quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sem Fim

A luz já foi, um rasgo de céu,
enquanto esticaste a tua mão,
para levantar esse leve véu,
que nos fez deixar o chão.


A música surda, em silêncio canta
prosa simples em forma de rima.
E o desejo doce que se agiganta
leva-me sempre mais para cima.


O tecto do mundo é sempre tão alto,
e a vida tão dura, árdua, curta e singela,
um sorriso é só o princípio do salto,
que te faz parecer tão doce e bela.


Leva-me contigo, em sonho voar baixinho,
razando as ondas do mar, sentir o teu sal,
deixa que do teu sonho eu seja vizinho,
vamos ser de todos um ser desigual.


Vamos revelar todos os segredos,
extinguir todos os nossos medos,
Usa a força que fazes nascer em mim,
para podermos sorrir no fim.


Anda comigo, fazer parar o mundo,
desenhar no chão o sonho encantado,
fecha os olhos e vê por um segundo,
como fala tanto este sentimento calado.


Só um minuto que é uma eternidade feliz,
um doce incomparável e sem semelhança,
um brilho tão forte e suave quando sorris,
uma balada inventada na tua alma de criança.


Essa lágrima de felicidade
é fruto do sentimento de cumplicidade.
Dá-me a mão e sente,
que a alma de verdade nunca mente.
Abre os olhos e vê a verdade,
abraça-me e mata esta saudade.
Beija-me num segundo assim,
e sabes que nunca chegará o Fim.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

10 minutos de escuridão



E acordas...

Para trás ficava um tempo
perdido na tua memória,
o rumo da vida que queres
ver no fumo eterno da tua glória
onde o nada existe mas
o tudo se torna tão mais intenso real,
onde na verdade somos julgados
por todo bem e todo o mal.


Tudo tão longe e tão perto,
como se o fino fio que nos segura,
fosse julgado por quem o teceu,
se mão correcta ou incerta por ventura,
julgam o que somos, sentimos e vivemos,
indiferentes ao qualquer sofrimento
como se apenas as imagens fossem verdade,
e não houvesse direito a argumento.


Enquanto flutuas no nada que és
á tua volta labora um corropio de gente,
tudo para que rasgues com querer a escuridão
e na tua pela seja verdade tudo o que se sente.
Mas lá dentro, o julgamento prossegue mostrando
que és muito mais que um simples mortal
que tens valores, verdades e honras,
que tens missão, coragem e uma enorme moral.


Então, termina o julgamento.
Agora é contigo, és livre de voltar,
nada pelo nada que é o espaço onde estás
e volta a sentir como é bom sentir o ar.
Abre os olhos, lentamente,
vais ver o mundo com outra cor,
vais sentir tudo tão bem, tão melhor,
terás outro sentido, finalmente saberás que és amor.


E acordas...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O que fazemos em vida ecoará na eternidade



No vôo desta noite fria, deixei-me levar,
embalado pela música das letras singelas.
Fingindo um crer eterno ao te ouvir falar,
flutuei em águas tão límpidas e belas.


Mas se tivesses atenção, ao meu olhar,
saberias que é dúvida o que sinto em mim,
podes complexamente até saber voar,
mas é impossível saberes sorrir no fim.


Porque o faço, não sei, sou guiado pela verdade,
Se é engano, podes até acreditar que seja,
Porque o sinto, talvez por uma cumplicidade,
Se é de noite então que o sentimento nos proteja.


Um dia verás, por entre a tua mágoa e desilusão,
que tudo o que fazes em vida ecoará na eternidade.
Talvez os céus carreguem o teu pobre coração,
e te deixem ser feliz onde jamais existe idade.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Os espinhos florescem

Mostraram-me uma doce flor,
disseram-me ser uma rosa,
eu vi o que vê um sonhador,
sonhei em verso, vivi em prosa.


Pintei sozinho nos meus sonhos a cores,
mundos imensos e sorrisos de felicidade.
Voei, sorri, senti e curei todas as dores,
com a sua beleza e a nossa cumplicidade.


Olhei tantas vezes ao pôr-do-sol quente,
a delicada e doce beleza que tinha tão sua,
sorri com o carinho que o coração sente,
sentir parar o mundo singelo á luz da lua.


Piquei-me, feri-me, doeu vezes a fio,
não vi que tinha espinhos, a doce flor,
vi-a espinhos a florescer a beira rio,
vi que a dor é curável com o seu amor.


O frio do inverno, seca a doçura do amor,
então guardei-a onde se guarda um tesouro,
no coração dorme aquela divina e bela flor,
é preciosa e vale muito mais que ouro.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Âncorado

Ao rasgar o presente sentes
que no fundo mentes,
que o passado se confunde com o futuro,
apesar de ser duro e imaturo,
sentes o frio do sol e do gelo o calor,
confundes a saudade com a dor,
imaginas que a vida é sonho
e que o sonho não é mais que uma ilusão.


E no fim...
no fim, a música continua igual,
sempre fútil e banal,
sempre os mesmos acordes,
com o mesmo ritmo descompassado,
talvez certamente errado,
em compassos silenciosos
que o mundo te dá
e por mais que corras,
te magoes ou morras,
nunca consegues sair do mesmo lugar...


Talvez um dia o mundo gire ao contrário
e a vontade te faça voar em todos os oceamos,
talvez navegues nos céus pintados a violeta
num final de tarde como nunca existiu.


E se quando esse dia chegar,
suspiras profundamente,
libertas a alma e a mente
de tudo o que a enferruja,
a mata e a torna suja,
e voltas a sorrir
no teu caminho de regresso a casa...


Um dia, rosa será apenas uma flor
laranja apenas uma fruta...
Um dia chegará ao fim a tua luta.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A razão de te amar...

Percebes agora porque te amo?



Serias talvez a pessoa mais sensata
se deixasses morrer esta serenata,
esta música doce que por vezes dói,
esta saudade infinita que tanto mói.


Mas tu és sonho, és amor de verdade,
és um tesouro até em pura generosidade.
Perdoas o que é imperdoável sem razão,
em vez de afastares consegues dar a mão.


Sou o homem mais sortudo do universo,
por ter quem faz a minha vida um verso.
Nunca compensarei o sorriso que me deste,
é impossível ser como tu flor silvestre.


