sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Vida Madrasta

Juro que tento entender e perceber
até tento aceitar e resignar-me,
Mas a cada passo que faço crescer,
foge o chão para assustar-me.

Sonho apenas com um canto de céu,
um sorriso que possa ter sem medo,
um momento sem surpresas, sem véu,
um sabor doce que não acabe em azedo.

Será pedir muito tudo o que desejo,
poderás tu nunca daixar-me sorrir,
porque páras a festa quando festejo,
porque fechas tudo o que quero abrir?

Porque, para mim és tão madrasta,
se para mim me és tão querida?
E se deixasses este corpo que se arrasta?
Porque me magoas tanto... Vida?

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tu



Gostava de saber como é o teu olhar,
o que vês para ti só pode ser bonito
o brilho que tens é verdadeiro sonhar,
és magia que me leva além do infinito.

E se atento no teu sorriso doce e terno,
que confunde a maturidade e ser criança,
que me faz desejar o meu eu ser eterno,
e do meu querer um duradoura esperança.

Na alquimia do teu ser misturas com rígor,
o teu sorriso e olhar nessa unidade emocional,
nesse teu corpo de únido de verdadeiro amor,
és vida, és arco-íris, és um sonho divinal.

A mim, pobre mortal que anseio o teu querer,
resta-me olhar-te sem te poder sequer tocar.
Mas a esperança é sempre a última a morrer,
e vivo da felicidade que dás apenas por te amar.


O Mundo, é apenas o local onde vives.



Poderia haver um amanhecer de luar,
uma ponte sobre este imenso mar,
um rio onde se pudesse caminhar,
poderia o vento agreste me acariciar,
o sol nunca permitir o enregelar,
e um abraço sorrindo em cada amar.

Poderia o céu brilhar ao amanhecer,
nunca haver uma hora de sofrer,
existir um porto para todo o doer,
haver uma praia onde pudesse viver,
um monte nevado para me aquecer,
e uma rua com o nome do meu querer.
uma imagem digna do teu ser.

Poderia a terra inerte ser ser vivo e sentir,
haver um calor humano em cada dormir,
a estrada que parte nunca ser apenas de ir,
o ar ser um doce véu para te cobrir,
cada segundo ser o momento do vir,
e a felicidade ser sempre o teu sorrir.

Poderia este planeta ser isento de dor,
o inverno nevado ser uma fonte de calor,
a vergonha ser apenas o teu leve rubor,
o arco-irís celestial triplicar a sua cor,
a vida ser sempre uma fonte explendor
e o mundo ser um todo em amor.

Poderia haver um sentimento que a tudo dure,
haver sempre um alguém que me procure,
ser o carinho o fármaco que a tudo cure,
a amizade algo único que nunca se descure,
uma lágrima nunca seja algo que nos amargure,
e um abraço a porta aberta que nos aventure.

Que o mundo... esse... seria apenas o local onde vives.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Até que o ar não me alimente...


Navegos nos sonhos dispersos pela alma,
nesta onda umas vezes forte outra calma,
levo a palavra escrita em gestos e afectos,
tão perdidos, gritos silenciosos e inquietos.

Dizes-me, fantasio, com o teu doce olhar,
desejos e vontades que te deixam a sonhar,
com a tua mão escreves, num dialecto só teu,
frases no meu rosto que me levam ao céu.

Desvias o teu olhar tímido e páras o momento,
tens medo de libertar o sorriso e o sentimento.
Mas eu espero, até que o ar já não me alimente,
forte é o querer quando é enorme o que se sente.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Navegando no céu azul



Num raio de sol, arde uma verdade do ser,
a neve derrete por entre as chamas da vida,
não há maior medo que o medo de temer
que uma palavra seja verdadeira e sentida.

Foge-nos dos pés o chão, escondemos o gesto,
o silêncio, dos lábios, fala eloquente sem igual
desvia-se o olhar para que não seja manifesto,
é a timidez que imposta parece normal.

As flores que perfumam o teu imenso jardim,
que trazes no teu olhar quando te vejo sorrir,
fazem, tu sabes e sentes, crescer em mim,
uma vontade imensa, feliz e louca de partir.

O barco atracado, tem céu azul para voar em liberdade
não tem asas, mas tem sonhos que só tu sabes criar,
quando partir cruzará no horizonte o pôr-do-sol sem idade,
e só voltará quando nos deixar de ser permitido amar.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tens o mundo ao contrário

O Sol dissolve-se, numa chuva torrencial,
calmamente no seu grito de raiva silenciosa,
Esconde-se por entre o céu azul como breu,
sorrindo, chora esta dor imensa e perniciosa.

