domingo, 21 de outubro de 2012

Conforto de realizar um sonho

Talvez não tenha habilidade suficiente,
para desenhar com letras as emoções,
tudo aquilo que nos explode na mente
sai pelos olhos não cabe nos corações.
 
Um singelo gesto, um sim, um fugaz sorriso,
um simples realizar de um sonho tão pequeno,
coisas tão nada na nossa vida que nos é preciso,
aprender que nada em nós tem de ser veneno.
 
Um dia consegui realizar um sonho, a uma criança,
não precisei de muito, apenas dei um pouco de mim,
mas esse nada, para ela era tanto, era uma esperança,
que a sua vida invertesse e não tivesse de ter fim.
 
Chorei, sim os homens, na verdade, também choram,
e sem acreditar pedi tanto aos céus uma oportunidade,
fiz promessas sem querer saber sequer como se cobram,
dei de mim, para ele, para que pudesse sentir a felicidade.
 
Foi bom demais sentir o doce e delicado perfume do seu sorriso,
o sabor daquele abraço embrulhado num olhar em lágrimas lavado.
Hoje sou eu que peço um gesto, uma palavra, um nada que preciso,
para me reconfortar, acalmar, e poder dormir uma noite descansado
 
 
 
 
 
A Terra dos Sonhos é uma Organização de Solidariedade Portuguesa, sem fins lucrativos, fundada no dia 1 de Junho de 2007, Dia Mundial da Criança. Em termos jurídicos, a Associação Terra dos Sonhos é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sob a forma de Associação de Solidariedade Social com fim de acção social.
A principal actividade da Terra dos Sonhos consiste na realização dos sonhos de crianças e jovens diagnosticados com doenças crónicas e/ou em estado avançado de doença, crianças e jovens carenciadas e idosos, como forma de transmitir uma mensagem de esperança na possibilidade de realização dos seus objectivos mais inspiradores, independentemente de circunstâncias, condicionamentos e limitações. A superação da impossibilidade através da criação da possibilidade é o resultado final pretendido.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Insónia

Deserto, um verdadeiro deserto,
sem vida, só uma visão lunar,
onde nada parece ficar perto,
onde sonho um dia ver o mar.
 
Perco-me no cheiro de um sorriso,
alucino o doce sabor de um abraço,
dormir é apenas tudo o que preciso,
dar um funeral a este imenso cansaço.
 
Na orla da memório uma só imagem,
um gesto fugaz perpetuado no infinito,
querer efémero de prestar vassalagem,
um sonhar que o mundo é lugar bonito.
 
Confesso, de joelhos prostrado no chão,
tiraram-me o sorriso, ser feliz e o viver,
tudo nunca passou de uma triste ilusão,
queria tudo menos o que está a acontecer.
 
Vivo na insónia ou em pesadelos atrozes,
a tormenta é tanta que me chego a habituar,
tenho em mim os fantasmas mais ferozes,
trago no peito algo que insiste em me rasgar.
 
Misturo-me nas cores do fumo que expiro,
em cigarros chorosos que se prendem a mim.
Bastava uma palavra ou então um só tiro,
algo que me levasse a um qualquer fim.


domingo, 14 de outubro de 2012

Mereces demais ser feliz

Sabes olhando para trás, os meus lábios sorriem,
inundado e perdido, o meu olhar ainda enternece,
sonhos perdidos apenas para que as almas aliviem,
o amor não morre e alguém como tu não se esquece.
 
È um sabor agri-doce, que passa-me pelo pensamento,
uma lagrima de felicidade e dor que atravessa o olhar,
um suspiro de incerteza e bem querer, um sentimento,
um bem querer, de amigo sincero, um singelo amar.
 
Sabes, na verdade, é uma ternura e felicidade que sinto,
quero muito que tenhas a felicidade que te é merecida,
queria ser eu, sim é a mais pura verdade, não te minto,
porque és a pessoa mais fantástica que tive na minha vida.
 
Mas hoje, sei o que sou e como serei eternamente,
Quero ser o teu melhor amigo em cada segundo,
alguém que confies e que te dê felicidade ternamente,
alguém que faça parte desse teu maravilhoso mundo.
 
O meu desejo é que Ele te faça sentir Deusa neste mundo,
que te sintas sempre amada, desejada, querida e protegida,
que te dê um amor eterno, doce, cumplice e profundo,
e que seja para ti o Homem e a Felicidade de toda a vida.
 
Tu mereces demais ser feliz!!!!
 
Para ti Arco-íris...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Infinita Saudade

O tempo escorre pelas paredes do corpo,
gota que não resiste à força da gravidade,
e o fatídico momento que tornou tudo torto,
parece ser ontem mas dói porque é eternidade.
 
Dos teus lábios, sábios,vinha a pergunta açucarada,
"Quem tem um menino lindo?", sorrindo no olhar,
"È o avô!" gritava como o mundo fosse quase nada,
olhava-te feliz pela verdade que de estava a afirmar.
 
Eu era teu, tu meu, eramos o mundo, o tudo e o nada,
luz no escuro, porto de abrigo, resguardo, estrela guia,
uma doce querida possessividade por nós aceitada,
eramos um ano por inteiro em apenas um só dia.
 
Cada Carnaval, cada passeio ou queima das fitas,
era uma felicidade enorme ver-te feliz a viver.
Ouvir o teu passado, essas imensas horas aflitas,
que contavas sorrindo, porque soubeste sofrer.
 
È tão enorme, imensa e colossal esta tua falta,
avassala-me a alma inquieta por tanta maldade,
esta infinita dor grita sempre de forma mais alta,
por te querer tanto torna-se infinita esta saudade.

domingo, 7 de outubro de 2012

Alma em combate

O vento corta a alma quase morta,
o mar, em vagas cruéis, dilacera,
parte a pedra basilar que nos exorta,
o sol, essem tornou-se uma quimera.
 
A espada que corta o fumo do pensamento,
fina e aguçada, fere com as suas garras,
um corpo exausto em enorme sofrimento,
preso ao inferno por inquebráveis amarras.
 
No chão, imóvel, morre a utopia de um sonho,
soltam-se mordazes fantasmas maquiavélicos,
arrepia-se o pesadelo mais funesto e medonho,
ensaiam-se novas estratégias e recursos bélicos.
 
A luz, essa já se apagou, qual fraca chama extinta,
invocam-se deuses maliciosos do ódio e da guerra,
e certos de irmos perder tudo o que de bom se sinta,
jamais quereremos viver com gente assim nesta terra.
 
Eu, pobre soldado raso, numa guerra desconhecida,
choro por dentro enquanto ataco o inimigo aparente,
suplico silencioso que por sorte, um azar leve a vida,
e que a mágoa, dor e sofrimento partam no sol poente.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Bola de Sabão

São de espinhos as palavras que se sopram,
lufadas de nada tão vazio como o sentimento,
bolas de sabão, por fora lindas que encantam,
por dentro muito vazias sem qualquer alento.
 
Ondas de choque pelo rebentamento inesperado,
que chegam em vagas destruindo tudo à passagem,
não se vê, nem sente é um crime silencioso e calado,
é o quebrar da ponte que ligava o céu a outra margem.
 
Não há anjo neste inferno que mude o destino,
não há sol, luz que ilumine o caminhar solitário,
e se o maior desejo era voltar a ser pequenino,
jamais se consegue rezando infinitamente o rosário.
 
Sabias tu, bola de sabão de ar divinal e superior,
que no teu sopro trazias a vida a este pobre mortal.
no teu brilho, isngelo e frágil trazias um amor,
que fantasiava não ter fim feliz, por não crer haver final.