sábado, 30 de agosto de 2008

Brisa Envolvente

Olho o teu sorriso, como quem vê a luz do sol,
insipiro, expiro, inspiro-me no teu olhar.
Passo horas a ouvir-te, a sentir-te, a sorrir-te,
sem te ver, mas a olhar-te e a sentir o teu tocar.


São assim os meus dias e as minhas noites,
todos os meus sonhos, acordado ou a dormir.
A saudade existe, não pela tua simples ausência,
mas porque um dia estivémos juntos, a sorrir.


Brisa que me envolves, e me arrepias
Estrela, minha, que me levas e guias.
Olhar distante mas sempre presente
em que recordo a doçura quando sorrias.


É à noite quando tudo fica calado e escuro,
que arde muito mais e se inunda o olhar.
Fecho os olhos, enxugo a cara e penso o futuro
e espero o teu voltar... o teu verdadeiro amar.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Daltónico

Sim, eu sei que, por impulso, sou daltónico
vejo,muitas vezes, esta vida que é verde
negra e intranquila, em formato cónico
onde que se ganha é menos que o que se perde.


Olho o céu, e por mais azul que esteja
insisto no erro de pintá-lo de cinzento.
E no fim de cada dia já nada mais sobeja
porque erradamente não vivi o momento.


Mas há sempre uma hora de ver as cores
vivas e todas como elas realmente são.
È o momento em que trocamos amores,
em que partilhamos o nosso coração.


É essa a verdadeira cura do meu daltonismo,
contrariando a lei médica um dia sentenciada.
A minha doença não padece de algum sofismo,
fica boa porque na vida se sente acarinhada.