sábado, 29 de março de 2008

Lugar Chamado Eternidade

È único, e poucos atingem, esse lugar.
Um lugar de sonho, onde cresce o melhor.
Uma praia, um ponto alto de doce nevar.
Um sonho onde so cresce o amor.


E por mais pedras que tenha o caminho,
que nos leva até esse longínquo destino.
Juntamo-las, fazemos uma castelo marinho,
criamos um sonho de eterno menino.


È fantástico, doce e maravilhoso.
Esse lugar onde o meu sonho passeio.
Tem um sabor delicado, doce, delicioso,
tem um saber a sabor de devaneio.


Lugar onde me sinto único, feliz e incolume,
onde os sorrisos são estrelas, olhares a brilhar.
Um lugar desde do mar até ao mais alto cume,
que cresce num raio de sol e num brilho de luar


Esse lugar que me mostras em cada olhar,
Em cada beijo, no teu toque, na verdade.
È o lugar onde te irei sempre amar,
Aqui no lugar chamado ETERNIDADE.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Pensar... perturba o Fazer.

Eu quero acreditar, quero muito, acredita.
Quero tanto que já não acredito que consiga.
Quero, com um querer intenso que até já irrita,
e não consigo que o teu querer me persiga.


Tudo porque o pensar me perturba o fazer.


Eu quero, eu consigo, vou fazê-lo agora.
Ambiciono tudo e quero ir mais além,
esforço num gesto toda a vida numa hora,
quero e vou conseguir amar alguém.


Mas o pensar perturba-me o fazer.


E desisto, como sempre fiz, derrotado.
Caio, infeliz, por não ter feito o que sonhei.
Apago-me na fadiga de um corpo, isolado,
e choro mal tratado, sem saber onde errei.


O pensar perturba-me o fazer.

Lugar Chamado Mente

Refúgio-me neste louco lugar chamado mente,
esse lugar utópico e real, ora feliz, ora angustiante.
Um lugar que me deixa triste outras vezes contente,
esse lugar sem mapa guia neste caminho errante.


È aqui que construo toda a minha verdade,
essa verdade inacreditável, irreal, uma mentira
que cresce na sua quente fogueira de vaidade,
e morre com a água cruel da sua louca ira.


Aqui, com os meus amigos imaginários
que faço a festa que me falta por fora.
e ainda que sem reais destinatários,
dou o amor que temos quando se chora.


Aqui sou criança ingénua, sem maldade.
Sou génio, sábio, guru um modelo.
Sou tudo o que nunca me acharam na verdade,
mas que aqui posso e consigo sê-lo.


E quando por fim me canso e adormeço,
tudo fica ainda mais real na ilusão.
A emoção é tão forte que todo eu estremeço,
e tudo florescede novo no meu coração.


Mas por fim, acordo. Choro a mágoa de n ser real.
Procuro em mim uma força para viver.
Volto à verdade cruel de ser um errante mortal.
Esforço um sorriso que já ninguém consegue ver.

sexta-feira, 21 de março de 2008

O cheiro do sorriso

A que cheira o sorriso?
Dirão que o sorriso não tem cheiro,
é por certo a ideia que vem primeiro.
Mas, na verdade, o sorriso é perfumado,
tem um cheiro leve e muito delicado.
Tem cheiro e só os sonhadores conseguem cheirar,
tem cheiro de felicidade, de sonho e de amar,
tem cheiro de liberdade, de criança e de voar.
O sorriso por mais gargalhada que fosse,
terá sempre, eternamente um cheiro a doce.

Dia Mundial da Poesia


Hoje, é dia mundial da poesia,
dia daqueles que escrevem por emoção.
É dia de baralhar as falavras em fantasia,
mas senti-lo sempre, fundo no coração.


Dia de mentira, inógnita e verdade,
dia de alegria, sorriso e saudade,
sol de verão que chove na realidade
e que nos faz atingir a imortalidade.


Poesia, não é o que escrevo.
Poesia é prosa numa sã loucura
Poesia é fantasia da palavra
Poesia é dor, feliz que não se cura.

Alma de verdade


Há aqueles que me chamam de poeta,
os que me acham um exemplo, um ideal,
existem até quem quisesse ser como eu.
Existem poucos que me achem sem moral.


Uns leêm e reveêm o que escrevo na vida,
outros, que agradeço, ficam preocupados.
Uns até chegam a dar-me algum valor,
mas andam todos demasiado ocupados.


Sinto-me artista de circo, um malabarista,
alguém que finge o seu fingir-se feliz, ilusionista,
decorador de textos, sem conseguir decorar o sorriso
Alma de verdade que pela verdade sempre resista.