No amor que me deste, carnal e sentimental,
neaquela tarde tão marcante, foi tão doce e real.
Posso viver mil anos e outros mil por mim passarem,
que nunca existirá almas capazes de te igualarem.


Só tu sabes tanto de mim,
só tu sabes que não há fim,
Só tu sabes o mundo parar,
só tu me ensinas a amar.

A minha imperfeição...

Fui torto, infeliz e imperfeito,
fiz o impossível na loucura,
quero esquecer o que está feito,
quero esquecer aquela tortura.


Fui o pior de mim que conheço,
fui a vergonha que amargura,
sei que nem um olhar mereço,
já não sei se tenho qualquer cura.


Peguei os passados e dei-te a destruir,
a cada pedaço de felicidade que rasgavas
eu sentia uma dor imensa me consumir,
senti que te doia e ainda assim me matavas.


Sei que me perdoas, mas eu não o faço a mim,
sei que não o esqueces e eu como tu também não,
chorei com medo que fosse o princípio do fim,
chorei porque fui um monstro sem qualquer perdão.


Mas tu, única como tão bem o sabes ser,
perdoas a sorrir este meu louco desespero.
Vou lembrá-lo até ao dia em que morrer,
como a noite que nunca mais quero.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Caminho do coração...

Seguia o caminho longo de olhos feridos inundados,
solitário de alma e companhia, leva a sua alma
por entre curvas rectas que não levam a lado algum,
uns dias impaciente, alguns ansios e outos com calma.

Segue a sua viagem peregrina, ao calvário do seu destino,
na cabeça imagens do que fora a sua origem e criação,
na vontade apenas o querer imenso de voltar a ser menino,
na telefonia avariada ecoavam os gritos mudos do coração.

E segue, sem destino definido
com rumo ao tangível infinito,
sem medos ou receios,
sem curvas nem passeios,
porque viver é sempre sentir
e para amar tem de saber sorrir.

Procura na luz da noite, ofuscada pelo negro de alguns dias,
a vontade persistente do querer que se um dia se perdeu,
passa cortadas, caminhos, cruzamentos e iluminadas vias,
ninguém tem destino se não souber onde vai e o que é seu.

Nesta viagem vale tudo e não vai faltar combustível para mim,
a única regra, imposta pelo destino é nunca poder voltar atrás,
pode aceitar parar, prosseguir, virar e até determinar o fim,
mas para trás fica a utopia do que nunca foi, do que nunca se faz.

E segue, sem destino definido
com rumo ao tangível destino,
sem medos ou receios,
sem curvas nem passeios,
porque viver é sempre sentir,
e para amar tem de saber sorrir.

Apenas sabe respirar e isso serve-lhe como vida,
para si uma flor murcha é mais uma vida sofrida.
Faz do seu silêncio um monólogo do seu sofrimento,
imagina a audiência estarrecida no seu depoimento.

Mas acorda sozinho, no seu mundo sempre inquieto,
onde um abraço ou um sorriso são sinais de afecto.
E traça a sua vida ao sabor do seu caminho em solidão,
canta a sua música ritmada ao sabor apenas do coração.

Pode um dia ter um porto de abrigo,
um sorriso, um coração que toque consigo,
nesse dia fará dessa música um dueto perfeito,
um ser que o faça feliz ao partilhar o seu leito.

E segue, sem destino definifido,
com rumo ao tangível destino,
sem medos ou receios,
sem curvas nem passeios,
porque viver é sempre sentir,
e para amar tem de saber sorrir.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Realizador de pesadelos...

Parado no pontão da realidade,
onde a vida é mais silenciosa,
e acontece com uma naturalidade,
paz, solidão e calma tão deliciosa.
Devoras sonhos na espuma do mar,
como se o seu bater fosse coragem,
como se os elementos se pudessem amar,
e pudesse dormir sempre com esta imagem.
Fecho os olhos e vivo este quadro só meu,
lá longe, numa longíqua outra margem,
ficaram sons alegres do que se viveu,
ficaram sonhos presos a uma imagem...


E choro em silêncio o meu destino, em vão,
de sonhar e nunca acontecer... é destino,
realizo os pesadelos que magoam o coração,
choro porque ninguém entende este menino.
Será simplesmente feitiço ou eterna sina?
Acabará um dia ou resistirá eternamente?
Diz-me com o teu olhar silencioso de menina,
diz-me e adormece-me doce e calmamente.
Só tu o sabes fazer, só tu tens esse poder,
vem e com um gesto traz-me o acalmar,
deixa no teu colo vir o meu adormecer,
vamos voar, sonhar, ser felizes e amar.


Só em mim os pesadelos se realizam
Vivo em sonhos e sonho a verdade,
desenrolo a vida sempre em ilusão,
sonhos um tesouro e uma cumplicidade.

domingo, 18 de julho de 2010

Dança da Lua...



Feliz exposto ao sol do sul,
onde a vida é doce e aquece,
onde o sorriso volta e acontece
no infinito deste enorme azul.


Bandas sonoras tão marcantes,
imagens da felicidade tão real,
dias e noites como foram antes,
e parece tudo tão natural.


Poderá ser do sal deste mar,
do calor desta quente praia,
poderá ser apenas do sonhar,
ou da dança que a lua ensaia.


É verdade, isso o admito,
è maravilhoso este dançar,
Quero que me leve ao infinito,
quero voltar a amar.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sorrir na Despedida

Uma simples lágrima na despedida

É, tão-somente, um desejo de regresso.

Uma mensagem imensamente sentida,

Um desejo que a mensagem tenha sucesso.


E porquê de despedida a chamar,

Nome feio, áspero e tão definitivo

Porque temos sempre de chorar,

Quando sorrir seria mais acertivo.


A dor que sentimos pela falta de quem parte

Aparece em cada despedida, em cada adeus.

È um dizer silencioso de eu espero amar-te,

Eu quero ser os teus sonhos e tu dos meus.


Sentimos dor na despedida porque foi bom,

Porque não esquecemos cada marca dada,

Porque em silêncio iremos gritar sem som,

A saudade, a falta de uma presença amada.


A despedida apesar de muito doer,

É um registo de bom sentimento,

É um mostrar de imenso bem querer,

É apenas mais uma marca, um momento…


E na volta tudo será sorriso doce e permanente,

Será abraço apertado e beijo tão demorado,

Será uma felicidade que crescerá eternamente,

Será o fim da despedida e do pesadelo chorado.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Dados lançados



Há dias assim, vazios e cinzentos,
em que nos sentimos a flutuar,
balançamos ao sabor de momentos,
e vamos-nos deixando ir e levar.


