sábado, 25 de agosto de 2012

Muda tudo num segundo...

Brisa leve, forte tempestade, muda tudo num segundo,
como se naquele preciso momento tudo se conjugasse,
num alinhamento milimétricamente preciso e profundo,
os mais enormes desejos, sonhos e vontades afogasse.
 
Montanha Russa, turbilhão imparável na vida inquieta,
ora devagar em esforço, ou em plano calmo e agravável,
de repente desce numa velocidade furiosa até à meta,
onde não sabemos se teremos, ou não, um sorriso afável.
 
Roleta Russa, em que nem sabemos quantos balas jogam,
em que o simples tilintar de cada linguete nos amedronta,
e quando premir, assustado, o gatilho à  sorte se lançam,
a vida e o medo sem saber se vence quem se confronta.
 
Será pedir muito apenas um segundo de paz e calma,
Uma mão de anjo que limpe estas lágrimas em mim,
Um segundo de relaxamento e paragem na minha alma,
Um qualquer segundo que me trago por favor o Fim?

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Para ti...





Anda comigo, vamos ser felizes. Imploro aos Deuses a sonhar contigo.
Nada como tu me faz sorrir, ser feliz, nem mesmo qualquer um amigo.
Ama-me como só tu sabes, meu sonho, minha vida meu único abrigo.

Cresce em mim uma vontade de ser feliz, fazendo-te feliz.
Urge a hora de podermos ser um e sorrir toda a nossa vida em comum.
Rasgar passados, planear futuros felizes a dois, como sempre quis.
Tornar a viver o que um dia sentimos quando queríamos ser apenas um.
Onda de amor que invadiste a minha vida e que jamais quero largar.


Para ti.

Máscara



É chegada a hora de levantar a máscara, sorridente,
a porta fecha-se atrás de ti, aqui já ninguém te vê...
Podes agora explodir e deixar-te cair lentamente,
Calma que aqui neste canto ninguém sequer te lê.

Em cada lágrima que deixas fluir do teu incrédulo olhar,
vejo um mar de mágoas a rebentar no areal da tua alma.
E tarda que venha a ti a baixa-mar num ansiado abraçar,
que reponha o teu mundo, o teu sorriso e a tua calma.

Desabafas comigo, em gritos mudos reclamas o que dói,
deixas-me a pensar quanto tempo e mágoas aguentas mais,
insistes em deixar-te em ti tudo quanto dilacera e mói,
e assumes tudo como dores e fases passageiras e normais.

Chega de dor, chega de quereres o pior para ti... Grita.
Rebenta a corrente que em ti te oprime, sufoca e limita,
Erras muito mas não mereces tanta rejeição e mentira,
Sê feliz ainda que tudo comece por um sentimento de ira.

Tu sabes o quanto és e o que vales, só tu podes acreditar.
Só tu tens direito de te magoar não permitas que o façam.
Relaxa agora que tiraste a máscara, e podes enfim chorar,
Deixa que venham os anjos e sonhos que felizes te abraçam.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Uma noite...


E a noite,s erena e  dolorosa vai chegando,
enquanto a tarde sem pressa vai caindo,
arrefece lentamente matéria desmaiando,
enquanto o sufoco vai aos poucos emergindo. 

Entre quatro paredes, e umas poucas portas,
por entre sonhos solúveis e lágrimas de dor,
resta a alma perdida, resto de matéria morta,
cansada de sentir, triste e descrente no amor.

As horas voam alto para quem quer ser feliz,
e demoram muito a passar para quem espera.
Estranho esta forma como o tempo se rediz,
oculto em mim fechada mais uma quimera.

E a noite avança, com a sua foice dilacerante,
com o seu silêncio solitário, amargo e frio,
com emoção tristemente molhada e galopante,
transformando o olhar num largo e imenso rio.

Por fim, tudo termina, longe do dia começar.
O corpo desiste mas a alma acaba por renegar,
em separação absoluta o corpo há-de acordar,
mas a alma, essa chora dia e noite, por querer sonhar.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Ès a matéria de que são feitos os sonhos




É quente e açucarada a brisa que sai dos teus lábios
quando em sussurros dizes em palavras este amor.
Fazes magias sem saber com gestos suaves e sábios,
trazes de voltar um sorrir enorme e sonhador.

Quando os olhos precisam de ver a tua presença,
quando a mão anseia tocar a tua pele de veludo,
tu sabes como guiar a minha alma, dando licença
aos meus pés que voem neste mundo sobre tudo.

O tua alma é muito mais que um tesouro precioso.
Um sorriso teu faz parar todos os males enfadonhos.
O teu olhar é estrela, doce de um ser maravilhoso.
Porque tu és a matéria mais nobre de que são feitos os sonhos.

Para ti Ana...  

Tanto, muito, tão pouco e imenso que é só amor



Esta falta imensa que me leva a escrever,
forma de gritar calado o nó que me sufoca.
Sentimento imenso e único este querer,
que com lágrimas de dor a visão me desfoca.

É saudade, é mágoa de querer muito e não ter,
é turbilhao de emoções que se exprimem em dor.
Se por um segundo o mundo parasse para poder ver,
o tanto, muito, tão pouco e imenso que é tao só amor.

Queria a lâmpada de Aladino e chamar a mim o génio,
ter para te oferecer dois dos três desejos concedidos.
Que fosses a mulher mais feliz no próximo milénio,
que todas as tuas dores e pesadelos ficassem esquecidos.

Para mim, guardava um desejo. Um apenas me chega,
Queria ser e fazer-te feliz. Esse sorisso faz-me sonhar.
Sim é contigo que quero ter o sonho que me aconchega,
é contigo que quero ter futuro e aprender a voar...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O meu próprio chão



Uma e outra vez, e ainda outra vez mais,
só o silêncio se conserva neste deserto,
nunca há maré que me leve deste cais,
nunca para mim o longe se torna perto.

É neste chão que foge permanentemente,
que me sento, sinto e refugio da solidão
de olhos fechados, inundados, descrente,
a ouvir o tumultuoso bater do coração.

Dizem que a vida é dura para quem é mole,
mas sou a confirmação da lei contrariando-a,
quando vôo as minhas asas agitam o fole,
que consome a minha felicidade matando-a.

E assim sigo, o longo caminho que a vida é,
sorrindo, ou aceitando o meu choro perdido,
uma vez ao cólo outras pelo meu próprio pé,
mas consciente que nada  mais faz sentido.

Quanto mais te procuro mais me perco em mim,
quero te agarrar mas largas-me sempre a mão,
tantas vezes que te peço mas parece não haver fim,
e eu que queria apenas ter o meu próprio chão...