Translação

Foi agora, não hoje, mas aconteceu
E prolongou numa extensão do sorriso,
toda a felicidade de um momento de céu
que me trouxe a felicidade que preciso.


È verdade e poesia esta pura magia,
uma melodia no silêncio de um olhar,
o sonhar acordado em analogia,
é um doce viver, sentir e amar.


O terra conseguiu dar a volta ao sol,
e o astro deu imensas de alegria.
E por mais dura que a vida seja
há sempre um gesto para que sorria.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Orfão com Pai


Dizem que para ter Pai basta nascer.
Eu digo que para ter Pai é preciso tê-lo.
Eu já tive, já filho me senti...
Hoje, hoje não... antes, do que sofri.
Um pai, não trai um filho...
Um pai, não destrói um filho...
Um pai, nunca nega um filho...
Um Pai, não afasta um filho...
Um Pai compreende um filho...
Um Pai, não engana um filho...
Um Pai, não humilha um filho...
Um Pai, ouve um filho...
Um Pai, compreende um filho...
Um Pai, ajuda um filho...
Um Pai, ampara um filho...
E por mais rebelde que seja,
um Pai ama sempre um filho...
Gostava de poder festejar hoje,
ser feliz hoje, agora, já...
Mas, hoje, é um dia igual aos outros...
daqueles em que fico a falar sozinho...
daqueles em que por mais que trabalhe, não faço nada...
daqueles que por mais que chore, ninguém me limpa as lágrimas...
Sim, tenho progenitor, mas poderei ser feliz sem sentir um Pai?
Já o senti antes, até já tive mais que um Pai, mas hoje...
Hoje tou sozinho, num sentimento de solidão profundo
e penso que a dor não duraria um segundo...
mas ainda não tive coragem de abandonar o mundo
Assim, foi o meu dia do Pai.

terça-feira, 18 de março de 2008

O meu fado

Arrepiam-me os pensamentos estúpidos
que de noite, no sofá, passam por mim.
Felizmente, ainda, consigo ser lúcido pela manhã,
sempre submersa em dor com a imagem do fim.
Já nada me prende ao meu porto, há lodo no cais,
e não consigo viver, de bem com o mundo, assim.


Já não há vontade, não há força, é tudo um caos.
Nada, em tudo, me alenta, nada é positivo.
Sinto-me um peso enorme na vida de todos,
sinto que nada, nem ninguém, sente o que vivo.
Ninguém ouve, ninguém fala, todos comentam,
todos inventam algo dizendo para o que sirvo.


Mas nada, nem ninguém, me faz voltar o sorriso.
Aquele que era imagem de marca, o meu humor,
Por mais que minta, que invente ou que finja,
Tu, nunca mais terá o meu fiél e doce louvor.
Não confio em mais, ninguém, excluindo-vos claro,
Todos os outros nunca mais verão o meu puro amor.


Sou humilhado, maltratado, enganado, ultrajado
Injuriado, posto de lado, e por tudo, estou revoltado.
Quem pode não quer e quem quer não consegue,
sem me vitimar, já não consigo para mudar o meu fado.

domingo, 16 de março de 2008

Amor

Olha-me com esse olhar de desejo,
calada num silêncio que fala verdade,
fecha os olhos num longo pestanejo,
e toca-me num carinho que dá saudade.


Com a tua mão percorre-me suavemente,
da cara ao peito, do pescoço aos lábios,
com a tua boca, enlouquece-me, fico carente
do teu sabor, perfume e gestos sábios.


Toca-me, toco-te, sente-me, sinto-te, bonito...
Intenso, doce, puro, sincero e tão delicioso,
Sentes o amor que sinto que sentes também... e grito...
Amo-te... Amas-me também num gesto carinhoso.

Utopia real


Fazes o tempo parar, em magia feiticeira,
usas de uma magia, só tua, doce e saborosa.
Como queria estar, sorrir, dormir, à tua beira,
ter um carinho, nunca negado, da mão deliciosa.


Tornas o dia em noite e a noite em verão,
sabes como gosto da noite, mas contigo.
E tudo porque entendes e vês toda a razão,
e me deixas sempre a sentir protegido.


Ès medicina aplicada numa doença de alma,
que com o teu saber e ser, tornas tudo radiante,
tornas tudo em ternura, sonho, sorriso e calma,
tens um poder inexplicável, louco e impressionante.


És irreal, não existes, mas sinto-te mesmo assim,
Dia a dia vagueias nas palavras que ajeito e componho,
noite a noite sinto o teu toque no corpo, em mim,
e vivo tudo isto dentro de ti, num verdadeiro sonho.

Arde...

A razão sincera, que não existe,
sustenta-se no silêncio e na dor,
enquanto a sua estupidez resiste
a um ser que só precisa de amor.