A lua, não é mais que um objecto no teu mar,
voadora nata, ergue-se nas noites de solidão,
deixa os sonhos que nos acordam sobressaltados
e assim lentamente vai dilacerando o coração.

O mar calmo que vai remoendo dores que sente,
são lágrimas dos rios que nele vão nascendo,
e em cada onda que se agigante ele mente,
para que as montanhas não o vejam sofrendo.

As pessoas, esses seres que sobrevivem no mundo,
que se jogam a teus pés implorando o teu sorriso.
a essas ofereces o teu sentimento mais profundo,
prometes sorrindo a ingratidão que é preciso.

Depois foges, correndo em palavras de silêncio,
escondes a tua vergonha e mentira no armário,
mas tudo o que sobe volta a cair porque é lei
e Tu sabes bem, tens o mundo ao contrário.

domingo, 20 de novembro de 2011

Anseio de um Sonho



Escondeu-se o doce sol do teu luar,
perdido na imensa chama extinta,
dissolve-se o brilho do teu olhar,
em silêncios que a alma pinta.

Sofres um medo enorme de ser feliz,
e rasgas as cores dos sentimentos,
baralhas as lágrimas quando sorris,
e já não sonhas nem por momentos.

Espero-te no cais de sonhos naufragados,
junto à porta de entrada da vida que mói,
sonho com imagens e sentimentos rasgados,
carregando esta mágoa que arde e dói.

Ainda acredito no amanhã, e que irá chegar,
em que iremos voar num doce céu de algodão,
um dia de sol do teu mais maravilhos olhar,
um dia em que duas almas se unem num coração.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Doce Morte

Chega a doer o ar que vais sugando
enquanto a luz se vai entre o escuro,
de rosto molhado e cansado rasgado
tanto, tão pouco, que era futuro.
Uma vez e outra, saberá alguém
quantas vezes mais irás tu chorar,
nesse teu grito solitário em silêncio,
que recomeça sempre que vai parar.
Em cada esquina, onde pensas que nasce a luz
é a escuridão que te deixa apático e desiludido,
e tudo o que por momentos te anima e seduz
rápidamente te deixa abandonado e perdido.
E soltas palavras surdas ditas ao ar teu companheiro,
súplicas, pedidos, pensamentos perversamente confusos
que a vida te dá, em excessos errado, ideias que o mundo
está bem preso pelos seus enorme apertados parafusos.
Pode a cegueira das palavras nunca te iluminar a alma,
pode o brilho de um gesto te iludir e rasgar a tua calma,
Mas cais do sonho que o mundo te vai fazendo chegar
e de novo o deserto, tórridamente gelado irás enfrentar.
O fumo sobe sempre, escala no seu impotente movimento,
sempre a subir inversamente à tua dinâmica inerte e sorte,
esperando que um sopro de ventura e apoie num momento,
e te deixe enfim descansar e aproveitar essa doce morte.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Se a vista se cansa a alma não é diferente,
no lado escuro vive a noite mais escura,
e se por mais que nesta luta se enfrente,
é sempre uma ferida maior e mais dura.
A cada gota que pela minha face escorre,
em cada aperto no coração que sinto,
uma parte de mim esvai-se e morre,
mas nunca ouvirão dizer que eu minto.
Podem dar-me a mais dura das torturas,
ate obrigar do mais azedo fel a beber,
acusar-me de todas as maiores loucuras
mas serei sempre eu, só, até morrer.
Posso ser de tudo e fazer tudo errado,
posso não ter nada e valer muit pouco,
Há quem minta dizendo ter-me amado,
mas nunca me acusem

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Uma Imensa Falta


Sim, sinto falta, uma falta imensa...
Perguntas-me de quem, de quê, porquê...
Eu respondo...
Depois de limpar as lágrimas do dia,

que é de mim que sinto falta,

do sorriso que me envelhecia,

porque era viver o que tive

e agora é ver como se sobrevive

dolorosamente ao dia-a-dia.

Voltas à carga, anjo sem sexo,

fazendo perguntas para mim sem nexo,

com a tua colossal preocupação,

e o teu imenso querer em ter-me de volta.

Se tens tudo para ser feliz,

quanta alma se irá dissolver pelos teus olhos?

Afirmo consciente da minha dúvida,

que não sei, e na verdade não o sei,

se for até ao fim que seja breve,

prefiro não mais um dia assim que mil anos desta forma...

