sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Lugar Chamado Felicidade

Lá, naquele lugar a que chamo felicidade
onde a brisa, suave, sopra leve sobre o mar,
onde as areias e conchas já não têm idade,
eu aprendi e senti o que era o real amar.



Foi ali, contigo, no silêncio de um beijo,
que te disse tudo, o que tinha no coração,
disse-o calado mas com o maior desejo,
com a maior sinceridade e toda a emoção.


Nesse lugar, de onde a memória não te apaga,
fomos felizes, como em todos os nossos momentos,
e desde então o nosso amor cada dia se propaga,
e sentimos maiores todos os nossos sentimentos.


Abracei-te forte, toquei-te com a minha mão.
Olhei-te nos olhos, com este olhar que é verdade,
Ofereci-me por inteiro e do fundo do coração,
entreguei-me a ti, nesse lugar chamado felicidade.


Esse Lugar chamado Felicidade
onde ecoam sons de um trovador,
onde sentimentos são só verdade,
Eu me entreguei a ti em amor.

Anda

Não tenho sono, e não tenho dormido,
Não tenho fome, e não tenho comido,
Ninguém me bateu, e não páro de chorar,
Será Loucura, poderá isto não ser amar?


Vontade de te ver, e sentir que não me queres,
Querer te ter por seres unica entre as mulheres,
Gritar, nu, mudo no silêncio isolado e inquieto,
e saber que para ti sou homem predilecto.


E se assim é, não bastará apenas um olhar?
Uma vontade de te ter e querer por tudo amar?
Não bastará uma vontade de nós os dois,
para fazer de nós o antes, o agora e o depois?


Anda, dá-me a mão, corre comigo...
Sente como quero ser o teu melhor amigo.
Sente como consigo acalmar a tua dor.
Anda, dá-me a mão, anda ser o meu amor.

Medo de Morrer

É na solidão da palavra escrita,
que pinto a letras neste ecrã,
uma imagem muito mais bonita,
que o que sinto em cada manhã.


Antes era uma alegria acordar,
o sol brilhava mesmo no inverno.
Depois, na penumbra do olhar,
sinto o que é o verdadeiro inferno.


Hoje, levantar é suplício da alma,
é o prolongar do meu sofrimento,
é ver-me sem nada e sem calma,
e chorar sangue a cada momento.


Amanhã, pode sero fim do mundo,
já não me importa se não sofrer,
desde que demore apenas um segundo,
Eu não tenho medo de morrer.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Dói Demais

Dói demais, ver-te partir sem destino,
Dizeres não quando sim queres dizer,
rasgares sonhos que me fazem menino,
dói porque, em nós, nos fazes sofrer.

Dói demais, saber que não queres e vais,
que vais mesmo sabendo que não queres ir,
é infeliz mas queres contra tudo ainda mais,
choras quando era tão fácil podermos sorrir.

Dói demais, sentir que vês tudo impossível,
que para ti é sempre inverno neste mundo,
que a solidão e dor de alma é apetecível,
e que tudo acaba, se resolve, num segundo.

Dói demais, sobretudo por saber que não o queres,
que o teu limite, fim e objectivo nunca foi assim,
que não fazes como dizias tudo o que puderes,
e que, comigo, não queres sentir o doce que há no fim.

Amigo Objecto

Tenho-te por companhia, hoje, que sinto a solidão.
Tu e uma imagem virtual que está comigo sem estar.
Tu que arranhas a garganta em cada trago sem emoção,
mas que aqui estás, comigo, como amiga neste luar.


Sem desprezar o bem que me sabes, nos tragos que dou,
preferia ter alguém, humano, que num abraço acalmasse.
Que dissesse sou eu, tou aqui, estou contigo e contigo vou,
e que em magia tudo o que me arde, dói e mata parasse.


Mas não, e assim, contigo, me contento por estares comigo.
Obrigado por esta companhia, calada, de objecto inanimado.
Não falas, mas ajudas-me a falar calado contigo como amigo,
e insanamente me sinto muito mais acompanhado e animado.


Talvez seja loucura, mas de louco todos temos um pouco,
talvez a solidão, e tristeza, amargura e uma tristeza em mim
talvez seja embriaguez, ou até um grito mudo para um mouco,
eu, numa realidade irreal, só queria que fosse o meu fim.

Silêncio ensurdecedor

Perdido com o silêncio ensurdecedor que me atormenta
que chega com a noite de mansinho em sobressaltos.
Aqui me sento para descansar o corpo que se alenta,
enquanto a alma se revolta dá gritos, urros e saltos.


