dúvida



Não sei o que sou, onde estou.

Não sei o que é doer, como é doer.

Não sei se o comboio já passou,

Não sei onde pára o enlouquecer.


Sei que a incerteza abunda

Sei que o mar irá secar

Sei que ninguém mais se afunda

Sei que uma lágrima pode molhar


Não sei se ainda é a dúvida

Não sei se ainda é verdade

Não sei se é pena absolvida

Não sei se é saudade


Sei que nada será igual

Sei que sozinha chora a lua

Sei que aqui já não há moral

Sei que é frustração que morre nua.


A razão de ser ou não ser,

elevada ao quadrado

é instável no perceber

a saudade de um fado.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Carta ao Pai Natal

Querido Pai natal, és fruto da fantasia

que dás às crianças sorrisos e alegrias

serás tu o único a dar-me o que queria

neste natal cruel de hipocrisias.

Eu sei que não me portei muito bem,

mas à mesa fui um menino bem comportado.

Também tive boas acções e ajudei alguém,

será que mereço algo diferente do que tens dado?


O que quero acho que não custa nenhum dinheiro,

gostava de ter como simples e comum mortal,

uma razão para sorrir porque o mundo inteiro

em paz festejava o seu melhor natal.

Gostava que o meu sonho se tornasse realidade,

Que o Glorioso fosse de novo o campeão

Que tivesse como a maior alegria de verdade

O prazer enorme de dar o meu coração.


Gostava de poder ter de novo o prazer de viver,

o gozo de um sorriso sincero e verdadeiro.

Gostava neste natal poder de novo dizer

de coração aberto que sou feliz por inteiro.

Se puderes dar-me tudo isto eu agradeço.

Prometo, sem mentira, o que quiseres para mim.

Prometo que todos os dias lhe obedeço

até que um dia chegue o meu fim.


Tu viajas em noites frias

num trenó de imaginação,

distribuis a todos alegrias

e aqueces cada coração.



domingo, 9 de dezembro de 2007

Partida...

Já o tempo não abunda, para mim.

Já nenhuma razão me interessa.

E ainda que quisesses um sim...

Nunca poderia ser com pressa.


O inverno trouxe com ele a neve,

está mais frio porque nesta rua

a quem nunca mais nada se deve

levarei uma imagem que é a tua.


O tempo voa e passa a correr.

Vejo no espelho, cansado, a solidão.

Mas por mais que tente não consigo ver

o teu sorriso aberto no meio da multidão.


Um dia, não sei quando, tudo será saudade

do que quisemos que não fosse assim.

Um dia dirás com a maior sinceridade

Fui eu que pedi este penoso fim.

Recuso Vender a Alma

Levaste-me ao cimo do monte
onde até se perdia o horizonte.
Mostras-te o património imenso
mas o que queria era mais intenso.
Mostras-te obras, pessoas e casas.
Mas nunca me deste as tuas asas.
Disses-te palavras bonitas e eloquentes
mas nunca me deste gestos mais quentes.


Ponderas-te dar-me tudo de verdade
mas eu só queria matar a saudade.
Falaste de objectivos, propósitos e ideais
mas eu prefiro coisas bem mais reais.
Quises-te a todos iludir com a fortuna
mas eu prefiro algo que sempre nos una.
Falas-te imenso e com a tua relativa calma
mas tudo isso nunca comprará a minha alma.


Por fim, em desespero quiseste enganar o mundo
Mas o que quero não demora um segundo.
Quiseste gritar com raiva de dor, irado
mas eu so queria ser por ti admirado.
Ofereceste tudo como se fosse o que necessitava
e nunca viste o que realmente precisava.
Pensavas dar tudo mas nada deste com emoção
e nunca conseguiste realmente tocar-me o coração.

O que preciso talvez seja um exagero

talvez seja forte precioso e muito caro.

Mas so isso me fará sorrir porque quero

um bem como o amor que em ti é raro.

Dor da visita...





De ar frio, cansado e dorido

chegas-te ao meu canto.

Vinhas trazer-me felicidade,

dizer-me que sou querido,

que ainda tenho o encanto

que não se foi com a saudade.



Ficas-te muda, fiquei triste.

Não falei com medo de ti.

Queria o teu amor abraçar,

lembrar a última vez que sorriste,

a ultima hora em que vivi,

quando se deixaram amar.



Mas nada, uma estupidez rude

não permitiu que nada saísse.

Saís-te triste e fiquei triste a chorar.

Se um de nós, munido de virtude,

o seu coração de pedra abrisse

e por fim nos deixasse amar.



Anseio o primeiro dia de amor.

