O Sol dissolve-se, numa chuva torrencial,
calmamente no seu grito de raiva silenciosa,
Esconde-se por entre o céu azul como breu,
sorrindo, chora esta dor imensa e perniciosa.
A lua, não é mais que um objecto no teu mar,
voadora nata, ergue-se nas noites de solidão,
deixa os sonhos que nos acordam sobressaltados
e assim lentamente vai dilacerando o coração.
O mar calmo que vai remoendo dores que sente,
são lágrimas dos rios que nele vão nascendo,
e em cada onda que se agigante ele mente,
para que as montanhas não o vejam sofrendo.
As pessoas, esses seres que sobrevivem no mundo,
que se jogam a teus pés implorando o teu sorriso.
a essas ofereces o teu sentimento mais profundo,
prometes sorrindo a ingratidão que é preciso.
Depois foges, correndo em palavras de silêncio,
escondes a tua vergonha e mentira no armário,
mas tudo o que sobe volta a cair porque é lei
e Tu sabes bem, tens o mundo ao contrário.