Nada está mal, mas nada está bem,
temos companhia e sentimos a solidão,
vemos o mundo sem querer ver ninguém,
temos vida mas não sentimos o coração.


Há dias em que o silêncio é barulho infernal,
em que o sol é escuridão, e o calor é frio,
não destinguimos o tudo do nada, o bem do mal,
e confundimos o mar com um pequeno rio.


Sentamo-nos a ouvir o vento cantar,
fechamos os olhos e vemos a lua bailar,
sentimos na pele um sonho a chamar,
e sonhamos um novo e diferente acordar.


Há um dia que metemos a mochila às costas,
arrumamos o passado e esquecemos o futuro,
lançamos os dados mesmo sem termos apostas,
e fazemo-nos ao caminho ainda que seja duro.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sabes tão bem o meu eu

O silêncio que te faz o olhar falar,
diz tanto de noite na escuridão,
e faz o sopro de vida em ti gritar,
é por isso que sentes a solidão.


Vamos correr na praia descalços,
ser crianças de novo, ser felizes.
Esquece os prometedores falsos,
que te enganam como tu dizes.


E tu que sabes tão bem o meu eu,
deixa que sinta a tua vida em mim,
deixa que seja para sempre só teu,
que um dia sorria ao chegar o meu fim.


Vamos ver o sol nascer e se deitar,
vamos perder-nos os dois a viver,
encontrar o que sabemos guardar,
vamos sentir, sorrir este doce ser.


Não é uma ilusão fugaz, este sentir,
que faz um sonho ser tão único e real.
É tão somente, uma vontade de sorrir,
ao abrir uma face de sorriso tão igual.


E tu que sabes tão bem o meu eu,
deixa que sinta a tua vida em mim,
deixa que seja para sempre só teu,
que um dia sorria ao chegar o meu fim.


Vem guia-me com a tua aura radiante,
leva-me ao vale da felicidade ver a lua,
mostra-me o teu ser doce e brilhante,
faz da minha vida toda e somente tua.


Anda, vamos mergulhar neste oceano bonito,
dá-me um beijo salgado, dá-me o teu doce olhar.
Leva-me, faz-me acreditar, voar até ao infinito,
ensina-me de novo simplesmente a amar.


E tu que sabes tão bem o meu eu,
deixa que sinta a tua vida em mim,
deixa que seja para sempre só teu,
que um dia sorria ao chegar o meu fim.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sentimento...

O tempo que passa e se mistura,
no peso das palavras do que se diz,
e o teu olhar, verdade doce e pura,
que fala em silêncio quando sorris.


São momentos que não esqueces,
não esqueço. Serão nossos e eternos.
É a felicidade que tanto mereces,
e gestos de amor sempre tão ternos.


És a estrela guia que me ilumina a vida,
o ar, água, sal e loucura que preciso.
É paz e querer, só tu sabes ser querida,
e o ressuscitar de novo do meu sorriso.


Será o horizonte mais breve que imagino?
Ou apenas uma miragem neste deserto?
Será que volto a ser de novo pequenino?
Não sei... mas é único ter-te por perto.


Um rio que se inunda no inverno,
e se enche de calmia no verão.
Um sofrimento maior que o inferno,
uma calma que me trazes ao coração.


Uma flor delicada com tanta indecisão,
num jardim de imensas ervas daninhas,
mas ouve a tua alma e o teu coração,
eentão saberás porque ainda caminhas.


E no silêncio dos nossos olhares digo,
em surdina o que sinto e chamo-te.
Sabes que sou o teu melhor amigo,
e que na nossa verdade eu AMO-TE.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Hipnose do bem querer..

Poderia não ser mais que um sonho,
ou ilusão que eternamente me guia,
poderia até trazer um frio medonho,
mas traria uma luz sempre que sorria.


Embarco na hipnose tão doce do querer ,
guiado na noite por estrelas brilhantes,
e faço do sonho a vida e do sonhar o ser,
do nada tudo e do futuro o sorriso do antes.


Não te vejo, não te sinto, só te ouço ao longe,
imagino aqui a felicidade que te é querida,
serei para sempre neste refúgio um monge,
a idolatrar-te neste teu altar que é a vida.


Pelas tuas palavras, entregas-me a tua alma,
eu aceito porque te quero e de ti vou cuidar.
Com a tua voz trazes-me de novo uma calma,
que sinto apenas e tão somente por te amar.

Para Ti Priminha. Parabéns

Hoje é o teu dia, sim até ao nascer foste especial.
Escolheste o dia da criança, como dia para nascer,
poderia ter sido num dia simples, normal e banal,
mas tu és única e este foi o dia que foste escolher.


Não sei quantos anos são, mas serão muitos mais,
pela tua coragem diria que fazes alguns milhares,
pela tua força e verdade seriam talvez ainda mais,
mas julgo ser só um pela forma de nos amares.


Forma doce e preocupada que te torna parte de nós,
Como se fosses alguém sem problemas, és amor.
Afugentas toda a mágoa com a força da tua voz,
acalmas a saudade com um abraço delicado de flor.


Hoje é dia da criança, é assim o teu dia, diferente,
e em ti vive essa criança linda que quero felicitar,
viverá uma Deusa única, adorada eternamente,
com a força de um vulcão e a verdade do amar.


Parabéns priminha... :)

domingo, 23 de maio de 2010

Vida...

Chama por mim no teu silêncio ensurdecedor,
diz com os teus olhos o que grita o teu coração,
vive em fuga, escondida de um verdadeiro amor,
vive a escravatura de uma vida sem emoção.


Chama pelo sonho que nos faz sorrir,
e virá de novo com todo o seu esplendor,
só tu sabes que ele nunca irá partir,
só tu sabes como é um verdadeiro amor.


Chama pelos Deuses e astros que conjugam a vida,
segue o caminho que sabes tão bem ser felicidade,
eu vou reencontrar-te em cada regresso ou ida,
porque é única e só nossa esta pura cumplicidade.


Sento-me na estrada para o infinito do horizonte,
espero por ti e por toda uma eternidade prometida,
exausto mas não desisto e subo esse enorem monte,
mais vale morrer a lutar que existir sem ter vida.


