
imagina que podes ficar com o canto rouco,
julgas que alguma flor, algures mais, te sorria,
ou encantarias com esse canto doce e louco?
Agasalha-te, guarda o canto para outra estação,
aquece o teu ninho, dá-lhe um toque maternal,
sente lá fora a chuva e o frio, mas vive com emoção,
porque, está agreste, mas afinal é Natal.
E pede-me o mundo,
dar-to-ei num segundo.
Pede-me um raio de Luz,
roubo-o no sol que te seduz.
Pede-me um horizonte para olhar,
dou-te o futuro porque é bom saber amar.
Pede-me, um segredo, um doce encanto num sorriso,
voarei sem asas, saltarei para o abismo se for preciso,
Mas por favor, sê gentil, sê sincera, trata e cuida de ti,
porque, no fundo, em verdade, uma alma só é feliz quando sorri.
Mas o que importa se canto fora da estação,
que importa se está muito frio e posso adoecer.
Se o que faço, é verdade e vem sempre do coração,
e o meu canto fará a mágoa deixar de doer.
Porque o cantar sincero, tem de ser no momento,
esteja frio ou calor, seja noite ou dia, venha quem vier,
e exige, mesmo que doa, que seja feito com sentimento.
Porque o Natal é sempre que um homem quiser.