Aqui onde a luz não brilha mesmo quando está acesa,
onde calado me revolto em gritos de pobre alma.
Aqui onde jaz uma ilusão e uma vontade que é presa,
está um eu numa inquieta e cínica calma.


Controverso talvez, inconformado sempre... Eu sei.
Mas por mais que o demonstre ninguém o quer.
Um dia não serei mais do que o que hoje lembrei,
nunca viverei no sonho de uma mulher.


E ainda, que com a sombra as luzes se tapem,
e os fantasmas de outrora voltem a ser reais.
Nunca por nada na minha alma, hoje, cabem
todos aqueles que me fizeram sofrer demais.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Transporter moi dans ta vie

Lá bem longe, onde a vista, não alcança
onde, de olhos fechados e mente aberta,
o coração sente a nossa quente dança
e o ouvido espera a tua voz, sempre alerta.


Eu li, com estes teus olhos que com te vejo e adoro,
algo que me soou a doce, a um agradável bem-estar,
uma frase simples num bem sem sabor e inodóro,
uma frase que se aplica ao teu, meu, intenso amar.


Transporter moi dans ta vie.
Transporta-me na tua vida.


E eu, pobre de mim, que até nem gosto de francês ouvir,
a quem a cultura francesa não me diz rigorosamente nada,
Fiquei louco, com este som, o seu toque, pelo seu leve sentir,
como embelece esta felicidade que por ti trago guardada.


Sabendo eu, que sentes o que sinto, pelo teu olhar.
Pelo que dizes, fazes, sentes e expressas por mim,
digo tudo nessa frase em que expresso o meu amar,
digo que te Amei, amo e amarei até ao meu fim.

Beijo Partilhado

Entre silêncio, com luz ou em escuridão,
num beijo que seja sincero e partilhado
ganham sempre duas pessoas no coração
um sabor delicioso e melhor se roubado.


Um beijo, e a sua simplicidade no amor,
não é mais que um tocar de pele suave,
masé sempre o calor de uma imensa dor
que cresce em proporção com a saudade.


Embrulhado num abraço doce e quente,
com um laço feito de olhares sem descrição
é dado o melhor beijo que o coração aguente
e que para senpre se prolongue com emoção.


Num beijo partilhado ganham sempre dois corações
um que dá, um que recebe, e que trocam de lugar,
Tudo vivido intensamente e com milhares de sensações
que se resumem num simples saber amar...

Um dia, todas as noites serão como esta...

Um dia, todas as noites serão como esta.
Todas as estrelas brilharão só para ti,
e mesmo pela tua postura singela e modesta,
serás feliz porque a vida, por inteiro, te sorri.


Um dia, o sol e a lua, finalmente ir-se-ão juntar,
numa festa louca em alegria e boa ventura.
Um dia os Deuses far-te-ão uma vénia ao passar,
na tua entrada na tua doce felicidade futura.


Um dia, todas as noites serão doces e belas,
suaves, delicadas, intensas sem igual.
E nessas noites e momentos que sentes nelas,
são fruto de um amor que não é normal.


Um dia, serás imensamente e para sempre feliz,
e depoisdesse dia todas as noites serão como esta,
o mundo será mais bonito porque para ele sorris,
e sentirás tudo isto de uma forma honesta.


Um dia, todas as noites serão assim, contigo...
Um dia não existirá mais saudade e dor...
Um dia, na noite, o sol será teu amigo...
E para sempre viverás este infinito amor.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Eternamente

Perpetuamente repetida esta imagem
elevada até ao expoente da loucura,
como se fosse pronúncio ou mensagem
que eternamente tem valor, é pura.


É assim que vejo, escrevo e pinto,
o sentimento doce, incrível, intenso
que dentro do meu peito eu sinto
e que noite e dia me faz sonhar imenso.


Eternamente, ficará escrito no céu
a fogo, por um raio de sol que roubei,
pintado na lua para todos verem, o meu
amor e a forma como sempre te amei.


Pode ser loucura, insanidade, até doença,
mas traz-me feliz, faz-te feliz e isso tudo vale,
E se no mundo ficar toda a nossa crença,
o amor prevalecerá sempre sobre o mal.


Anda, vem sentir comigo o calor do inverno,
vem suar embrulhada no meu corpo, em mim.
Anda que tu fazes o nosso amor muito mais terno,
e eu, e tu, amamos poder amá-lo sempre assim.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Encanto

Encanto,
esse doce poema escrito ao luar,
palavra sincera que dizes com o olhar,
gesto terno que fazes ao sonhar,
beijo doce que só tu sabes como dar.