Chama-me vida, chama-me tesouro,
diz de novo o que calas por ser verdade,
para mim és ar, água, sol, fogo e ouro,
para mim és do que é feita a felicidade.


Nas ondas do mar revolto que é a minha existência,
espuma o querer quando bate nas rochas da solidão,
é um viver em sobressalto e uma luta em permanência,
é um querer que sabes, sentes e também trazes no coração.


Posso até ficar mudo, cego, surdo, imóvel e insensivél,
posso nunca mais ser ser, ser vida, sorriso ou sentir,
pode o desejo, o querer e o amar não masi ser possível,
mas a minha alma é tua e será feliz se te vir a sorrir.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A hora marcada...

No Tic Tac regular dos ponteiros do meu relógio,
que marcam o tempo em cadência demorada,
passam réstias de memórias tão marcantes,
passam tudo e tanto que agora vale nada.


Sabes, está a chegar a hora
de limpar as lágrimas e partir,
porque o destino já não demora
e eu quero fazê-lo a sorrir.


Nestes últimos dolorosos e demorados segundos,
choro sofridamente não apenas o que aconteceu.
Choro sobretudo os sonhos maior que mundos,
os sentimentos do que não se fez e se prometeu.


Indico à alma o caminho que deve seguir,
ainda que saiba que é difícil de o percorrer.
Quero a companhia da determinação e sorrir,
mas faltaram ao encontro e sinto-me a morrer.


Sabes está a chegar a hora,
de limpar as lágrimas e partir,
porque o destino já não demora,
e eu quero fazê-lo a sorrir.


Fica no chão a bagagem carregada de promessas,
deixo espalhados sonhos e planos de um viver.
Deixo para trás palavras sinceras sempre expressas,
em sentimentos puros de ser feliz e poder te ter.


Rasgaste acordos e todos os contratos de verdade,
mataste o que dizias ser só nosso, doce e eterno,
quebraste o prometido e assassinaste a cumplicidade,
trocaste o céu pelo que sabes e dizes ser o inferno.


Sabes está a chegar a hora,
de limpar as lágrimas e partir,
porque o destino já não demora,
e eu quero fazê-lo a sorrir.


É da janela fechada deste avião,
a última imagem que levo comigo,
que me fere de morte o coração
porque um dia quis ficar contigo.


Sabes chegou finalmente a hora
de limpar a alma do sentir e partir
o destino não importa se demora,
e eu jamais vou fazê-lo a sorrir.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Naufragar...

Todos os dias navego num mar sem maré,
todos os dias sem um único deixar falhar,
sem embarcação, quase sem força, sem fé,
em todos os dias sinto este marago naufragar.


Todos os dias esta torrente me inunda a alma,
explode pelo olhar em força deixa-me a soluçar,
rebenta a poesia do silêncio, implode a calma,
todos os dias começam insistentemente a chorar.


Pudesse ser eu uma ave ao invés de naufragar,
que voasse livre riscando o céu até ao infinito,
levar-te-ia um sorriso e um abraço ao chegar,
secaria os olhos ao vento por tudo que acredito.


E dizia-te tudo o que sabes ser verdade,
porque ninguém o sentirá mais que eu,
mostrava como é sentir tal cumplicidade,
de seres minha e ser só e apenas teu.


Todas as noites ao fechar da porta cai
a mascára a que a sociedade me obriga
Levanta-se o silêncio e a solidão nunca sai,
aperta-se o olhar, aperta o peito e a barriga.


E tento sem sucesso levantar vôo da saudade,
mas as asas do desejo não chegam para sorrir,
e fico solitário escondido de toda a humanidade,
a lembrar que te vi nesta mesma lágrima a partir.


Se calhar não disseo quanto significas para mim,
ou talvez nunca com força suficiente para te mudar,
Se o fiz fui o maior louco e por isso tive este fim,
porque nada nem ninguém mais que eu te irá amar.

sábado, 1 de maio de 2010

Estranha forma de vida

Pelo escorrer de uma lágrima fria,
sabes que o corpo já não tem dor,
que já não há nada que te sorria,
e que nem o fogo te faz sentir calor.


Falas em silêncio de olhos fechados
com amigos imaginários que fantasias.
Desabafas entre soluços amargurados
os desejos, sonhos, sortes e melodias.


E fazes do teu saber o sentir que nãos tens,
prometes a ti vontades que sabes não ter,
dizes querer ir quando sabes que nunca vens,
queres sorrir mas não sabes deixar de sofrer.


Talvez um sorriso preso numa vontade
te embale num sonho que tarda acontecer,
que misture a diferença com cumplicidade,
e possas enfim no teu sonho poder adormecer.


Mas na ressaca de um passado que se repete
perdes o comboio na viagem do teu ser feliz,
e a cada inspiro que um sorriso te promete ,
fantasias o teu futuro mundo enquanto sorris.


Mas efémero dura tão pouco o estado de levitação
nesta magia ilusória que é a tua estranha vida.
E cais de novo ao chão frio onde te pára o coração,
sentes de novo tão profunda e tua enorme ferida.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Moranguinho Rosa

A melodia da tua voz doce e terna ,
condiz tanto com o sabor do teu ser,
uma loucura que poderia ser eterna,
uma amizade cúmplice que vou querer.

És rosa sonho doce, em cor de tesouro,
és pureza e coragem em tons de rosa,
és um ser que vale muito mais que ouro,
és poesia que rima até em simples prosa.

E sem saber, quem sabe sem querer,
no meio de uma lágrima te encontrei,
envolta em sorrisos de entardecer
que por jamais alguma vez esquecerei.

E como tu quero ser, quero aprender a ser feliz,
quero ser doçura na amargura magoada da vida.
Quero ser um motivo quando te oiço e sorris,
quero que saibas que para mim és muito querida.

Pode ser tarde, cedo nesta noite madrugadora,
pode ser agora o eternamente que te quero dar.
Mas vejo em ti uma doce mulher muito lutadora,
vejo em ti uma amiga que em mim quero cultivar.

