
para levantar esse leve véu,
que nos fez deixar o chão.
A música surda, em silêncio canta
prosa simples em forma de rima.
E o desejo doce que se agiganta
leva-me sempre mais para cima.
O tecto do mundo é sempre tão alto,
e a vida tão dura, árdua, curta e singela,
um sorriso é só o princípio do salto,
que te faz parecer tão doce e bela.
Leva-me contigo, em sonho voar baixinho,
razando as ondas do mar, sentir o teu sal,
deixa que do teu sonho eu seja vizinho,
vamos ser de todos um ser desigual.
Vamos revelar todos os segredos,
extinguir todos os nossos medos,
Usa a força que fazes nascer em mim,
para podermos sorrir no fim.
Anda comigo, fazer parar o mundo,
desenhar no chão o sonho encantado,
fecha os olhos e vê por um segundo,
como fala tanto este sentimento calado.
Só um minuto que é uma eternidade feliz,
um doce incomparável e sem semelhança,
um brilho tão forte e suave quando sorris,
uma balada inventada na tua alma de criança.
Essa lágrima de felicidade
é fruto do sentimento de cumplicidade.
Dá-me a mão e sente,
que a alma de verdade nunca mente.
Abre os olhos e vê a verdade,
abraça-me e mata esta saudade.
Beija-me num segundo assim,
e sabes que nunca chegará o Fim.