Encanto,
um sentimento sem comparação,
doces momentos vividos com emoção,
sentimento intenso que sai do coração,
que continua belo e único mesmo em tentação.


Encanto,
é definição do inexistente na realidade,
é a pureza incorruptivél da verdade,
é a doce alegria que nunca terá idade,
é do que mais sinto saudade.


Encanto,
é doce sabor não cozinhado, saboreado a crú,
é delicioso prazer no teu corpo nú,
é saber que este amor, só existe sem tabu,
Encanto, é sonho, és definitivamente Tu.

Porque tu és...


Sim, eu sei, que os astros são intocáveis,
existem metais e cristais inquebráveis,
que nem todas as mágoas são laváveis,
Mas porque tu és... fazes coisas inimagináveis.


Eu sei, que mesmo tapado, o sol existe,
mesmo reprimida, a verdade subsiste,
O verdadeiro herói, até à última resiste,
mas porque tu és... o meu sonho persiste.


E quando falares aí de cima do teu altar,
e reconheceres como és incomparável no pensar,
como é hipnotizante e doce o teu olhar
mas porque tu és... resta-me continuar a sonhar.

Triste

Sozinho, em tudo, com todos e isolado
triste sina, destino, música deste fado.
O que toco e faço tem defeito, é pecado,
parece que o bem me quer deixar de lado.


São amizades, é trabalho, é a vida, é o amor,
parece que em tudo tenho que sentir dor,
sinto que nem o sol me quer dar calor,
e que o bom tem sempre um ardor.


Quando penso que tudo vai bem, acordo.
Quando dizem que sim, digo-o, mas discordo.
Quando todos esqueceram, eu recordo.
E quando por fim, me deito cansado, concordo.


Se pelo menos tu me ouvisses, onde não te sinto,
Desse lado que não sei se existe como o pinto.
Se ouvisses o meu grito mudo quase extinto,
dar-me-ias o que peço, porque não minto.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Amor és tu


O Amor, aquele puro sentimento
que nasce num ingénuo olhar,
que não morre em sofrimento
e que cresce a cada doce beijar.


O Amor, aquele calor no peito,
aquela vontade louca de sentir,
o que nos torna cegos ao defeito
e que nos dá vontade de sorrir.


O Amor, o único segredo divino,
a única verdade que é irrefutável,
o que te faz sentir de novo menino,
com uma loucura, sã, incontrolável.


Amor, é tesouro, é encanto sem tabú
é Tesouro que não cabe em qualquer baú.
Amor, é doce, é sincero, é verdade...
O Amor ... és Tú

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Fugaz

Fugaz, mas tão saboroso,
uma visão que me faz sonhar.
Tão brilhante, exige-me cuidadoso
ao sentir no meu, o seu olhar.
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Como se num efémero segundo,
parassem todos sem movimento,
e que todos neste parado mundo,
saudassem este intenso momento.
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Sem som mas com delicado sabor,
entre dois beijos e um doce olhar,
foi dito, tudo o que diz o puro amor
sem descolar os lábios para falar.
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Único como sempre, real e verdadeiro
Intenso e puro no seu simples sentir.
Foi assim o momento feiticeiro
que ainda me faz sonhar e sorrir.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Realidade

Prefiro viver na ilusão de um sonho bom,
que amargurar na realidade insegura.
Prefiro porque é bom o seu sabor e som,
muito melhor que a realidade triste e dura.


O meu sonho, imperfeito, mas sincero e feliz,
encarrega-se de me fazer viver sempre iludido,
mente-me de cada vez que falas, ages e sorris,
mas é bom, e nunca, jamais, me faz arrependido.


Ao contrário, a realidade que é pesadelo da alma,
que me faz atónito pela tormenta que me dá,
que arrasa e mata a minha inexistente calma,
é a verdade que não quero ver, porque é má.


Pode ser, ainda que não creia, que se arrependa.
Que se torne verdade o sonho e em sonho a realidade.
Pode ser que tudo se escreva numa feliz lenda,
que o amor viva sempre, puro, e em verdade.

A felicidade não existe

A felicidade, permanente, não existe.
Existem momentos de felicidade.
A felicidade e tudo em que consiste,
não resiste, muito tempo, na verdade.