Rosa és tu na tua beleza singela e pureza de cor,
nos teus sonhos, na tua amizade e fazer sorrir,
acredito que sejas Rosa a fazer sentir amor,
acredita és Rosa quando me ajudas a dormir...
Podes até ser fruto da imaginação e carinho,
ser vontade de existir tamanha amizade.
Se fruto Rosa fosses, eras por certo um moranguinho,
Mas és mulher, és única e sinto tanto que és verdade.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Medo de Viver



A vida bateu-me à porta,
espretei a medo pela janela,
e por ser eternamente torta,
tenho tanto medo de vivê-la.


Não abri, não a deixei entrar,
com medo de doer na solidão,
com receio de me magoar,
e que fosse essa a sua missão.


É um mundo estranho para mim,
com sentimentos que julguei não ter.
e ainda que isto possa ser o fim,
é triste e dilacerante o quanto faz doer.


A verdade é que tenho medo de viver,
tornei-me assim por mágoas dolorosas.
A vida cobre o sol sempre ao entardecer,
longe vão sorrisos e memórias saudosas.


Posso até nunca mais respirar, não importa,
jamais secar os olhos, sentir sempre esta dor forte.
Mas se a vida é assim eternamente torta,
então prefiro ir abraçar-te e ser levado pela morte.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Anjo Aprendiz

Quem te ensinou esse triste chorar?
será que também aprendeste a sorrir?
Quem te espera a lacrimejar no regresso,
será quem te viu um dia chorar a partir?

Os rios que correram para o mar,
As águas que não voltam a passar,
são lágrima que nada valem a chorar,
são sorriso de ilusão que não vais esboçar.

Precisas rasgar o passado, viver o presente,
sonhar outro futuro como mereces e queres,
precisas sorrir pelo bom que ainda sentes,
ser apenas tu enquanto por aqui estiveres.

Fazer do teu olhar o teu divino estandarte,
salvar uma vida que juraste sempre proteger,
talvez até mudar tudo ou sómente adaptar-te,
mas sobretudo aprender como é bom viver.

Um sonho é muito mas não é tudo na vida,
um abraço é bastante mas não te dá alimento,
uma palavra pode sem imensamente querida,
mas pode gerar um enorme e pesaroso lamento.

Crê em ti, só tu sentes o que sabes sentir,
Vive por ti e para ti, sabes bem ser feliz,
pelo menos a ti nunca soubeste mentir,
e na tua alma vive um anjo aprendiz.

Ès verdade e pureza, Anjo Aprendiz,
Trazes na alma felicidade e bondade,
o mundo brilha quando tu sorris,
éssa será eternamente a verdade.

Lição


Esqueceram na Vossa pressa
de me tornar homem adulto,
de que a mágoa volta expressa
no sorriso de cada insulto.


Esqueceram de me ensinar,
para que pudesse aguentar,
o que é ser, sentir e só estar,
como me posso a mim amar.


Saltaram etapas na boa vontade,
de me fazer mais humano e real,
mas sou sentimento e sou verdade,
e por isso me magoa tanto o mal.


Não vos recrimino, sou muito mais
ser, muito mais sonho e pureza,
muito mais do que os ditos normais,
e odeio-me mas amo a minha natureza.


Sou o que sou, para uns pobre e mal amado,
talvez para outros rico e quase idolatrado.
Sou eu apenas que vivo respirando sinceridade,
que apenas quis ser feliz e sem qualquer maldade.

domingo, 28 de março de 2010

Domingo de tarde

A voz presa na garganta, os olhos embargados,
a alma sofrida, inquieta, magoada e prisioneira,
os pensamentos tornam-se velhos e usados,
e a memória cansada não responde à primeira.


Imóvel e em silêncio um grito treme de medo,
a luz que já não ilumina torna vazio este espaço,
na companhia da solidão sai um desejo em segredo,
por aquele gesto enorme expresso num abraço.


Caberia ao mundo incauto ajudar nesta hora,
fazer nascer um sorriso de felicidade e alegria,
dar a mão a esta probre alma que tanto chora,
e dar-lhe um só motivo para que ao invés sorria.


É apenas mais uma tarde de domingo,
amanhã será dia e outra noite virá consigo,
talvez um dia voltes a correr sorrindo,
e queiras ser feliz eternamente comigo.

sábado, 27 de março de 2010

Batalha em ti

Vês pela janela o teu campo de batalha,
envolto na neblina húmida da manhã,
esta imagem que te aflige e baralha,
turva-te a alma que queres seja sã.


Começa o fadário de vestir a armadura,
as veste da luta que te magoam a alma,
beber o elixir da juventude que tudo cura,
diz na caixa mas, em a ti nada acalma.


Depois vem a fria dureza do sair,
puxar da espada e subir ao cavalo,
encarar o horizonte e fingir sorrir,
fingir que és forte, duro e com calo.


Dás o grito de guerra e o abismo te espera,
lutas incrédulo pela razão do teu próprio ser,
lutas a pulso sozinho por essa doce quimera,
por ser feliz por um final do teu enorme sofrer.


Ao cair do dia, páras e pensas na tua luta,
dás-te por vencido e entregas-te à loucura,
sonhas que és feliz que alguém te escuta,
vence-te o sono solitário que te amargura.


Talvez esta noite tenhas um doce sonho só teu,
o pesadelo do dia, na noite nem sempre se cala.
Lutas de dia, combates na noite o duro breu,
rasgas a alma para soltar o suspiro que te fala.


Depois vem a dura frieza do acordar,
olhar a solidão que dormiu a teu lado,
a imensidão que se perdeu no teu olhar,
pelo teu corpo dorido e tão cansado.


Dás o grito surdo de guerra para te surpreender,
queres sempre mais, queres ser feliz sem dor,
queres sentir em ti, para ti, um novo dia a nascer,
acreditar que há felicidade, que é bom sentir amor.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Donos do sentir

Com o brilho do teu sorriso
ilumino a noite e a tempestade,
a palavra, o gesto é o que preciso,
para provar a nossa cumplicidade.
E já passaram milénios nestes dias,
enquanto lágrimas lavam as fobias.


A simplicidade de um carinho em ti,
é muito mais singelo que um suspirar.
O teu perfume adoça tudo o que vivi,
e torna maior, melhor o que é amar.
Em cada segundo sinto anos a sofrer,
enquanto a solidão iniste em fazer doer.


Dá-me a mão, sente-me amor
Vamos correr livres no vazio,
Sente este eterno fogo e calor,
que jamais alguém sentiu.


