domingo, 9 de dezembro de 2012

Quimera


No ar fica o pó de um futuro que passou,
aquele que sonhei, ou era real, não percebi,
entranha os póros do sorriso que se matou,
fingindo tapar o sol que lá fora se ocultou.
 
E esta alergia crónica, a cada espirro do olhar,
carrega a verdade que naufraga todo os dias,
e não me deixa ver, lá fora, o silencioso luar,
aquele que um dia ouviu o que tu prometias.
 
Em cada manhã, um acordar, uma nova esprança.
Um querer imortal, ressuscitado à base de sorrisos,
uma vida nova como se voltasse a ser criança,
com milhares de ilusões e querer tão imprecisos.
 
Mas a tarde, vem, sempre cansada, consumindo,
cada réstia de energia que em cada soriso se gera,
e de dia para dia, sinto que a vida se vai sumindo,
e que o meu querer, o meu sonho, é uma quimera.






quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Medo


 
 
 
 
 
 
 







Abri, cedo as janelas da minha alma,
Baixei dos sonhos que me protegem no escuro,
Cansado de acordar sempre no mesmo lugar,
Dúvido que estar vivo possa ser assim tão duro.
 
Estranha forma de sentir, este não sei o quê,
Fugazes sensações de segurança, puras ilusões,
Guardas nocturnos que me abandonam ao amanhecer,
Hoje, ontem, amanhã sempre sem explicações...
 
Invento, em mim, razões para ter este sentimento,
Julgo até saber, mas guardo-o para mim em segredo
Lá, onde nem os anjos chegam resides tu, só tu,
MEDO... Puro, fragilizante e doloroso MEDO.
 
Nunca antes, tinha ouvido falar de algo assim,
Oposto ao que sempre tinha sentido até aqui chegar,
Poderei algum dia voltar atrás, a um futuro passado,
Quando era sorriso, felicidade em cada longo abraçar.
 
Rio-me de mim, pobre coitado, insano que sou,
Será saudade, será apenas uma vontade indomável,
Talvez seja verdade, ou mentira, ou invenção,
Uma estranha forma de ser, uma nódoa não lavável.
 
Vivo assim, rezando aceitar o que sinto ou sentir diferente,
Xenofobia deste sentimento estrangeiro que me ataca cedo,
Zonzo sinto cada segundo do dia passar, afrontando por ti,
MEDO.... Puro, fragilizante e doloroso MEDO.

Serás Sempre Sonho


Serenamente... Sigo sonhando, solitário.
Saúdo-te... Sucessivamente.. secrectamente .
Saboreio... Sorrisos sinceros, seres santificados.
Sacrifíco... Segundos sagrados, sussurando silenciosamente.
Sacralizo... Semblantes, sonhando-os, sabendo-os sem sentir.
Sorrio... Sem sagacidade, saboreando sonhos sonhados.
Salvo-me... sacralizando, suaves sentimentos sentidos... segredados.
Salgados sabores, saiem-me, salivando sentindos, sorridos, sofridos, sabem serenar-me.
Sinceramente, sei-te sonho, sorrindo sincera, sorrisos safados.
Sorrindo... Sigo, sem saber sequer, se será saudade.
Sonhando-te... sorrio...sempre silenciosamente... sabendo-te... Sonho sempre serás.


sábado, 1 de dezembro de 2012

Quero que sejas feliz


Ontem, cairam duas ou três, talvez mais,
lágrimas tímidas e confusas deste olhar,
doces sentimentos, saudade e felicidade,
um misto de sentimentos fundamentais,
um sonho, que vivo, um doce puro amar,
um querer-te feliz que é pura verdade.
 
Fecho os olhos, e sinto na ponta dos dedos,
longe, mas tão perto que te sinto o calor,
a suavidade da tua pele, a doçura do teu ser,
a voz doce que me acalma todos os medos,
a tua amizade que para mim é puro amor,
que calado, de longe, vou para sempre viver.