O chão seguro debaixo do céu radioso,
o prazer, que não existe, de ter uma casa,
a doçura de sentir um gesto de coração aberto,
o prazer de protecção que é tão delicioso.


O abraço de uma palavra que espero,
o sorriso sincero que nunca alcancei,
o carinho que sabes bem como o quero,
todos os segundos que por isto esperei.


Tudo isto nunca me deram,
tudo é fantasia, ou então verdade.
E hoje, todos inquietos desesperam,
pelo que nunca deixou saudade.

Parabéns... Desculpa

Eu sei que hoje é o teu dia,
hoje todos deveríamos festejar,
mas nada é como queria.
e não quero que me vejas a chorar.


Hoje devia ser um dia de sorriso,
um dia de família e de abraços,
mas não tenho da vida que preciso
e fico ausente evitando embaraços.


Sei que ao vosso lado estaria seguro,
mas sinto que os ohares seriam inundados,
as palavras nunca saltariam o muro,
dos pensamento revoltos e agitados.


Desculpa, eu estou aí contigo.
Parabéns mesmo estando ausente,
quero que saibas que sou teu amigo,
e que de amor, por ti, nunca fui carente.




Beijinho de parabéns para ti avó 16-03-2008

terça-feira, 11 de março de 2008

Rejeição

Já foste rejeitado,
sentiste a mágoa de ser trocado,
sempre e sempre ignorado,
saberes que foste enganado,
que a força serve para seres empurrado,
e no fim te deixam sempre abandonado?


Já te sentiste não querido,
falas e nunca és ouvido,
o que dizes é sempre esquecido,
ficaste escurecido e envelhecido,
triste,enfadonho e esmorecido,
e sabendo onde estás, andas perdido?

Já tiveste uma dor,
uma vida de amor,
um dia inteiro de calor,
a ingenuidade de um rubor,
uma palavra amiga, um louvor,
o prazer de ser um dia orador?

Não pois não?
Estás como eu,
num mundo que não é teu.
E a isto podes chamar rejeição.

Mendigo

Sim, é a solidão a minha única amiga
aquela que ouve na surdez de um grito,
que me engana não escondendo a fadiga,
e que me trás o meu ser sempre aflito.


Sim, não me compreendem, não entendo.
Se vou devo ficar, se fico deveria ter ido,
morro fico calado, fico calado vou morrendo,
e quando choro, ralham por não ter sorrido.


Sim, é o amor que me prende e agarra à vida,
a amizade, todo o carinho que ainda recebo,
de quem não devia, mas me faz a vida querida,
que nem sempre me percebe e como eu o percebo.


Passo por gente na rua.
Eu vejo-os, eles não me veêm,
Sou invisívél aos olhos desta sociedade.
Esta é a maior e mais pura verdade.
Sou mendigo, todos vejo, mesmo aos que não me têm
e que ignoram a minha pobre alma nua.

quinta-feira, 6 de março de 2008

A matemática do Amor

Não sei o seu autor, chegou-me por mail. Mas está fantástico e resolvi publicar.




Um Quociente apaixonou-se

Um dia

Doidadente

Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável

E viu-a, do Ápice à Base...

Uma Figura Ímpar;

Olhos rombóides, boca trapezóide,

Corpo ortogonal, seios esferóides.

Fez da sua

Uma vidaParalela à dela.

Até que se encontraram

No Infinito.


"Quem és tu?" indagou ele

Com ânsia radical.

"Sou a soma do quadrado dos catetos.

Mas pode chamar-me Hipotenusa.


"E de falarem descobriram que eram

O que, em aritmética, corresponde

A alma irmãs

Primos-entre-si.


E assim se amaram

Ao quadrado da velocidade da luz.

Numa sexta potenciação

Traçando

Ao sabor do momento

E da paixão

Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.


Escandalizaram os ortodoxos

das fórmulas euclidianas

E os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas

e pitagóricas.

E, enfim, resolveram casar-se.

Constituir um lar.

Mais que um lar.

Uma Perpendicular.


Convidaram para padrinhos

O Poliedro e a Bissectriz.

E fizeram planos, equações e

diagramas para o futuro

Sonhando com uma felicidade

Integral

E diferencial.


E casaram-se e tiveram

uma secante e três cones

Muito engraçadinhos.

E foram felizes

Até àquele dia

Em que tudo, afinal,

se torna monotonia.


Foi então que surgiu

O Máximo Divisor Comum...

Frequentador de Círculos Concêntricos.

Viciosos.


Ofereceu, a ela,

Uma Grandeza Absoluta,

E reduziu-a a um Denominador Comum.


Ele, Quociente, percebeu

Que com ela não formava mais Um Todo.

Uma Unidade.

Era o Triângulo,

chamado amoroso.