Sejamos apenas donos do sentir,
pintemos em nós as cores do sorrir,
fecha os olhos sente o futuro a nascer,
como só nós sabemos olhar, sentir e ser.


Uma flor, um desejo a doce escrito,
um anel que transformas em aliança,
consegues fazer do feio tão único e bonito,
apenas com o teu maravilhoso ser de criança.
Espero um sinal, um desejo teu que demora,
um sim eterno que páre o mundo nessa hora.


Uma palavra tua, para mim é um desejo,
um gesto é muito mais que ser só teu,
o que vês no teu olhar é o que eu vejo,
o que sentes na tua pele sou apenas eu.
O tempo passa mas não dilui o sonho divinal,
somos verdade e o bem vence sempre o mal.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Será Loucura?


Relaxo nas lágrimas frias da música
Por entre os meus sonhos e medos.
Embalado em ilusões que anseio,
por tantas lutas e perfeitos segredos.


Quase toco o teu íntimo profundo,
ao lembrar o teu sorriso sincero,
nada há mais belo neste mundo
que o teu olhar que sonho e quero.


E falo, insanamente, com a solidão,
enquanto o fogo consome a tua imagem,
sinto, descompassado, o coração,
bater, querer, implorar uma paragem.


Será loucura?
Ou apenas o inferno?
Poderei sonhar e desejar,
que o meu sonho seja eterno?


Porque partir é uma alternativa,
desfaço a mala da ilusão que acalento,
sinto o corpono vazio riscado de dor,
sinto-me sem forças imóvel neste assento.


Um só abraço, seria a minha fantasia.
Um sorriso, uma palavra, um gesto teu.
Isto era tudo o que agora mais queria,
porque nunca morrerá o que um dia nasceu.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Fogo

Perco-me no arder desta lareira gelada
nos estalidos da madeira e no seu cheiro,
vejo ficar em cinzas o que já não era nada,
e sinto-me o último mas sei ser o primeiro.


Enquanto ardes falas comigo nesta loucura,
talvez insanidade ou verdadeira solidão,
ou quem sabe se não será provável cura,
mas a minha dúvida é se será só ilusão.


Lá fora chove parece que o mundo vai acabar,
os Deuses lamentam e choram a tua postura,
e tu sabes quanto é preciso seres tu e mudar,
entretanto nada muda na alma e tudo dura.


Mas esta lareira aquece-me a alma apenas,
o corpo jaz gelado e imóvel caído a seu lado,
e faço das guerras e crises coisas pequenas,
escuto na surdez por vezes o lado errado.


O silêncio, por fim, talvez seja o adormecer.
O fim do fogo em cinzas ardidas esquecidas.
Pela noite tudo voltará de novo ao seu doer,
vagueando na alma por imagens perdidas.


Talvez seja esta a eterna rotina da minha vida,
em voltas circulares que não mudam de sentido,
mas trago sempre em mim esta vontade sentida,
de um dia me sentir um pouco menos perdido.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lutador

Seguro, com força, a réstia de esperança
deste tenebroso, escuro abismo me salvar.
Choro sózinho como amedontrada criança,
anseio uma mão que me consiga amparar.


Chamo abrigo a este fino galho que me segura,
e pelo meio das lágrimas frias nascem planos,
e sorrio, também mereço, enquanto tudo dura,
mas quebram-me o galho maldoso humanos.


E de novo caio gritando aflito por um socorro,
nada me ouve mas pelo menos desabafo a dor,
e se não doer pergunto porque não morrro,
porque é sempre negro o que outros vêm a cor.


Vem mais um galho, uma pedra, um abrigo,
uma voz que ajuda, um abraço, uma mão,
vem mais uma vez que penso ser um amigo,
e que me trará por fim a eterna salvação.


E tudo recomeça, como se a mágoa fosse circular,
ou como se o imenso abismo nunca tivesse um fim,
Quando penso que terminou, volta tudo a começar,
como que se não houvesse um perdão para mim.


Talvez seja isto viver, e então lutarei eternamente,
com todas as forças e armas que a vida me der,
lutarei sózinho por de todos eu sentir diferente,
lutarei por um sonho, um ideal por quem quiser.


Venham todos os males do mundo em conjunto,
libertem demónios que existirem que eu lutarei,
as forças que tenho jamais me deixaram defunto,
sou rebelde lutador com ideais e assim viverei.

Este enorme amar

No baloiço constante da vida,
cruzamos desejos a cada volta.
Desejamos a melodia querida,
que os sonhos deixam à solta.


E voamos com asas de papel,
em direcção ao sol nascente,
desenhamos sonhos a pincel,
que nascem pelo terno poente.


Falas e prometes o mundo ,
deixa-lo no teu corpo escrito,
entramos em êxtase profundo,
vemos tudo muito mais bonito.


Quisera eu contar o nosso segredo,
sussurando a toda a humanidade,
mas temo muito o teu colossal medo,
esse teu enorme pudor da profanidade.


E sigo-te, meu caminho por entre ilusões,
talvez sejam apenas sonhos para realizar.
E se existe um sentimento que une corações,
não poderá ser diferente deste enorme amar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vem...

De velas em riste sobe o negro da rua,
qual marcha fúnebre em campo de flores.
Pelos nevoeiros de uma alma que é tua,
nascem sonhos que acalmam tantas dores.


E vem uma forte maré, turbulenta e agitada,
derrotando árvores e doces desejos milenares,
como que a mostrar que tudo não vale nada,
ignora-a sempre que te permitirem sonhares.


O Mundo é injusto e a vida é muito cruel,
faz dos olhos cairem muitas lágrimas de dor,
mas acredita que um dia tudo te saberá a mel,
quando ao pôr-do-sol se afirmar de vez esse amor.


Vem em brandos sobressaltos de emoção,
abraça-me, acalma tudo o que estou a sentir.
Vem fazer sorrir, como tu sabes, o meu coração,
e viver a vida toda com um simples e terno sorrir.

È...

Porque me lês?
Vens na ânsia de saber que é verdade,
quando sabes que o é com simplicidade?


Porque vens aqui?
Vens para saber que é único e doce, maravilhoso,
ou apenas para passear esse teu ar presunçoso?


O que procuras neste canto?
Vens ver se ainda existe fecidade, amor e sorrir,
que tentas desesperadamente ignorar e destruir?


