sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tu... Não existes!



Os olhos encheram-se de abril
e puxaram o agosto nos lábios
mal olhei o teu saudoso perfil,
e senti os teus carinhos sábios.


Estas ruas nunca foram tão nossas,
até o Sol veio fazer-nos companhia,
sente como cheiram bem as rosas,
só porque me fizeste sorrir um dia.


Se um dia tiver de deixar o mundo
só imploro para que contigo seja ,
que nos embale num sono profundo,
e nos deixe sonhar sem que se veja.


Encontrei a paz e a calma nos teus braços,
o sorriso na felicidade das minhas lágrimas.
Um infância adulta e todos os seus embaraços,
que me dá prazer a escrever estas rimas.


Porque teremos de viver a vida ás prestações,
se iremos pagar a pronto quando chegar a hora?
Porque nos privamos de todas estas emoções,
e não vivemos a felicidade eterna do agora?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Apaixonado por uma música...

Apaixonei-me por uma música... loucura dirão...
a mim parece-me tão bela que era capaz de a ouvir
vezes sem conta...
Eu ouço-a vezes sem conta... tenho medo que risque... ou me canse...
Mas jamais um anjo fará cansar quem o idolatra.
È um som doce, com acordes ternos, melodia suave e envolve-me
numa dança de alma que me confunde entre o real e a fantasia.
Fecho os olhos e embalo-me nos teus braços imaginários,
que me afagam o cabelo e acariciam a pele...
E a música essa embala-me para um beijo onde de olhos fechados,
fecho os olhos e os meus lábios tocam os teus...
Parece magia, eu sinto-te...aqui comigo... mas real só mesmo a música.
Eu estou apaixonado por esta música... "Eternamente te amo"...

Deixa ver o teu sorriso...

Se o meu sorriso sincero é tua felicidade,
não imaginas quanta saudade ele tem,
de sentir o vento quente nesta cidade,
de sentir o perfume da pele de um alguém.


Pode até ser infantilidade, estupidez, não quero saber,
mas na verdade passo os meus silêncios a ouvir-te,
ecoam na minha cabeça momentos de um querer,
e sinto as tuas palavras como se estivesse a ver-te.


E assim a noite chega, para a mim tudo é igual.
O silêncio é o mesmo, a solidão faz companhia,
falo calado contigo, no silêncio do meu sonho real,
enquanto a noite finge que passa eu sorria.


Ao chegar a manhã repete-se do crepúsculo a saudade,
o lado frio da cama que nunca mudou dói por fim.
Um lágrima, talvez mais que uma, cai e dói de verdade,
ali, imóvel, incapaz de ser mundo, fico sozinho em mim.



E assim passam dias, semanas, meses, infinitos anos,
assim se vão lavando olhos que só querem sorrir,
perdidos em faltas de coragem e gestos profanos,
que rasgam o peito desde o dia em que te vi partir.


Serei, um dia, merecedor de ver o teu sorriso?
Nem que seja antes do antes do meu suspiro final,
dá-me só um sorriso antes de ir, é tudo o que preciso,
e irei sorrindo porque te dei uma felicidade colossal.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O menino que não realizava os seus sonhos

Ao querer substituir as dúvidas por afirmações,
deparou-se com uma sombra persistente e real.
Colossal como a fúria das dívinas maldições,
o seu destino deixava-o muito perto do mal.


Nunca realizar os seus sonhos, era seu destino.
Procurou a vida inteira como isso se mudava.
Lutava de dia, chorava de dia este menino,
Sem nunca conseguir mudar o que o magoava.


De feitiços, a vontades, de hipnoses a ilusões,
mudar o que lhe dava mágoa, fez sua missão,
experimentou tudo e todas as invenções,
mas nunca aguentou um sorriso no coração.


Já cansado, sentou-se a beira do abismo,
procurando um fundo que não existe,
chorou aflito um louco grito de nervosismo,
e aceitou que se não dá, nunca se insiste.


E foi assim, que finalmente, ele se resignou.
O menino que nunca um seu sonho tornou real
um dia adormeceu e então o seu sonho começou,
descansou eternamente numa paz infinita sem igual.