Fica áspero o teu ar inquieto,

que não condeno porque me queres bem, sou teu neto,

mas é a verdade do que sinto no momento,

e toda a amargura que floresce em cada sentimento...

E tento, talvez sem sucesso,

mostrar tudo o que perdi enumerando,

cuidadosamente o cuidado que nem sempre foi expresso,

e tão dura que tem sido a estrada pela qual vou caminhando...

Tudo começa onde a vida termina, digo-te,

como se o fim de ti, de mim, se confundisse,

como se o mundo tivesse virado contra mim,

e tudo o que construí ruísse...

Quando apenas auguro ser feliz,

são lágrimas a refeição que me condiz.

Desde essa hora da tua partida,

desabou enfim para mim este mundo,

num abismo tão escuro e profundo,

que a queda parece não mais ter uma saída.

Temo não mais encontrar o caminho,

nem ter coragem de o fazer sozinho.

Tu foste... Eu fiquei...

Será que esta divisão será prémio porque algum dia errei?

As lágrimas que te dou,

são o muito amor que ficou por dar,

e se nunca este sentimento se esgotou,

acredita que não mais írá findar.

Depois vieram guerras e desilusões,

tristezas e frustrações,

lágrimas e agressões,

um viver tantas vezes sem sequer ter razões.

Foram discussões, separações,

afastamentos e divisões,

foram sonhos desfeitos e tantos gestos mal feitos,

foram dúvidas nunca tiradas

e viveres que agora valem enormes nadas.

Foram amizades destruídas,

relações nunca por nunca conseguidas,

foram anos de mentira e mágoa,

um amor que era ar... era água,

mas que nunca foi verdade,

e desapareceu na sombra de uma saudade.

Depois veio de novo a solidão,

os que partem e nunca mais voltam,

de novo um sozinho sentir,

um perder de novo o sorrir.

Sem razão nem explicação,

aconteceu... Voltei a sorrir...

Mas se há quem nasça para ser feliz...

Eu não... e Isso voltou-me a ferir.

Fui julgado por querer ser feliz,

fui afastado, empurrado...

Apenas porque sou velho, triste e divorciado.

E ainda que aguentasse todos os maus tratos,

pintaram-me de monstro e rasgaram-me os fatos.

E tudo volta ao príncipio nesta espiral

neste abismo amargurador e colossal,

que parece nunca ter fim,

onde o mundo se desprende de mim...

Sinto uma imensa falta...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Uma Imensa Falta


Sim, sinto falta, uma falta imensa...
Perguntas-me de quem, de quê, porquê...
Eu respondo...
Depois de limpar as lágrimas do dia,
que é de mim que sinto falta,
do sorriso que me envelhecia,
porque era viver o que tive
e agora é ver como se sobrevive
dolorosamente ao dia-a-dia.
Voltas à carga, anjo sem sexo,
fazendo perguntas para mim sem nexo,
com a tua colossal preocupação,
e o teu imenso querer em ter-me de volta.
Se tens tudo para ser feliz,
quanta alma se irá dissolver pelos teus olhos?
Afirmo consciente da minha dúvida,
que não sei, e na verdade não o sei,
se for até ao fim que seja breve,
prefiro não mais um dia assim que mil anos desta forma...
Fica áspero o teu ar inquieto,
que não condeno porque me queres bem, sou teu neto,
mas é a verdade do que sinto no momento,
e toda a amargura que floresce em cada sentimento...
E tento, talvez sem sucesso,
mostrar tudo o que perdi enumerando,
cuidadosamente o cuidado que nem sempre foi expresso,
e tão dura que tem sido a estrada pela qual vou caminhando...
Tudo começa onde a vida termina, digo-te,
como se o fim de ti, de mim, se confundisse,
como se o mundo tivesse virado contra mim,
e tudo o que construí ruísse...
Quando apenas auguro ser feliz,
são lágrimas a refeição que me condiz.
Desde essa hora da tua partida,
desabou enfim para mim este mundo,
num abismo tão escuro e profundo,
que a queda parece não mais ter uma saída.
Temo não mais encontrar o caminho,
nem ter coragem de o fazer sozinho.
Tu foste... Eu fiquei...
Será que esta divisão será prémio porque algum dia errei?
As lágrimas que te dou,
são o muito amor que ficou por dar,
e se nunca este sentimento se esgotou,
acredita que não mais írá findar.
Depois vieram guerras e desilusões,
tristezas e frustrações,
lágrimas e agressões,
um viver tantas vezes sem sequer ter razões.
Foram discussões, separações,
afastamentos e divisões,
foram sonhos desfeitos e tantos gestos mal feitos,
foram dúvidas nunca tiradas
e viveres que agora valem enormes nadas.
Foram amizades destruídas,
relações nunca por nunca conseguidas,
foram anos de mentira e mágoa,
um amor que era ar... era água,
mas que nunca foi verdade,
e desapareceu na sombra de uma saudade.
Depois veio de novo a solidão,
os que partem e nunca mais voltam,
de novo um sozinho sentir,
um perder de novo o sorrir.
Sem razão nem explicação,
aconteceu... Voltei a sorrir...
Mas se há quem nasça para ser feliz...
Eu não... e Isso voltou-me a ferir.
Fui julgado por querer ser feliz,
fui afastado, empurrado...
Apenas porque sou velho, triste e divorciado.
E ainda que aguentasse todos os maus tratos,
pintaram-me de monstro e rasgaram-me os fatos.
E tudo volta ao príncipio nesta espiral
neste abismo amargurador e colossal,
que parece nunca ter fim,
onde o mundo se desprende de mim...
Sinto uma imensa falta...

