
Textos livres, com emoções, em prosa ou poesia que nos remetam a experiencias vividas ou a viver futuramente.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Caminho do coração...

segunda-feira, 19 de julho de 2010
Realizador de pesadelos...

paz, solidão e calma tão deliciosa.
Devoras sonhos na espuma do mar,
como se o seu bater fosse coragem,
como se os elementos se pudessem amar,
e pudesse dormir sempre com esta imagem.
Fecho os olhos e vivo este quadro só meu,
lá longe, numa longíqua outra margem,
ficaram sons alegres do que se viveu,
ficaram sonhos presos a uma imagem...
E choro em silêncio o meu destino, em vão,
de sonhar e nunca acontecer... é destino,
realizo os pesadelos que magoam o coração,
choro porque ninguém entende este menino.
Será simplesmente feitiço ou eterna sina?
Acabará um dia ou resistirá eternamente?
Diz-me com o teu olhar silencioso de menina,
diz-me e adormece-me doce e calmamente.
Só tu o sabes fazer, só tu tens esse poder,
vem e com um gesto traz-me o acalmar,
deixa no teu colo vir o meu adormecer,
vamos voar, sonhar, ser felizes e amar.
Só em mim os pesadelos se realizam
Vivo em sonhos e sonho a verdade,
desenrolo a vida sempre em ilusão,
sonhos um tesouro e uma cumplicidade.
domingo, 18 de julho de 2010
Dança da Lua...

Feliz exposto ao sol do sul,
onde a vida é doce e aquece,
onde o sorriso volta e acontece
no infinito deste enorme azul.
Bandas sonoras tão marcantes,
imagens da felicidade tão real,
dias e noites como foram antes,
e parece tudo tão natural.
Poderá ser do sal deste mar,
do calor desta quente praia,
poderá ser apenas do sonhar,
ou da dança que a lua ensaia.
É verdade, isso o admito,
è maravilhoso este dançar,
Quero que me leve ao infinito,
quero voltar a amar.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Sorrir na Despedida

Uma simples lágrima na despedida
É, tão-somente, um desejo de regresso.
Uma mensagem imensamente sentida,
Um desejo que a mensagem tenha sucesso.
E porquê de despedida a chamar,
Nome feio, áspero e tão definitivo
Porque temos sempre de chorar,
Quando sorrir seria mais acertivo.
A dor que sentimos pela falta de quem parte
Aparece em cada despedida, em cada adeus.
È um dizer silencioso de eu espero amar-te,
Eu quero ser os teus sonhos e tu dos meus.
Sentimos dor na despedida porque foi bom,
Porque não esquecemos cada marca dada,
Porque em silêncio iremos gritar sem som,
A saudade, a falta de uma presença amada.
A despedida apesar de muito doer,
É um registo de bom sentimento,
É um mostrar de imenso bem querer,
É apenas mais uma marca, um momento…
E na volta tudo será sorriso doce e permanente,
Será abraço apertado e beijo tão demorado,
Será uma felicidade que crescerá eternamente,
Será o fim da despedida e do pesadelo chorado.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Dados lançados

Há dias assim, vazios e cinzentos,
em que nos sentimos a flutuar,
balançamos ao sabor de momentos,
e vamos-nos deixando ir e levar.
Nada está mal, mas nada está bem,
temos companhia e sentimos a solidão,
vemos o mundo sem querer ver ninguém,
temos vida mas não sentimos o coração.
Há dias em que o silêncio é barulho infernal,
em que o sol é escuridão, e o calor é frio,
não destinguimos o tudo do nada, o bem do mal,
e confundimos o mar com um pequeno rio.
Sentamo-nos a ouvir o vento cantar,
fechamos os olhos e vemos a lua bailar,
sentimos na pele um sonho a chamar,
e sonhamos um novo e diferente acordar.
Há um dia que metemos a mochila às costas,
arrumamos o passado e esquecemos o futuro,
lançamos os dados mesmo sem termos apostas,
e fazemo-nos ao caminho ainda que seja duro.