Aquele em que iremos ser felizes,

onde o passado será passado,

Onde por fim termine a dor

e iremos criar as nossas raizes

para sempre de coração sarado.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Escada da Vida


Cheiro ao longe a escada da vida que me deste.

È bonito, tocante, sensívél e foste tu que o disses-te.

Mas a escada que te faz subir não fui eu que a dei,

sempre a tiveste, talvez fosse eu que a mostrei.

Mostrei-te, porque mereces e te leva à felicidade.

Quero que a uses no avançar da tua idade.





Sobe a escada da vida, escreve nela a tua vida,

regista a alegria, o sonho, torna-a colorida.

Escreve tudo sem excepção em cada degrau

mesmo aquilo que for menos bom...mau.

Esses degraus salta-os com coragem e vontade,

vive os bons que te fazem feliz de verdade.



Quando chegares ao topo, sorri e vê o teu caminho

lembra esta escada da vida que te mostrei com carinho.

Aí terás a maior felicidade e o teu sonho viverá

o fogo do amor terá uma chama que nunca se apagará.

A escada que mostrei e que foi prenda de natal

Será sempre a tua felicidade e nunca terá igual.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O meu coração

Imaginei o que seria o coração,
de onde nasce alegria e amor,
onde guardas o bom e a emoção
onde amiúde te arde a dor.



Talvez um puzzle inacabado,
sempre em constante crescer
com peças de formato acabado
insubstituíveis a meu ver.



Cada peça será um amigo
cada um com o seu formato
nenhuma se substitui eu o digo
todas têm o seu lugar exacto.


Sem uma não terminas a obra.
Fora do lugar não é perfeito.
No fim nenhuma sobra,
e será belo o seu efeito.




Calma


Calma, silêncio da alma

chama cheiro de incenso

um gesto de carinho acalma

o fogo que é intenso.


È musica sem som

palavra sem voz

Quem a tem, tem um dom

que ajuda todos nós.



Um fumo que cresce sem fogo

uma luz com uma cor irreal

um novo prazer em jogo

a dona de toda a moral.



Paisagem de beleza extrema

que gostava ter em mim

nunca caberá neste poema

mas é unica em cada fim.




quarta-feira, 28 de novembro de 2007

És meu Amigo

Parei a pensar, o que te posso dar em troca.

Não tens valor, por isso o preço não me choca.

Perdido aqui, cheguei a pensar dar-te o mundo,

mas isso é pouco, não dura mais que um segundo.

O que te darei, se nunca me negaste o teu abrigo?

Talvez se disser que és o meu único amigo...


Estás sempre presente, a chorar ou a sorrir.

Se penso uma asneira vens-me logo dissuadir.

Se desisto e penso que me quero ir embora,

abraças-me e ensinas-me que não chegou a hora.

Há dias em que choro sem saber parar o perigo,

Mas sei que existes, que és o meu único amigo.


Por vezes a alma diz-me que não ando muito bem,

mas dizes que não, sou apenas um seu refém.

Ajuda constante ofereces sem pedir retributo

Por isso escrevi-te em forma de tributo.

Mas o melhor que neste momento consigo,

é dizer um sincero Obrigado, MEU AMIGO.


Amigo, é um raro tesouro;

Vale muito mais que o ouro,

não cabe em nenhum baú,

Amigo, és TU.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Lágrima

Uma lágrima que se afoga no teu olhar,

sai desesperadamente do teu olho brilhante.

Escorre pela tua cara, na tua face a navegar

sem destino que lhe pareça distante.



Uma lágrima, simples e singela

escorrega carregada de emoção,

e que te torna muito mais bela

por dizer o que te vai no coração.



Uma lágrima é uma expressão,

visível a todos os mortais,

de toda e qualquer emoção

que nos torna especiais.



Lágrima de dor de coração,

lágrima de alegria e felicidade,

Lágrima,... uma simples emoção

que nunca se perde com a idade.



São os olhos que as choram,

ou será a mente que a produz,

é no coração, onde moram,

é a face que as conduz.



SILÊNCIO




Em Silêncio...

Vazio de alma e coração,

num escuro claro de solidão.

Vejo gente que fala calada

pelos olhos de uma vida errada.



Em silêncio...

É supremo, inglório e intenso

este sentimento que dói imenso

que dilacera, queima a alegria

o amor de quem só sorria.



Silêncio de dor e de prazer

a uns traz imensa calma

enquanto a outros faz ver

a dor que lhes vai na alma



Em silêncio...

Afasto fantasmas e dores,

relembro em si todos os amores.

Fecho os olhos e vejo mais além

sinto o calor bom de alguém.



Em silêncio...

Sorrio para ti em teu rosto,

coro de amor, prazer e gosto.

Abro o coração e a ti me entrego

deixa lá fora a dor que renego.