sábado, 12 de março de 2011

Vou roubar um Raio de Sol

Vou roubar um raio de sol, neste entardecer,
vou embrulhá-lo em papel de noite e veludo,
coberto de estrelas e amor eterno a arder,
e com um laço que nos une e para mim é tudo.


Quero, perfumá-lo e dar-te de presente,
comemorar o sentir que me faz feliz,
e tudo o que o meu, teu, coração sente
cada vez que nesse doce olhar sorris.


Vou mandar, por telepatia, um sentimento
e um abraço daqueles que só nós sabemos.
Dizer, Amo-Te porque para mim é alimento,
para esta alma lutar contra o que sofremos.


Um dia o sol sorrirá só para nós, com tanto calor,
desde o seu nascer até no horizonte encontrar a lua,
desse dia em diante festejaremos o nosso puro amor,
e a razão desta verdade ser só minha e tua.


Para ti... Parabéns sonho :) Amo-te

domingo, 6 de março de 2011

Não quero ser mais que apenas teu

Parece irreal de tão doce, único e verdadeiro,
este simples doce sentimento colossal no seu ser,
e se o quero gritar bem alto ao mundo inteiro,
é só para não haver dúvidas que o quero viver.


Consigo sonhar acordado e os meus sonhos tocar,
perco sempre os sentidos ao sentir o teu querer,
e se isto não é simplesmente um doce amar,
se for for doença... É assim que quero morrer.


Baralhas-me os sentidos numa dança sem som,
sorris-me e eu vôo, olhas-me e eu derreto,
é incrível, e maravilhoso, esse teu poderoso dom,
que quero fazer-te feliz eternamente, prometo.


Em cada lágrima nossa existe vida, querer e amar,
em cada sorriso, um carinho, ternura e imenso calor,
existe um desejo enorme no nosso simples abraçar,
existe um futuro brilhante e lindo no nosso amor.


E quando der o último suspiro, quero-te ao meu lado,
para no último carinho, no último olhar te agradecer,
por ter sido o teu amor e me teres feito sentir amado,
por me teres ensinado a amar e a gostar de viver.


Hoje, não quero ser mais do que apenas teu,
é um sonho que queremos ambos alcançar.
Tu és fundamental, para mim és o céu,
para mim és tudo o que é o puro amar.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

De hoje até ao fim...

Contigo a meu lado é tudo tão iluminado,
como se o ar custasse menos a respirar,
como se de todos os males estivesse curado,
e a calma do sorriso fosse apenas um amar.


Porque demoraste tanto a chegar ao meu canto,
Andei pelo deserto da alma, procurando esconder,
até que, finalmente, me rendi ao teu tão doce encanto,
onde aprendi de novo a sorrir e a viver.


Limpaste o pó que tinha e ocultava as formas de vida,
fizeste sorrir os meus lábios que procuram os teus,
fizeste com que a felicidade fosse de novo querida,
e que os meus olhos, nos teus, tocassem os céus.


Quero sentir tudo isto até ao último segundo,
e deixar-te a sorrir no suspiro final sem dor,
e quando ficar no meu sono eterno e profundo,
quero que sintas que foste um verdadeiro amor.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sorrir de Novo

No redondo desta vida quadrada,
em que tento fazer do escuro luz,
em que faço do quase tudo um nada,
apareces tu, um sonho que me seduz.


E se o silêncio dizia tanto, agora diz muito mais,
e quando falas de amor sinto arrepios na alma,
falas de sentimentos enormes quase irreais,
e transmites uma imensa e doce calma.