Aquele que atinge, a felicidade, agora,
que pensa que será feliz a vida inteira,
frustra-se pelo chegar da primeira hora
em que ela se vai, por não ser verdadeira.


E porquê, porque se vai embora tal sentimento?
Porque morre, prematuramente, este momento?
Porque deixa a mente humana este acontecimento?
Porquê, o porquê de tão triste falecimento?


Porque o Homem, tem ambição desmedida,
porque quando tudo tem, tudo mais quer.
Porque se se sente completo nesta vida,
morre para ser feliz noutra qualquer.


Felizes são os loucos por pouco desejarem,
têm com eles o pouco que é tudo nesta vida.
E por pouco, que é muito, ambicionarem,
a felicidade é-lhes sempre muito querida.

Vou embora

Vou embora, sem olhar para trás fechei as folhas, deste livro pesado.
vou sair agora, fugindo de horas más,
fugindo do real, onde estou acorrentado


A biblioteca está a fechar,
este ir pode demorar,
não me posso atrasar
para o momento me levar.


Faz-se tarde, noite, agora
nesta manhã que sinto
e recuso pela demora,
e pelo bater deste cinto.


É negro e está dia soalheiro
que sempre amanhece à noite,
antes do pôr do sol primeiro,
mesmo quando o faz à meia-noite.


É hora de mudar de asas,
ter outro desafio, mais audaz
aconchegar o fogo nestas brasas
e que me finta no ser capaz.


Em cada canto espreita o azar,
Em cada céu vivem perdadores.
Vou sem querer ver-vos a chorar,
vou para que cessem as minhas dores.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A última Força

Sem música, este disco que corre.
Flor sem jardim como erva daninha.
Chão sujo, molhado, onde se morre,
onde inerte, um corpo sem alma, caminha.


Estrada deserta, neste caminho sem destino.
Rio sem água neste deserto quente e sequioso.
Areia movediça que tira os sonhos de menino,
onde acordado sonhava com um olhar radioso.


Palavra sem livro em texto frio inacabado
Cadeira sem assento como prato sem comida.
Chão que é tecto e tecto que não tem telhado,
onde chove noite e dia inundando a minha vida.


Imagem apagada, foto esquecida em retrato.
Sorriso aflito em cada mentira que invento.
Felicidade que foge ainda que seja bom o trato,
como se nunca valesse por tudo, o seu momento.


Grita, berra, ralha, bate, foge e chora.
Usa a tua última força para o atingires.
Fá-lo e nunca desistas pela demora,
tudo será bem melhor que fugires.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Cigarro de vida


Imóvel, fumegante, vai ardendo lentamente,
este cigarro que é morte e representa a vida.
Vai-se queimando nas promessas em que mente,
nos sonhos de uma mentira irreflectida.


Vai ardendo, preso às cinzas ardidas do seu corpo.
Fumegando os pensamentos de um corpo ausente.
acalenta ao arder as folhas, fruto, de um pau torto,
papel em cena que sem ensaio represento no presente.


Fica parado no tempo esta imagem, de pensador,
sem pensamento, sem ilusão, sem sonho, nem futuro.
Fica a mágoa, fico tonto, fico perdido, fica a dor,
de um futuro passado, presente que será sempre duro.


Nas vagas do fumo que sobe em proporção inversa,
à felicidade, aos sonhos, e a tudo o que me faz sorrir,
afunda-se o tempo neste fim de tudo sem conversa
enquanto preparo a maré onde irei, um dia, partir.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Not Yet

(Not Yet)
(foto captada por Skálgi)

Assim é, assusta-me o ser já...
tem mesmo de ser?
Não estou preparado, e não quero estar cá
quando tiver de ver...
Quando neste preciso segundo,
tiver de encarar o novo mundo.

Tenho medo, faltas-me tu, a tua mão,
aquela que me amparava
Aquela que nunca dizia não
quando dela eu implorava.
Hoje, sinto o frio de ter medo da vida,
esta vida nova que poderá não ser repetida.

Ainda não, espera mais um pouco
só uma vida, quem sabe uma existência
Podes até chamar-me louco,
mas tenho medo desta experiência.
Volta outro dia, com esta proposta...
Talvez mude de resposta.

Tenho medo do mundo novo, da vida nova.
Aflige-me o silêncio do afastamento,
como se vivesse numa profunda cova
e fosse cair no esquecimento.
Ajuda-me quero tudo igual, tudo quente...
Não estou preparado para te sentir ausente.
dedicado a Skálgi (aka Liliana Barata)