Sim existe, sim é único e só nosso, sim é verdade.
È sentimento que multiplicado mudaria a humanidade.
Ante-ontem... Se aconteceu, se o mundo parou, se ouvi e senti?
Sim... E mais te digo disse-me coisas que dúvido tenha dito para ti.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Enquanto espero a tua voz

Quis um dia poder voar,
ser talvez um ser diferente,
ter asas de sentir e amar,
e desaparecer ao poente.


Quis um dia poder sonhar,
dormindo calmo e sossegado,
pintar escrevendo um amar,
e um viver doce encantado.


Quis para sempre ser teu e tu minha,
fazer de ti a minha terna eterna Rainha.
Sei que o és, que o sou e que é enorme,
e quem não o aceitar que se conforme.


Quis um dia poder ser noite de luar,
no escuro um guia para te iluminar,
se cor do teu afável olhar sorrindo,
protector do teu doce sonho dormindo.


Quis um dia que eu e tu fossemos um só,
consegui e sorrio porque fizémos este nó,
que jamais se desatará porque é verdade,
é eterno, único, Nosso em cumplicidade.


Um eterno amor assim nunca existiu,
Sentimento igual nunca ninguém viu,
Uma emoção que pára o mundo para nós,
que escrevo enquanto espero a tua voz.

Quatro estações

A espuma das ondas de Inverno,
que desfaz o gelo quase eterno,
emana perfume que cala o inferno,
de um qualquer pesadelo moderno.


Na cor das flores da Primavera,
afirma-se sonho de vida sincera,
sendo mais do que talvez quisera,
um beijo qual realizável quimera.


Assim se faz calor e sorriso de Verão,
que seca lágrimas e faz sorrir o coração,
entre abraços e momentos de emoção,
surge silenciosamente uma boa sensação.


Inventa um novo cair da folha no Outono,
dá-se como se pudesse ser seu e seu dono,
deixa-se embalar, embalando neste sono,
que é viver sorrindo, ser rainha sem trono.


Misturas e reinventas as quatro estações,
juntas pedaçõs partidos unindo corações,
meu e teu plenos de verdadeiras emoções,
eternamente sem mentiras ou imposições.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Doce verdadeira cumplicidade


Mais um dia duro entre as papeladas do costume,
arrasado pelo passado, reconstruído pelo presente,
decorado pela esperança do futuro e o seu perfume,
que me faz ter na alma este fogo tão doce e quente.
As horas passam deixando os minutos parados no ar,
presos a momentos ausentes tão presentes em nós,
em palavras que pintas tecnológicamente sinto amar,
mesmo sem te ver, sentir, sem sequer ouvir a tua voz.

E poderá até ser da força que me dás sem saberes,
ou da exigência do presente que me torna mais forte,
do amor que me fazes sentir por o tanto quereres,
afastas de mim aquele sabor a fim de mundo... a morte.

Só nós sabemos como se pára o mundo nos nossos momentos,
só nós podemos silenciar todo e qualquer ruído num abraço,
um beijo teu é por fim o princípio de todos os sentimentos,
que cala esta dor, mata esta saudade e acalma o meu cansaço.

És magia pura que talvez sem saber
me faz sentir uma imensa felicidade,
és calma nas feridas que fazem doer,
és uma doce verdadeira cumplicidade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Doce saber a ti

Um sorriso... Sincero, doce e puro,
daqueles que só existem em criança.
Foi o que precisei para saltar o muro
e acalentar a minha frágil esperança.


Um sorriso, que sabes ser só teu,
que faz parar este temporal imenso,
em troca apenas de um sorriso meu,
que torna o amor um sentimento intenso.


É bom sonhar em cada palavra tua,
dita num vazio que mata a solidão.
A tua voz perdida na tua, minha rua,
que une, enfim, o teu e o meu coração.


E palavras não necessitas mais que uma,
tu sabes, num sonho, como parar o mundo,
usando apenas o teu olhar que perfuma
a minha alma em milésimos de segundo.


Eu sei, encontrei, por completo, um tesourinho.
E vou guardar-te no meu sonho eternamente.
Sonhando nunca mais me sentirei sozinho,
e tu tens a chave do quarto da paz finalmente.


É tudo um doce saber a ti, que me faz feliz.`
É só apenas um saber ser, estar e amar.
É tudo um doce saber a ti quando sorris.
És tu em verdade que me sabes fazer voar.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Noite Vazia

Ao vaguear pela noite vazia,
encontras sinceros sorrisos ,
gente que tão bem te queria,
pessoas e verdadeiros amigos.


Mas ainda assim sentes frio,
muitas dúvidas que te resistem,
sentes-te no fundo de um rio,
em correntes que não existem.


E vais nadando contra a corrente,
vens à tona e tentas respirar,
vais de novo ao fundo demente,
onde dás o melhor de ti ao lutar.


E segues assim as tuas batalhas,
querendo muito o fim da guerra,
quanto mais lutas mais te baralhas,
e nunca mais sentes abrigo em terra.


Um dia, ao pôr-do-sol, irás calmamente sorrir,
deste o máximo de ti, ainda que pouco fosse,
e nessa noite doce que anseiaspoder dormir,
vais ver que o mundo se tornará muito mais doce.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Adormecer...

Adormeço em silêncio ao som da chuva,
a rua como os meus olhos está inundada.
É sempre neste canto que todas as noites,
que tento sentir e manter a alma ocupada.


É de todos o pior momento para mim,
aquele de onde queria partir sem voltar,
e grito em silêncio por um princípio de fim,
tento sentir-me sem sentidos no ar a pairar.


E penso, sinto em tudo, passado, presente e futuro,
sinto calor, frio, risos, lágrimas dores, doces sabores,
lembro momentos lindos e um passado árduo e duro,
sinto saudades, mágoas e doces colossais amores.


No fim a uma conclusão, mesmo antes de adormecer,
o amor, esse sentimento afinal tão doce, tem um irmão,
o ódio, execrável presença do inferno sempre a moer,
que tanta gente me dá como companhia da solidão.


Mas luto, todos os dias e todas as noites sem cessar,
por um amanhecer num fim do mundo à beira mar.
Contigo, em silêncio, onde tudo pára e é tão bom amar.
E vivo eternamente, na ilusão de uma vida a sonhar.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Objectos de amor

Tu que prendes e soltas as horas,
as deixas a pairar, voando no tempo,
salvas o sonho em todas as demoras,
fazes-me acreditar com o maior alento.