E desse problema ela era a fracção

Mais ordinária.

Mas foi então, que Einstein descobriu a Relatividade.

E tudo que era expúrio passou a ser Moralidade

Como aliás, em qualquer Sociedade.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Deixa a tua marca


"Muita gente vai entrar e sair da tua vida,
mas só os verdadeiros Amigos vão deixar marca no teu coração!
Uma marca inexplicavelmente boa!
Para te segurares, usa a cabeça; para segurares os outros, usa o coração.
O ódio é apenas uma curta mensagem de perigo.
Quem perde um amigo, perde muito mais. Quem perde a fé, perde tudo.
Amigos, somos eu e tu...
Trouxeste outro amigo…
E começámos um grupo... Um círculo de Amigos...
E como um círculo não tem começo nem fim,
mostra aos teus Amigos como são importantes para ti..."


(adaptado)

segunda-feira, 3 de março de 2008

Cada vez que olho o teu olhar...


Por mais quente que esteja o calor
por mais tórrido que seja verão
sinto um frio enorme de amor
quando te olho e vejo o coração...


Cada vez que olho o teu olhar...


Pelo maior inverno e frio que esteja,
por todos gelos de todos os glaciares
será sempre quente o que sinta e veja,
por sentir a forma de tu me amares.


Cada vez que olho o teu olhar...


Num outono molhado, chuvoso e agreste,
onde as folhas caiem e as flores murcham,
será intenso o prazer de saber que vieste,
porque os nossos sentimentos te puxam.


Cada vez que olho o teu olhar...


E ainda que venha uma primavera bonita,
que o sol brilhe e as flores sorriam brilhantes,
é doce sentir que não tenho a alma aflita,
porque deixaste todos os pensamentos errantes.


Cada vez que olho o teu olhar...


Cada vez que olho profundo no teu olhar,
sinto um arrepio indescritivél em mim,
algo que me inunda de prazer pelo teu amar,
algo que é verdadeiro, intenso e nunca terá fim.

Fada Madrinha

Ola, ainda bem que chegaste.
Tenho um pedido a fazer.
Faz de novo a magia que levaste,
para que tudo volte a renascer.


Pode fazê-lo? Sem demora?
dá-me o sonho e o sorriso,
lava-me a alma que chora,
sorrir é tudo o que preciso.


Diz-me que não vais demorar,
diz-me o que vai ser de mim.
E se for para continuar a chorar,
então quero ter o meu fim.

Imploro


Não me ouvem,
a sua surdez é infinita e propositada,
o que digo não tem inportância, não vale nada.
O que faço está errado e não tem justificação,
Parece que sou defeito, uma verdadeira maldição.
Ainda que me esforce nunca sentem que o estou a fazer,
julgam que tudo em que mexo tem o propósito de fazer doer.
Digo palavras, que sinto, e nunca chegma ter o seu fim,
têm opiniões e decidem tudo fazendo-o por mim.


Não me entendem,
por mais que fale e faça o que bem, me faz sentir,
por mais que diga que são eles que me fazem sorrir.`
Ainda que diga que sou eu que devo escolher,
nunca entendem o que, com isto, quero dizer.
Dizem que fazem, sem o sentir, e não fazem,
os sonhos que tinha, hoje numa lágrima jazem.
E se num grito mudo eu tento falar,
arranjam pesadelos para me fazer calar.


O que queria...
ser feliz, e ser apenas eu,
ter o que sonho, e ser só meu.
Queria apoio, diálogo e compreensão,
queria ajuda e o sorriso do meu coração.
Queria amar, dar tudo e ser amado
queria por um sonho um dia ser chamado.
Por tudo isto eu choro
por isto tudo te imploro.

Leva-me


Leva-me, num viagem sem regresso,
onde lá possa ser feliz e contigo sorrir.
Leva-me que aqui não há mais sucesso,
por isso só me resta, que me ajudes a partir.


Leva-me, perdi tudo o que sonhava,
o amor, a profissão, o sonho, a ilusão,
perdi alguns dos que ainda amava,
fiquei sozinho com uma dura solidão.


Leva-me, já nada me importa mais,
a solidão vem sempre acompanhada,
trás a dor e amargura e sofrimentos reais,
e hoje tudo já não interessa mais nada.


Leva, porque a rejeição dói tanto que não aguento,
palavras e sentimentos que dizem ter e não sentem.
Actos contrários ao que dizem, serei eu que invento?
e tudo o que dizem, fazem o inverso, por isso mentem.


Leva-me avô, ajuda-me a acabar tudo o que sinto mal.
Leva-me de vez sem regresso, so tu me entendes bem.
Leva-me que já não sinto nada do que é bom e normal.
Leva-me que aqui são poucos os que me acham alguém.