Serás eternamente responsável pelo que cativas,
por tudo o que crias, dizes e me fazes sentir.
Se em nós nascem sensações tão doces e emotivas,
é porque existes e me voltaste a fazer sorrir.


Se te amo, sim, mas é muitopouco para o que sinto.
Tu és feita da matéria de que os sonhos são feitos,
e por mais que o diga, faltam palavras, parece que minto,
porque amores assim são simplesmente perfeitos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tu... Não existes!



Os olhos encheram-se de abril
e puxaram o agosto nos lábios
mal olhei o teu saudoso perfil,
e senti os teus carinhos sábios.


Estas ruas nunca foram tão nossas,
até o Sol veio fazer-nos companhia,
sente como cheiram bem as rosas,
só porque me fizeste sorrir um dia.


Se um dia tiver de deixar o mundo
só imploro para que contigo seja ,
que nos embale num sono profundo,
e nos deixe sonhar sem que se veja.


Encontrei a paz e a calma nos teus braços,
o sorriso na felicidade das minhas lágrimas.
Um infância adulta e todos os seus embaraços,
que me dá prazer a escrever estas rimas.


Porque teremos de viver a vida ás prestações,
se iremos pagar a pronto quando chegar a hora?
Porque nos privamos de todas estas emoções,
e não vivemos a felicidade eterna do agora?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Apaixonado por uma música...

Apaixonei-me por uma música... loucura dirão...
a mim parece-me tão bela que era capaz de a ouvir
vezes sem conta...
Eu ouço-a vezes sem conta... tenho medo que risque... ou me canse...
Mas jamais um anjo fará cansar quem o idolatra.
È um som doce, com acordes ternos, melodia suave e envolve-me
numa dança de alma que me confunde entre o real e a fantasia.
Fecho os olhos e embalo-me nos teus braços imaginários,
que me afagam o cabelo e acariciam a pele...
E a música essa embala-me para um beijo onde de olhos fechados,
fecho os olhos e os meus lábios tocam os teus...
Parece magia, eu sinto-te...aqui comigo... mas real só mesmo a música.
Eu estou apaixonado por esta música... "Eternamente te amo"...

Deixa ver o teu sorriso...

Se o meu sorriso sincero é tua felicidade,
não imaginas quanta saudade ele tem,
de sentir o vento quente nesta cidade,
de sentir o perfume da pele de um alguém.


Pode até ser infantilidade, estupidez, não quero saber,
mas na verdade passo os meus silêncios a ouvir-te,
ecoam na minha cabeça momentos de um querer,
e sinto as tuas palavras como se estivesse a ver-te.


E assim a noite chega, para a mim tudo é igual.
O silêncio é o mesmo, a solidão faz companhia,
falo calado contigo, no silêncio do meu sonho real,
enquanto a noite finge que passa eu sorria.


Ao chegar a manhã repete-se do crepúsculo a saudade,
o lado frio da cama que nunca mudou dói por fim.
Um lágrima, talvez mais que uma, cai e dói de verdade,
ali, imóvel, incapaz de ser mundo, fico sozinho em mim.



E assim passam dias, semanas, meses, infinitos anos,
assim se vão lavando olhos que só querem sorrir,
perdidos em faltas de coragem e gestos profanos,
que rasgam o peito desde o dia em que te vi partir.


Serei, um dia, merecedor de ver o teu sorriso?
Nem que seja antes do antes do meu suspiro final,
dá-me só um sorriso antes de ir, é tudo o que preciso,
e irei sorrindo porque te dei uma felicidade colossal.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O menino que não realizava os seus sonhos

Ao querer substituir as dúvidas por afirmações,
deparou-se com uma sombra persistente e real.
Colossal como a fúria das dívinas maldições,
o seu destino deixava-o muito perto do mal.


Nunca realizar os seus sonhos, era seu destino.
Procurou a vida inteira como isso se mudava.
Lutava de dia, chorava de dia este menino,
Sem nunca conseguir mudar o que o magoava.


De feitiços, a vontades, de hipnoses a ilusões,
mudar o que lhe dava mágoa, fez sua missão,
experimentou tudo e todas as invenções,
mas nunca aguentou um sorriso no coração.


Já cansado, sentou-se a beira do abismo,
procurando um fundo que não existe,
chorou aflito um louco grito de nervosismo,
e aceitou que se não dá, nunca se insiste.


E foi assim, que finalmente, ele se resignou.
O menino que nunca um seu sonho tornou real
um dia adormeceu e então o seu sonho começou,
descansou eternamente numa paz infinita sem igual.