Tu que iluminas a solidão escura em mim,
numa luz esférica e desajeitadamente bela.
Me levas em transe onde nunca há fim,
e me fazes sonhar eternamente por ela.


Tu que ilustras este nosso sonho imenso,
pintas a preto e branco como para os ocultar,
a cor doce e meiga de sabor tão intenso
que têm os nossos olhares quando existe amar.


E todas vós por onde o tempo sempre parou,
onde a noite se torna dia e o amor é um momento,
onde eu e tu nos tornamos nós e o resto voou
para sempre sem deixar sequer um leve lamento.


E até mesmo vocês que trazem um sonho em tinta,
em papel terno como se a vida pudesse ser traduzida,
e onde as palavras e frases de tudo que o meu sonho sinta
mostram como amar-me é querer ser todos os dias vida.


Todos vós e outros tantos mais que me trazem a sorrir,
mostram como é enorme e único tudo o que queremos ter.
Mostram que te amo, que me amas e como é bom sentir
este amor que teremos para além da hora de morrer.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Once ina a lifetime...

Perdi-me no teu olhar uma noite,
contruí um sonho, meu, nesse sorriso.
Em uma só noite disse-te, sem te falar,
mas diria muito mais se fosse preciso.


Uma só noite, quase sem te falar,
e ficaste na minha cabeça marcada.
E sempre que trocavas comigo o olhar,
a minha alma ficava inerte e parada.


Tu dançavas e com o sorriso falámos tanto,
com o olhar dissemos o passado e presente,
cheguei a confundir a música com o teu canto
mas não tive coragem de te falar, timidamente.


Talvez não te volte a ver, a trocar o olhar contigo.
Talvez não mais os nossos sorrisos sejam cumplices.
Talvez não saibas quem sou, nem seja teu amigo,
Talvez nem sequer leias estas frases e tolices.


Mas fico com a tua imagem comigo,
um doce sorriso e um olhar brilhante.
Como queria ser pelo menos teu amigo,
como queria sentir esse teu ser fascinante.

Desejo...

Hoje quero escrever...
Quero pintar com as letras do destino, o texto que, por certo, não rimará.
Quero deixar os dedos livres, nesta folha de papel futurista.
Para que sejam as ferramentas de jardineiro que neste jardim podam
as palavras tornando-as flores e esta flor num lindo Jardim renascentista.


Hoje quero sonhar...
Quero sonhar, contigo, comigo, com tudo neste branco de fundo.
Quero sorrir sozinho, aqui no meu canto de silêncio, e deixar-me levar.
Ouvir o palpitar que trago no meu peito maior que o imenso mundo,
e sentir nos olhos as palavras que teimam não pairar no ar.


Hoje queria tão somente ter-te aqui...
Queria ter um abraço doce daqueles que fazem parar o universo.
Ver esse olhar tão profundo que que lhe chego, apenas com a alma.
Sentir o calor ao teu redór que crias com um sorriso em verso,
e dormir a teu lado confundindo a felicidade com a calma.


Hoje queria apenas... Ser feliz
Correr, voar, sorrir e sonhar com um dia de sol brilhante e quente.
Queria ser um, contigo, e planear o futuro com um sorriso nos lábios,
queria ser Rei, Imperador, Anjo... Eu sei lá... Queria ser feliz somente.
Mas guardo toda esta vontade, em desejo e saber como fazem os sábios.


Um dia... Vou pintar com letras.
Fazer o texto mais bonito que alguma vez foi escrito,
cantá-lo só para ti numa noite de luar perfumada.
Nesse dia o Universo tornar-se-á muito mais bonito,
e tu sentir-te-ás muito mais querida, desejada e amada.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Um dia...

Um dia o Sol da primavera virá,
e com todo o explendor e calor,
aquecendo-te a alma te dará,
a força de viveres um amor.


Um dia irás acordar e olharás o céu,
ganharás a força que te falta na alma,
sairás da mentira que ocultas nesse véu,
e sentirás uma imensa e doce calma.


Um dia vais deixar de te mentir,
vais deixar de viver em divisão,
vais saber como é tão bom sorrir,
e sentir felicidade no teu coração.


Um dia, no meio de girassóis, sentirás a liberdade
que teremos quando, por entre eles, a correr,
vais sentir como é bom apenas ser verdade,
e isso será tão somente um outro renascer.


Como queria que esse dia fosse hoje, agora...
Como queria que da tua chamada se fizesse cor...
Como queria ouvir a felicidade que tanto demora...
Como queria finalmente viver todo este enorme amor...

domingo, 31 de janeiro de 2010

O céu é de certeza para cima


Talvez fosse do frio branco que cobria a terra acidentada,
ou do vento cortante que tornava tudo liso e tão belo,
de ter em vocês aquela companhia onde nunca falta nada,
ou até mesmodo brilho tão doce no entardecer do teu cabelo.


Talvez fosse só um sonho, que a loucura da saudade faz delirar,
ou a realidade de momentos felizes trazidos pela vontade de viver,
de querer viver, voltar a sorrir sem querer e sem sequer pensar,
ou até mesmo de tudo ser perfeito sem esperar e deixar acontecer.


Talvez fosses tu, ou vocês, ou quem sabe eu,
Talvez fosse o sorriso, ou apenas o momento,
Talvez tivesse sido uma visão do que é o céu,
Concerteza que tudo foi e será sempre sentimento.



Obrigado :) a vocês :)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Agonia

Vem... podes vir agora mesmo, eu prometo, posso ir,
seduz-me lentamente e envolve-me no teu manto.
Estou á espera de ser obra tua e enfim poder sorrir,
nesse teu mistério frio e sombrio, de eterno encanto.


Vem, porque demoras? Se não doer será só um segundo.
Anda que te quero e só tu sabes como esse mistério fascina,
despacha-te e devolve-me a esse sono escuro e tão profundo,
onde a calma é eterna e a saudade é uma cruel assassina.


Tens todo o tempo do mundo, desde que venhas hoje ainda.
Vou vestir, prometo, o meu melhor fato, só para te acompanhar.
Anda, vá depressa sabes bem que nunca foste tão bem vinda.
Vem dá-me toda a tua calma e um sono onde nunca falta o ar.


Vem...imploro.
Depressa... eu choro...