segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Delicadamente

Delicadamente penso em ti,
como se fosses frágil e singela,
como água cristalina e transparente.
Uma flor perfumada a doce e olhar,
algo tão puro e sincero tão somente,
um ser único capaz de olhos inundar.


Delicadamente lembro como és,
como queres mostrar que não és,
lembro o teu sorriso e o teu olhar,
o toque da tua pele e o teu perfume ,
o dormir seguro no nosso amar,
o fogo quente que tinha o nosso lume.


Delicadamente, como esta lágrima,
que escorre sem destino... a minha vida.
Penso como será o teu amanhecer,
o teu dia e a tua noite... e choro.
Penso se como a mim te estará a doer,
lembro-te a ir como que a dizer... Não demoro.


Delicadamente, queria ver-te uma última vez,
é o meu último pedido estou a partir...sabias.
Talvez nunca te possa dizer tudo o que sei,
ou mesmo fazer sentir o que imaginas que sinto.
Queria dar-te o que pensava dar-te e nunca dei,
queria abraçar-te, é a verdade, eu não minto.


Delicadamente eu, tudo daria, é o meu último pedido,
antes de o meu coração, sucumbir e parar de novo.
Um abraço, um olhar... em verdade e pureza.
Um saber perdoar antes de eu, por fim, partir.
Porque é essa a nossa eterna e maior nobreza,
ver que os que partem, o fazem sempre a sorrir.


Delicadamente prometo por tudo o que quiseres,
que lá, onde esteja, te vou proteger e de ti cuidar.
Mesmo que não o sintas nem agradeças com gestos,
porque palavras não mais irás ouvir de mim.
E os sonhos e vontades que deixo aqui expressos,
são a expressão que a minha vida está a chegar ao fim.

Um gesto, um abraço, um carinho.
Porque tu és verdade em mim.
Um conforto para eu levar no caminho,
que vou ter agora que está a chegar o fim.

Prolapso


Um dia vou adormecer e não acordar mais,
talvez então seja feliz e descanse em paz.
Quem sabe as inquietações dos meus pais,
de as ouvir, felizmente, eu já não seja capaz.


Um dia vou sorrir, lá bem alto.
Porque tive o meu momento,
e por querer ser feliz dei o salto
que hoje já nem sei se lamento.


Por amigos lutei e fiz-me lutador,
por uma companhia doce sonhei
fui amigo, amante, um amor,
mas foi assim que acabei.


Quem dizia ter medo de me perder,
hoje, pode até parar o meu coração,
que não é problema, nem quererá saber.
Morreu toda aquela emoção.


Há quem escreva, fale e proteste,
mas não tem coragem de ser verdade,
não me sabe dar um sorriso daqueles,
que faz chorar pela cumplicidade.


Há até quem me ame e diga que não,
sofra por vontade e medo, falta de coragem.
Como será infeliz sem o meu pobre coração,
quando eu embarcar nesta última viagem.


Pois é, o coração está fraco.
De lutas e guerras que doiem,
a alma de verdade está um caco,
de tantos sofrimentos que moiem.


Talvez um dia te lembres de mim,
com o sorriso que todos gostavam.
Talvez um dia saibas chorar assim,
tu e todos os que me amavam.

domingo, 16 de agosto de 2009

Hoje

Ingénuo e inocente,
crente em tudo, todos
e na esperança de ser feliz.
Uma velha criança em dúvida,
cansada de luta e guerra,
incerteza e mentira sofrida.


Hoje, com medo da verdade,
abomina a mentira e nela
foi ensinado a viver.
Tem medo da solidão e da multidão
morre de susto da calridade da luz
e passa noites com medo da escuridão.


O perfume da verdade que nunca conheceu,
deambula moribundo á procura de um sorriso.
As palavras ditas, ao vento, fazem-no chorar.
Os sonhos insípidos que antes a doce sabiam,
esvoaçam na memória de quem so quer ser feliz,
e a dor veste traços facias, dos sorriso que mentiam.


Assim, cumpro a pena de querer ser feliz,
de acreditar que a verdade é sincera e pura,
que uma palavra é dita com honra e significado,
que um sentimento forte é algo sem cura.
E por mais que queiras pintar felciidade na tua vida,
a solidão será eternamente a tua companhia futura.

sábado, 8 de agosto de 2009

Eu não sei viver neste mundo...

Eu não sei viver neste mundo...
Ou então sou eu que ando errado.
O que é bom e verdade é tão profundo,
que parece jamais ser alcançado.


Oh Deus... Como podem existir seres assim.
Sim, imploro uma resposta, que me traga a luz,
Porque até posso nunca ter visto o erro em mim,
ou que a imposição e mentira é algo de bom que se produz.


Como pode um ser ser cobarde de aceitar,
que o sol se ponha todos os dias no mesmo local,
e esperá-lo de olhos inundados de um chorar,
por imposição de um execrável ser imoral.


Como pode ser chamado de homem um ser,
que prende a vida a quem quer ser feliz e amar,
apenas porque não sabe que é o erro, nem sabe perder,
e por isso prefere prender a deixar um tesouro voar.


Como pode alguém impor a sua vontade,
contra a debilidade de uma doce mulher,
sabendo que nunca lhe terá a verdade,
porque o amor não cresce quando alguém quiser.


Porque escrevem algumas pessoas,
palavras que sabem nunca farão.
Não percebem que as coisas boas,
não saiem dos dedos, saiem do coração?


E os desleais seres que se imaginam reis,
que fazem do mexerico a sua vida real.
Pensam que impõem normas e leis,
e que nunca erram ou fazem mal.


Oh Deus... Ouve a minha prece.
Eu não sei viver neste mundo...
Vê como o meu coração adoece,
e leva-me já ter contigo neste segundo.